sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Capitulo 21 – A batalha final.


O primeiro Batter Day, segurava uma bigorna igual a que Protótipo, a corrente que ele segurava era tão grande que arrastava no chão, a cada passo que ele dava. Me agachei, e peguei o machado. E quando me levantei a bigorna com estacas pontiagudas, afundou no meu estomago. Fui lançado no ar, caindo de costas no chão. A dor de bater a cabeça com força no chão, não foi nada comparado as dores de pontadas no meu estomago. Era como se dez grossas e grandes agulhas tivessem perfurado meu tórax. Virei pro lado, e tossi. Sangue.
- NÃO! – Gritou Brenda, tentando correr na minha direção, mas foi impedida por Silver.
Coloquei a mão no meu estomago. Respirando arfante, com o pulmão procurando loucamente por uma golfada de ar. Que não chegava direito para ele. Mesmo na camiseta preta da Corporação Apocalipse, dava para ver grossas bolhas vermelhas de sangue. Me levantei com o machado na mão. E fui na direção do Better Day.
Me aproximei dele, ele jogou a bigorna na minha direção, e eu pulei pro lado. Depois ele girou a bigorna 360º, e eu deslizei por de baixo dele, antes ter sido pego pela bigorna. Como eu mato essa coisa, se eu nem ao menos consigo feri-la? Não consigo nem chegar perto dessa coisa. Como eu mato? Como? Ele tem no mínimo 2,30 de altura... É mais musculoso que eu. Com suas roupas de couro pretas, suas mãos e rosto cinza. Com miúdos olhinhos escondidos atrás de muitas cicatrizes. Fiquei andando em círculos em volta dele, a procura de alguma solução.  Com essa porcaria de bigorna na mão eu não vou conseguir nem chegar perto dele...
Então é isso... É só eu tirar a bigorna dele. Só isso. Como?
Me afastei dele olhando diretamente em seus olhos. Minha perna ainda dói. Meu tórax nem se compara. E meu estomago... Embrulhado. Os outros zumbis se aproximavam. Temos que sair logo daqui. Corri para trás do avião. O Better Day continuou parado, apenas observando. Sentia na verdade todos os olhos sobre mim. Senti até o sorriso de desprezo de Kendall ao me ver correndo. Pensando que ia fugir. Mas não... Eu não fujo.
Com o machado ainda na mão, pulei com muita velocidade para cima do avião, e com ainda mais velocidade e força, pulei dele. Me sentia voando no ar, com os pés pra baixo, e dando uma volta completa no ar. Quase como um mortal pra trás. E quando voltei na minha forma original, chutei o rosto do Better Day com toda força que tinha. Ele cambaleou pra trás, pousei no chão, de jeito mais dolorido do que o planejado. Mas não liguei pra dor, apenas cheguei mais perto do monstro, e cravei o machado no peito dele. Sangue preto jorrou para fora de suas roupas, respingando no meu rosto. Mas naquele momento uma raiva voraz passou pelas minhas veias. Finquei o machado mais uma vez. Mais sangue. Mais raiva. Raiva pela morte de Brenan. Mais uma fincada. Raiva por James, e Tom. Uma fincada na perna. Raiva por Marcos. Mais uma fincada, o Better Day não se movia. Raiva por Paul. O monstro ameaçou relevantar. Eu cortei seu braço, jorrou mais sangue preto. A bigorna rolou pro lado. E antes que ele se levantasse cortei sua cabeça, vi uma bolinha preta pouco menor que um mosquito, brilhando no peito dele. Como no Protótipo.  A diferença no entando, era que eu entendi o que era. Olhei pro lado, Kendall tinha um controle de voz na mão. Não que ele estivesse usando, mas se precisasse dar uma ajudinha a seu Better Day... Voltei meu olhar a ele. O que brilhava em seu peito, era uma câmera. O Protótipo se movia assim, quando estava perdendo, era movido a comando de voz, a câmera servia para seu controlador, no caso Kendall, pudesse ajuda-lo.
- Patético – Disse.
Firmei meu aperto no machado, que tinha sangue preto pingando da ponta. Olhei pro segundo Better Day, este possuía uma arma conectada em cada mão. E quando digo “conectado” significa, que estava presa a ele. Fazia parte do seu corpo. Repugnante o modo como Kendall transformou pessoas normais, em monstros como este, notei também que a manga na blusa dele era feita de balas extras. As armas eram em formado de cilindro. Com buracos dos quais saiam as balas em toda sua borda. Incrível. Pra ele, quero dizer. Porque pra mim... Vai ser difícil.
- O barulho vai atrair a atenção dos outros – Digo para ninguém em especial, mais para mim do que para os outros. Nem ao menos tirei os olhos do monstro.
- Disso a gente cuida depois... – Respondeu Kendall – Se você perder... Damos seus amiguinhos de comida, e vamos embora de avião. Bom não acha?
Um jato novo de raiva percorreu minha espinha. Segurei meu fiel escudeiro e amigo, o machado, com força nas duas mãos. Começara a nevar novamente. Pequenas bolinhas de neve. Mas que quando tocavam minha pele, queimavam de frio. “louco não acham?”. Balancei o machado, para frente e para trás. Pensando no melhor jeito de acabar com aquele. Ele era igual ao outro. Mas ligeiramente mais baixo. Uns 2.00 de altura;
Se eu for pela direita vou ser baleado. Se for esquerda vou ser baleado. Se for de frente... Baleado. Mas e se... E como vou chegar lá?  Único jeito... Acho. É nessas horas que eu sinto falta dos planos loucos, irreais, mas que funcionam de Brenda. Vamos com isso então... Corri abaixado em direção ao Better Day, que atirou em minha direção, a maioria dos tiros pegando no chão, senti um passar a centímetros a minha orelha direita. Me sentia no filme “Mátrix”. E estar nele, não era tão maneiro como assistir. Acredite. Um pegou no meu braço, mas foi superficial. Isso significa que é nada de grave, outro passou de raspão na minha perna, e apesar de nada disso ser grave, arde pra caramba.
“Não vou me importar com a dor. Eu vou acabar com isso rápido. Vamos pro Caribe. Sei que vamos”
Derrapei por de baixo das pernas do Better Day, finquei o machado na perna dele. Coloquei mais força do que o esperado, o Better Day era mais baixo que o outro. Ele caiu assim que o machado encostou em sua perna, me levantei com rapidez, e cortei seu pé, era sangue negro jorrando para todos os lados. Quebrei a mini câmera que o monstro possuía, depois disso descobri que ele ficara bem mais lento. Parecia apenas um zumbi grande demais. Por uma momento agonizante apenas segurei o machado na altura na cabeça, olhando a criatura ajoelhada a minha frente. Que era tão vitima nessa história de vírus quanto eu. Depois deixei o machado cair, e ele passou direto pela garganta do Better Day, decepando-o. E o fazendo cair, com um barulho engraçado, como se alguém tivesse derrubado uma esponja molhada no chão.
Olhei para o terceiro e ultimo Better Day, mas hesitei em ataca-lo. Ele era diferente dos outros, não estava armado.
- Não, não – Disse Kendall, se aproximando de mim, animado, com o ultimo confronto – Dessa vez... Sem armas. – Olhei pra ele sem acreditar. Ele não poderia estar falando sério. Poderia? Kendall estendeu a mão para mim. E com uma náusea subindo a minha garganta, lhe entreguei meu fiel machado. Ele segurou o machado sem encostar no sangue espalhado por ele, e o jogou no chão ao seu lado, como se estivesse com nojo, e medo de pegar o vírus tocando no sangue. Agora iria ser mais fácil. Olhei para o monstro, era a primeira vez em semanas que eu sinto a esperança de dias melhores se distanciando de mim. Era como se... Nada mais valesse a pena... Mas eu sabia que valia a pena sim... Lutar. Lutar pela liberdade. Lutar pelos meus amigos. Recuperei a autonomia, e  fiz sinal com a mão para o Better Day vir, sentindo a sensação boa da rebeldia, que acho eu, é o sentimento que Brenda tem o tempo todo.
O Better Day era do tamanho do primeiro. E igual a ele, a não ser pela bigorna. Ele correu em minha direção. Assim que ele desferiu o primeiro soco em meu rosto, senti a sensação boa da felicidade desaparecendo com a mesma rapidez que ela veio. Cambaleei para trás. Mas não cai. Me mantive em pé. Andei até ele, e ele me socou no estomago. Cambaleei.Não consigo. Não da pra lutar com ele se não encostar nele. A não ser...
Dei um soco nele, mas era como se eu não tivesse feito nada. Soco após soco, tentando cansa-lo, mas ele me parecia incansável, então tomei distancia, depois corri em sua direção, e chutei o peito dele.  Ele cambaleou. A mini câmera caiu. O Better Day, ficou mais lento. Mais fraco. E muito melhor pra mim.
Soquei seu rosto, com tanta força que minhas mãos doíam. A neve começou a cair com maior intensidade. Eu comecei a cansar. Ficar com frio. E o monstro parecia se fortificar.  A noite começava a chegar. Junto com os grunhidos lentos de dois mil zumbis. Fiquei mais lento. Meu estomago estava afundando. Dei um soco no estomago dele. Soltei um grito. Cai ajoelhado no chão. Meu punho começou a sangrar. Meus olhos lagrimejaram pela dor. Coloquei a mão no chão, olhei para Brenda desesperada no chão. E o sorriso de triunfo no rosto de Kendall. Não vou deixar isso acontecer. Ainda no chão, me engatinhei para trás, e chutei por baixo, o queixo do Better Day, e cambaleou no chão, alguma coisa passou pelo ar, pegou nas costas do monstro, o que o fez cair ajoelhado no chão, a minha frente. Olhei em seus olhos, que um dia foi de uma pessoa normal, coloquei minhas mãos no rosto do bicho, e quebrei seu pescoço. Ele caiu morto no chão.
Estava todos muitos quietos. Olhei pro chão, e vi uma faca nas costas dele. Olhei para frente. E vi. A fonte da arma veio de um garoto. Com uma blusa machada de sangue seco. Um garoto de cabelos negros. Pele clara, quase pálida. Olhos verdes penetrantes. Minhas pernas tremeram. Eu não consegui acreditar. Levantei boquiaberto. Não pode ser. Pode? Corri até ele. Dei um abraço, como se quisesse constatar que não era um fantasma.
- Matt... Você... Ta vivo cara!
- Eu sei – Disse sorrindo. Olhei para ele direito. Tinham vários cortes e hematomas em seu rosto. Seu braço estava machucado também.
- Caraca Matt... Você está horrível – Ele sorriu. Pensei por um instante, e então notei que faz semanas que não me olhos no espelho – Será que eu estou tão ruim assim? – Matt sorriu mais ainda.
- Não... Está pior – Sorri pra ele.
- Esse é o seu problema garoto – Disse Kendall – Um instinto assassino. Uma incrível habilidade para aguentar a dor, e sofrimento. Uma ótima maneira para luta. Mas... Esse maldito sentimento que te impede de fazer tanta coisa... Amor. Compaixão... Ai, ai... – Estranho eu lembrar disso agora... Mas veio a minha cabeça. Na estreia de Harry Potter and the Dathly Hallow Part. 2 – Eu fui com a Brenda... – No final do filme Dumbledore disse “Não tenha pena dos mortos Harry. Tenha pena dos vivos. E acima de tudo, aqueles que vivem sem amor” acho que cabe muito bem aqui.
- Solta eles – Disse friamente.
- Não estou nenhum pouco afim... – Respondeu ele. Peguei uma das facas de Matt, e ataquei em Kendall. A faca passou por cima do seu ombro, pegou em sua roupa, e derrubou-o, fazendo ele ficar preso com a faca cravada no piso. Andei até ele e disse:
- Não quero saber sobre o que você está afim... Kendall – Silver parecia tão amedrontado que nem se deu ao trabalho de me impedir, enquanto desamarrava Brenda, que me abraçou e depois correu para Mattew. Terminei de desamarrar os outros.
- Ainda bem que deu certo. – Disse Brenda – Como você entrou aqui?
- Não foi tão difícil... A porta tava aberta... Os zumbis não estavam atraídos por mim... Mas por vocês. Porque atraem tanta atenção?
- Eles gostam da gente;
- Espera... – Disse sem entender – Você sabia que ele estava vivo?
- Sim – Respondeu ela – Quando você desmaiou, acho que você me ouviu gritar – Assenti – É porque eu estava lutando para não tirarem o corpo de Matt dali. Kendall não achou tão importante, e um assunto de tanta urgência tirar um cadáver do meio do correr. Eu pressionei o ferimento dele, me debrucei sobre ele e sussurrei em seu ouvido. Depois que fomos levados por esse troglodita – Apontou para Kendall – Matt se levantou, foi até onde estava nossas coisas, pegou o que precisava do kit primeiros socorros, e pegou uma mochila de armas. Eu disse pra ele o que estava pensando, em... Viajar. Ele se hospedou aqui perto, e quando chegamos ele viu. Mas acho que demorou muito para vir.
- Me assustei com aquela droga de helicóptero. – Defendeu-se Mattew. Estava tão feliz que ignorei meu estomago. Fizemos um abraço coletivo. Mas foi interrompido pelos grunhidos agora mais altos.
- VAMOS – Gritei. Entramos no avião. Logan logo se posicionou como piloto do avião, e Caterine ficou como sua copilota. Kendalll se desprendeu, da faca e entrou no avião, seguido por Silver. Logan começou a decolar. Estávamos a 5 metros do chão.
- O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI?! – Perguntei a Kendall.
- Sabe – Respondeu calmamente, embora sua voz expressasse um pouco de pânico – Costumava pensar, que os Better Day eram o futuro. Ou que você seria o futuro. Mas na verdade... EU sou o futuro. Eu posso fazer o que eu quiser... E não é você quem vai me impedir – Fui até ele, segurei por sua golinha, o levei arrastado para a porta do avião – ME MATAR NÃO VAI ADIANTAR NADA!
- Não... – Respondi – Mas já é um começo – Joguei Kendall para fora do avião. Ele caiu em direção, ao mar de zumbis que se aglomerava no chão. Dois mil zumbis grunhindo, e um único homem, gritando e urrando de dor. Olhei para Silver que estava horrorizado, e olhava com medo para baixo. Eu apenas observava Kendall se debater – É... Você é o futuro – Eu sei que fazer com ele, o que ele faria com a gente se fosse o contrario, apenas me torna mal tanto quanto ele, e imoral também. Mas quem ta ligando pra isso? Dane-se. Um problema a menos, nas nossas vidas.
- Por favor – Se esganiçou Silver com medo para mim – Por favor, por favor! Não me mate! Por favor, eu faço o que for necessário – Eu olhava pra ele, com nojo, mais do que pena. Ele nos abandonou e se aliou ao inimigo. Ele meteria uma bala na cabeça de qualquer um se fosse o contrario. Não estou nem ai, com a dor que ele vá senti. A raiva fala mais alto. Eu devia transparecer a raiva no rosto, porque ele chegou mais perto e disse – Por favor! Não me mate, não me mate!
- Não vou te matar – Estávamos bem próximos a porta. Meus cabelos e os dele esvoaçavam ao vento. Logan parecia nervoso, mas ele estava indo bem. Estávamos mais alto ainda. Talvez 8 metros do chão, e mesmo assim ainda se ouvia os gritos de dor de Kendall. Não digo que sinto pena dele. Após essas quatro palavras, Silver ficou mais tranquilo, Até que – Eles vão.
Seus rosto ficou lívido. Eu simplesmente empurrei ele do avião. Ele deu um baque, e um grito quando caiu no chão. Mas nada foi mais gratificante do que ouvir os gritos deles dois. Olhei pra trás, e Brenda olhava pra mim, orgulhosa na verdade. Ela estendeu a mão para mim:
- Vem – Disse ela. Segurei sua mão, e a segui. A porta do avião se fechou atrás de mim. Sentei na cadeira no avião, ao lado dela. Ela cuidou dos meus ferimentos no tórax, e na perna. A dor muscular ia diminuindo depois dela ter me dado alguns remédios para dor – Você vai ficar bem – Disse sorrindo.
- Sei que vou. Com uma médica dessas – Ela riu. Mattew como todo bom irmão, segurou a garganta, e fingiu que estava vomitando. Sorri pra ele, é bom ter um amigo de volta. Pelo menos mostra que nem tudo está perdido. E que ainda há esperança; Sabe aquela luizinha no final do túnel? Então... Por mais que a esperança tenha desaparecido – ou parecido desaparecer – ela nunca foi embora na realidade. Sempre esteve aqui. Conosco.
A neve se tornou bem mais forte. Ao longo da noite nós, nos agasalhamos. E ficamos todos juntos. Olhei pelo meu iPhone 5 totalmente sem utilidade agora, mas era legal mantê-lo, para lembrar dos velhos tempos. Olhei a data, e fiquei feliz, quente por dentro, e bem surpreso:
- Feliz Natal – Sussurrei para Brenda. Ela me beijou. Um beijo que passou o calor do corpo dela, dos lábios ao resto do meu corpo.
- Feliz Natal – Sussurrou de volta. – Feliz Natal Matt.
- Feliz Natal Mana – Ele sorriu. Brenda pegou na minha mão. Era bom estar ali. Num avião digo. Para mim pelo menos, significa que temos uma nova etapa. Não deixa a esperança que está bem pouca por aqui, morrer totalmente. Faz com que me deixe com mais vontade de lutar. De chegar num novo lugar, e recomeçar talvez. Quem sabe. Fiquei muito feliz por isso.  Não sei o que vamos encontrar, por lá. Mas não pode ser pior do que aqui. Quer dizer, quando se sai do inferno. Nada mais te surpreende. Tanto o mundo quanto o ser humano tem a oferecer, sei que o mundo ta indo pro ralo... Mas não pode estar pior lá do que aqui. Vão ter mortes. E vão ter zumbis, mas seja o que for, estou preparado para isso. Em fim... O que quero dizer é... Cáribe... Ai vamos nós.

Frases: “Nenhum homem escolhe o mal por ser mal, mas apenas por confudi-lo com felicidade que é o que ele procura” – Mary Wollstonecrft
“Não enfrentes monstros sob pena de te tornares um deles, e se contemplas um abismo, a ti o abismo também comtempla” – Nietzsche.
“ O mal que o homem faz sobrevive a eles; o bem geralmente é sepultado com seus ossos” – William Shackspeare.
“Não importa o quão, as coisas estão difíceis... Nunca deixe de acreditar” – Fatally Bieber.
Fim

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Capitulo 20 – O aero porto.


A sensação que eu tinha como meio mutante, é como se tivesse um trator passando por cima de mim, minha barriga estava dando uma volta, suava frio, ficava fechando meu punho com força na mão suada, minha respiração ofegante não ajudava também.
E a sensação que eu tinha como pessoa normal, era como se todos os zumbis estivessem encolhidos, escondidos juntos esperando o momento certo de nos atacar, apenas nos observando.
Nenhuma das duas sensações eram muito acolhedoras.
- O que fazemos? – Sussurrou Caterine. E mesmo com a voz dela tão baixa que era difícil dizer se estava falando mesmo ou só mexendo a boca, mesmo assim era bem audível naquele silencio.
- Vamos andando. Sair daqui o mais rápido possível – Sussurrou Brenda em resposta, olhando para o número “quatro mil”. Começamos a andar, cada paço mais torturante que o outro, até chegarmos na área onde um dia foi de atendimento, e entrega das passagens, passamos por ele, abri a porta de vidro, segurando-a até todos passarem. A cada passo uma nova parte do meu estomago afundava, minhas pernas tremiam, minhas mãos cada vez mais suadas segurando o machado, andamos por um largo corredor, com cadeiras reviradas, sofás quebrados, e revistas rasgadas, com a parede de vidro deixando a luz solar entrar, e a visão do avião, e de dois mil zumbis atacando o vidro, ao nos ver. O baque é tão alto que Caterine pula pra trás, colocando uma mão no coração e a outra na parede.
- Como a gente chega lá? – Pergunta Daniel, com a voz tremula de terror. Eu não respondi, porque não fazia ideia. Brenda por outro lado, estava andando até um extintor de incêndio, e trazendo.
- Não tem como a gente sair daqui... Quer dizer, são dois mil dessas pestes... Não dá – Diz Logan.
- E não tem carro pra nos proteger – Respondeu Caterine.
- E se a gente jogasse uma bomba – Falou Daniel.
- Iria atrair a atenção dos outros dois mil – Respondeu Brenda – Porem... Não tem outro jeito. Não quero que vocês acabem com as bombas, não sei o que vamos achar no Caribe então... Vamos usar duas bombas de explosão controladas, e isso aqui – Ela mostrou o extintor de incêndio.
- O que? Vamos jogar espuma nos zumbis? – Perguntou Logan sarcasticamente.
- Não exatamente –Respondeu Brenda – O.K o plano é o seguinte – Daniel pegou uma das bombas, e correu até a parede de vidro, e plugou, os zumbis se atiçaram ainda mais, batendo no vidro com toda suas forças mortas. Me sentia como um ratinho preso numa ratoeira, sabendo que iria morrer. Caterine correu até a outra ponta do vidro e plugou a outra bomba. Daniel foi até o extremo esquerdo da sala, e ficou parado atrás de uma barra de cimento, segurou em dois fios com espessuras de cordas de pular, e puxou, depois fez um sinal positivo com o dedão para Brenda. Logan e Caterine andaram até o extremo direito da sala, e fizeram o mesmo que Daniel. Eu e Brenda andamos juntos até a barra a nossa frente.
- Isso deveria ser ruim? – Sorriu para ela, e ela para mim. Ela puxou a corda duas vezes, e depois fez positivo com a cabeça. Brenda olha para trás da barra, para ver quando tempo ainda nos resta, depois com rapidez ela virou colocou uma terceira bomba dentro do extintor de incêndio – Uma bomba relógio – e segurou. Segundos depois as duas bombas explodem. Os zumbis entram sedentos por carne humana, alguns deles morriam ao passarem pela barra em que Logan estava, e alguns morriam ao passar por Daniel, que esta me surpreendendo. Tirei o machado da minha cintura, e cortei a cabeça de alguns que passavam por nós.
- JUSTIN – Gritou Brenda, sobrepondo sua voz aos grunhidos de dois mil zumbis – NÃO A TEMPO! VAI LOGO! EU TE DOU COBERTURA!
- VAI VOCÊ PRIMEIRO! – Não esperei resposta, segurei a cintura de Brenda e a coloque as minhas costas, encostando-a na barra, ela segurou na corta e começou a escalar a barra, olhei para Daniel que estava subindo a pilastra o mais rápido que pode. Caterine também subia enquanto Logan dava cobertura, furo o crânio de um zumbi com o machado. E depois – um grandessíssimo erro – corto o abdômen de um que um dia foi o segurança desse aero porto, suas pernas caem sem mais utilidades no chão, mas seu tronco cai no chão, e tenta freneticamente achar minha perna e abocanhar qualquer humano por perto, passo o machado 360º por eles, o que mata muitos mas não é o bastante. Eles não param de aparecer. Começo a me sentir sufocado. Olho pra trás, Brenda está na metade da barra, não tenho para onde ir. Se continuar vou ser mordido. Fui para trás, segurei as duas cordas da barra, e comecei a escalar, ou tentar escalar.
Antes mesmo de eu poder colocar um pé na barra, eu sinto ele preso no chão. Olho pra baixo. O ex-Segurança agarra meu tornozelo. Chuto, sacudo meu pé, mas nada adianta. Tentei segurar meu machado que estava na cintura, o homem arranhava minha calça, fazia de tudo para me por para baixo, me segurei na corda, o homem me puxava, minha mão escorregava e começou a queimar, o homem zumbi continuou a puxar, minha mão começou a sangrar, eu não ia cair, não conseguia segurar meu machado, não vou cair, chutei o zumbi, peguei o machado, ele escorregou, caiu no mar de zumbis sedentos por sangue, não consigo pegar, o homem me puxa, eu caio no chão, solto a corda, soco o rosto do homem, depois com um movimento rápido quebro o pescoço dele. Segurei a corda, me levantei e comecei a escalar, zumbis seguravam minha camiseta preta da Corporação Apocalipse, continuei subindo, o peso dos zumbis que se agarravam a mim, fazendo de tudo para morder meu braço começou a pesar as minhas costas. Parei de subir. Me agarrei as cordas, suspirei, dei impulso na barra, uma, duas, três, quatro vezes, eu estava no ar ainda, e me virei, e prensei os zumbis contra o cimento da barra, não é o suficiente para matá-los, mas serve pra tirar eles da minha cola, virei de novo, coloquei meus pés na barra, fiz e burrice de olhar para baixo e vi todos aqueles zumbis rodeando a barra de cimento, com as mãos esticadas para cima, pulando, tentando arrancar um pedacinho de mim. Fiz ainda a maior burrice e olhei para Logan – O cara tem medo de altura, e devagar, e tremendo ele vai subindo – Não da para ver o chão branco da sala, só da pra ver os zumbis. Não tem nenhum fecho de luz do azulejo branco.
- JUSTIN! RÁPIDO! – A voz de Brenda, me tirou do transe. Assenti, e retomei a escalada. Minha mão que sangrava, e doía ainda mais depois disso. A corda começou a ficar vermelha, pelo meu sangue. Algumas gotas caíram no chão, os grunhidos dos zumbis a baixo de mim cessaram o tempo suficiente para eles agacharem, cheirarem, lamberem o sangue, e depois voltarem a pular e grunhir com mais ferocidade. Cheguei ao topo da barra de cimento, e segurei na barra de ferro que segurava o teto.
- QUANTO TEMPO? – Perguntei.
- DOIS MINUTOS – Respondeu Brenda. Puxado pelas mãos, eu “andei” pelas barras de ferro do teto. Logan estava branco, não sei nem como ele conseguia colocar mão após mão nas barras de ferro do teto. Indo em direção a porta, antes que a bomba relógio dentro do extintor de incêndio, preso na cintura de Brenda explodisse. Chegamos na barra continua do teto, que segurava o vidro da sala,  restavam  um minuto, mão após mão iam em direção a parede. Quarenta segundos. Eu e Brenda estávamos quase na barra da parede. Trinta segundos, Caterine estava começando a descer. Vinte segundos, Daniel estava quase no chão. Dez segundos. Brenda chegou a parede, eu estava a dois metros dela. Cinco segundos. Logan começou a descer, Três segundos. Brenda jogou o extintor. Acabou o tempo. A bomba relógio explodiu, lançando Caterine, Logan, Brenda, Daniel e eu a trezentos quilômetros de distancia.
Cai no chão, com tanta força que eu pensei que tinha quebrado todos os ossos do meu corpo; Tudo doía. Abri meus olhos e tudo que eu vi era a fumaça branca proporcionada pelo extintor. Comecei a tossir. Não ouvi mais nada, e isso que começou a me preocupar. Sentei, sentindo a minha perna alucinantemente dolorida. Pensei ter quebrado ela, mas acho que não.
- Brenda?! – Gritei.
- Aqui – Não conseguia ver muita coisa, mas vi um vulto de roupa preta tentando se levantar em meio a fumaça branca. Ela começou a tossir – Você ta legal?
- To. – Com esforço tentei levantar e sacudi meu cabelo, pra tirar a poeira. Com minha visão melhorando e a poeira sumindo – Foi mordida? Machucada?
- Não. Você também não né? – Balancei a cabeça – ótimo. Ta doendo? – Perguntou ao pegar meu braço e me ajudar a levantar.
- Um pouco... Mas eu vou ficar legal.
- A GENTE TA BEM TAMBÉM! – Gritou Logan, um pouco mais de dois metros afastado de mim, ajudando Caterine a se levantar – OBRIGADO POR PERGUNTAR! – Nós simplesmente rimos. Começamos a andar vacilantes em direção ao avião. Ele estava a dez metros de nós. Ouvia grunhidos que foram atraídos pela explosão. Apertamos o passo. Ouvi um barulho de helicóptero, olhei pra cima. Cinco figuras desceram do helicóptero por uma escada, antes do helicóptero desaparecer no horizonte eu vi uma tão odiada marca de uma bola azul, com uma bolinha preta no centro. Olhei para as cinco figuras que desceram do céu, e para minha total desanimação minhas duas orelhas arderam como se tivessem atacado um ferro quente nelas. Três daquelas figuras, eram Better Days, seguidos e sendo controlados por Kendall e o Ex-Protegido da Corporação Apocalipse.
- Ora, ora, ora! Quem é vivo sempre aparece – Disse Kendall com um largo sorriso no rosto. Kendall fez um aceno com a cabeça, e depois disso percebi o ex protegido saindo de cena, mas não me importei.
- Infelizmente – Respondi.
- O que vocês estão fazendo aqui? – Perguntou Brenda, num tom agressivo e frio.
- Vocês explodiram minha corporação. E eu preciso de uma coisa.
- Do que? – Perguntei.
- Lute – Respondeu Kendall – Preciso saber quem é mais forte. Poderoso. Lute com minhas mais novas criações.
- Sem chance.
- Você luta com dois mil zumbis, mas com três Better Days não?
- Tive ajuda.
- Aqui você também tem – Ele jogou um machado. – Eles tem uma arma. E você também.
- Mas eles são três – Disse Brenda.
- E dai? Eram dois mil... Vamos lute.
- E se eu não lutar?
- Seus amigos morrem... Começando pela bonitinha aqui... – O ex protegido estava atrás de nós, e eu nem percebi. Ele segurou Brenda por trás, e a levou para perto de Kendall, Brenda chutou a canela do homem, que caiu no chão, levando ela junto, quando Brenda tentou se levantar Kendall colocou uma arma na cabeça dela – Não tente lutar querida... Vai ser pior pra você. Acredite. Quer saber o que eu acho?
- Dane-se o que você acha – Disse Brenda, sem olhar ele. Kendall meramente sorriu.
- Acho que você não tem opção. Vai ter que fazer o que eu mando ou...
- Pro inferno você – Respondeu – Dane-se o que você manda. Ta afim de fazer estrago? Puxa a droga do gatilho! Você vai morrer de qualquer maneira... Então vamos nós dois pro inferno. Que tal? – Kendall não respondeu. E desapareceu com seu sorriso. Seu olhar era frio, e duro. – Em? Puxa o gatilho! – Kendall se agachou, e colocou um pedaço de pano na boca dela, puxando para trás da cabeça.
- Escuta aqui bonitinha – Disse Kendall num tom ameaçador – Fica bem quietinha, se não quiser ver seus amiguinhos morrendo. Está bem?
- Vai se ferra – Respondeu Brenda, com a voz abafada pelo pano em sua boca.
- Querem – Disse Kendall virando-se para nós, e pegando um objeto de aço na cintura – Saber o que acontece quando não fazem o que eu mando? – Segundos depois Kendall apertou um botãozinho azul, e tocou a ponta do objeto no braço de Brenda. Que se contorceu e gritou. Corri em direção a eles, chutei o estomago de Kendall, que colocou a ponta do aparelho de choque, no meu tornozelo. A dor cruciante no meu tornozelo, foi o suficiente para eu cair no chão, gritando, me contorcendo de dor, com  uma bola vermelha que ficou marcada na minha perna, a tremulência que correu meu corpo, e o suor frio que escorreu pela minha nuca, Logan me puxou para longe de Kendall.
Fiquei caído no chão, atrás do avião.
- O que vamos fazer? – Sussurrou Caterine.
- Não temos nenhuma escolha – Respondi.
- Cara, você não pode fazer isso. – Respondeu Daniel.
- Você vai morrer se fizer isso – Interveio Logan.
- O.K Logan – Disse irritado – Tem algum plano? Ã? Tem? Acho que não.
- Justin...  – Começou Logan.
- Não. Nem adianta. Eu vou fazer isso.
- Tem certeza? – Perguntou Caterine. Eu assenti. Sai de trás do avião, andei até Kendall. Que estava parado, de pé apenas observando.
- Decidiu garoto? – Perguntou. Eu assenti. – Silver leva a garota daqui. Coloca ela ali. – O homem foi o ex protegido e tem o nome de Silver, pegou Brenda pelos baços e colocou-a encostada ao avião. Depois Silver fez o mesmo com Caterine, Daniel e Logan – Boa Sorte garoto. – Disse Kendall se afastando. Depois se virou pra mim sorrindo – Vai precisar.
Ouvi um barulho de correntes sendo arrastadas. O primeiro Better Day  estava vindo em minha direção.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Capitulo 19 – Em Chamas.


Brenda que estava sentada no teto triangular azul da casinha marrom do cachorro, caiu sentada no chão olhando em pânico para ele, e eu entendi porque. O garoto já foi branco, e tinha olhos verdes que agora estava branco, era muito parecido com Mattew quando criança. Quando os outros se deram conta do que estava acontecendo, se puseram de pé com armas apontadas. O abdômen de Brenda voltou a sangrar, ela ficou pálida conforme uma possa de sangue rondava a grama em que ela estava, o que fazia o zumbi se atiçar mais. Brenda se arrastava para trás, o zumbi engatinhava freneticamente em sua direção, e grunhindo. Brenda deixou sua arma cair no chão quando viu o zumbi, eu ergui minha arma, e conectei o silenciador. O zumbi se pois de pé, ele era quase da minha altura, andava vacilante em direção a Brenda, mirei na cabeça dele, e com um baque surdo da arma sendo atirada, e ele caiu em cima de Brenda, que com um olhar de inteira repulsa e desprezo ela girou o corpo do zumbi pro lado.
    Ela ficou olhando para o corpo, e ficou parada.
- Desculpa – Disse se apoiando no teto da casinha de cachorro e tentou se levantar – Não devia ser tão fraca. Eu devia ser matado ele. Desculpa. – Ela caiu no chão. Não conseguiu se levantar. Corri até ela, me agachei.
- Você não foi fraca. Eu sei que ele parecia com Matt, e eu sei como dói perder alguém que você ama. Não é legal. Ele era seu irmão, não tem porque se envergonhar...
- Eu devia ter matado ele antes...
- Eu devia ter de chamado pra sair antes dessa merda toda acontecer, mas isso não aconteceu então... Não adianta ficar se culpando. – Brenda sorri, mas depois faz uma careta de dor, e não posso dizer que não fiquei preocupado, coloquei a mão em suas costas, e segurei sua barriga e a ajudei a levantar.
- O que aconteceu com a sua camiseta? – Perguntou Logan.
- Derramei ketchup nela – Disse Brenda sorrindo sarcasticamente – O que você acha que é Louggie?
- Ketchup? – Arriscou irônico e sorrindo. Eu sorri também. Ajudo ela a entrar na casa. Já está escurecendo quando começamos a comer. Caterine em sua ronda a procura de zumbis, achou um aquecedor num dos quartos, colocamos na sala, e todos sentamos nos sofás. Daniel ascendeu algumas velas, e Logan fechou as cortinas. E Brenda começou a fazer alguns pontos o ferimento da barriga a luz das velas, mas continuava meio pálida. Eu só observava.
- Você ta bem? – Perguntei.
- Sim... É só que eu... Perdi bastante sangue – Quando fiz menção de falar alguma coisa ela disse – Eu vou ficar legal.
- E sua costela?
- Vou arrumar um curativo... Engessar aqui e vou ficar legal daqui algumas semanas...  – Algum tempo se passou e todos nós estávamos em silencio. Daniel sentado no chão sobre o tapete marrom, com Caterine sentada no sofá mexendo em seu cabelo, Logan sentado ao lado dela e passando carinhosamente a mão em suas costas. Brenda terminou de fazer seus curativos e até terminou de engessar a costela. Estava sentado no sofá. Estavam todos quietos. Um silencio incomodo se acomodava por nós. Mas de repente me deu uma vontade louca de quebrar esse silencio.
- Last night... I Just wanted to have fun... – Comecei a cantar God Must Hate Me, do Simple Plan. Não sei porque, mas lembrei que era uma das musicas, das bandas favoritas de Brenda, ouvíamos muito essa música, eu, ela, Logan, James e Brenan sempre ouvíamos essa musica. E ela de repente veio na minha cabeça.
- To go out with my friends... – Brenda sorriu para mim, e continuou a cantar.
- I took my dad’s car, I never taught He would find out - Logan entrou na canção comigo e Brenda.
- But I crashed in the wall, man I’m dead... – Brenda sorria, de um jeito que a muito tempo eu não via antes, era como se tivéssemos voltado no tempo. Um tempo quando
éramos felizes, e eu amo isso. – I guess it’s no use, I’m screwing up every little thing
every try to do, I was Born to lose, yeah yeah yeah yeah
- God – Comecei – Must Hate Me
- He curse me for eternity – Completou Logan
-God Must Hate me – Continuei sorrindo.
- Maybe you should pray for me – Completou Brenda.
- I’m breaking down and you can’t save me, I’m stuck in hell and, I wanna go home – Dissemos todos juntos, rindo.
- Last night – Continuei – I had to study for this test... I forgot man I’m dead...
- Lembra quando eu tirei 2 na prova de inglês? – Disse Logan rindo.
- Eu lembro cara... Sua mãe te proibiu de sair de casa por duas semanas! – Disse Brenda. Começamos a rir, me senti quente, e satisfeito por dentro. Foi gostoso ter aquela sensação de novo. Passamos o resto da noite relembrando momentos embaraçosos, e eu gostei disso. Até estar tarde demais, e apagamos as velas e fomos dormir.
  Naquela noite tive um sonho muito estranho, no que envolvia Logan sendo torturado por Kendall, Caterine afogada, Daniel zumbificado e Brenda morrendo por um Better Day, acordei ofegante e suando frio. Olhei para os lados, e vi Brenda deitada ao meu lado, com a mão pousada a cima da minha barriga, Caterine e Logan deitados juntos e Daniel, deitado no outro sofá. Fiquei mais tranqüilo, mas isso não durou muito. Minha barriga dava uma volta, olhei janela a fora e vi o porque. Do lado de fora dos portões da mansão dos Dudley estava apinhada de zumbis, que lutavam contra as grades para entrar. Sendo atiçados pelo sangue de Brenda que ainda estava derramado na grama.
- Brenda acorda...
- Ã? Calma – Ela bocejou – mais cinco minutos...
- Não! – Balancei seu ombro – acorda! – Ela coçou o olho, e sentou.
- O que foi? – Apontei para fora, ela arregalou os olhos, e gritou – ACORDEM! – Logan acordou assustado, e se sentou com muita rapidez, Caterine que estava na frente de Logan, foi derrubada por ele e caiu no chão.
- QUE COISA LOGAN! AI! QUE FOI ISSO?! – Gritou irritada. Brenda não respondeu. Ela se levantou, olhou para os quarenta zumbis do lado de fora, e começou a andar de um lado para o outro. Pensando num plano para sair daqui. Não sei como ajudar, porque eu não tenho ideia de como. A casa ta cercada... Como vamos sair daqui sem que nos vejam...
- Eles são lentos... – Disse Daniel - Da para sair pelos fundos e...
- Não – Interrompeu Brenda – Eles são muitos, não adianta correr...  Nós temos que ser invisíveis... O que é impos... NÃO! NÃO É! TENHO UMA IDEIA! PEGUEM SUAS COISAS! RÁPIDO! – Ninguém entendeu direito, mas vamos pegar as mochilas para sair. – VENHAM! RÁPIDO! – Brenda correu pela frente, com Daniel logo atrás dela, depois Logan, Caterine e eu. Passamos pelo rack, que tem a televisão, telefone e um quadro dos familiares. Oito pessoas... Não espera...
OITO?!
Parei e voltei correndo. Brenda parou no corredor, e fez sinal com a mão para passarem. Mas quando olhou pro inicio do corredor e me viu segurando o quadro...
- JUSTIN O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?! TEMOS QUE IR!
- Você... ficou com ... Um dos... Dudley... Não foi? – Disse com olhar de nojo.
- Ora pelo amor de deus... Você vai ficar com ciúmes agora...
- Não é disso que estou falando... Ontem matamos cinco Dudleys não foi? O casal, a filha, e dois filhos?
- Sim... O que tem? – Perguntou irritada.
- Quem são esses então?
- O que? Quem? – Ela andou até mim. E olhou. – Esse – Ela apontou para o garoto de cabelos pretos, e olhos azuis, pele clara e lábios vermelhos – É Billy, o garoto que eu namorei. Esse é o primo dele, Brian – Ela apontou para um garoto loiro, gorducho e de olhos pretos – E essa é a mãe dele – Ela apontou para uma mulher, de cabelos pretos, olhos azuis, uma mulher tão gorducha quanto Brian.
- E onde eles estão? – Ela me olhou, depois olhou para o corredor em que todos esperavam ansiosos.
- Droga... – Ela pegou meu pulso – Vamos. – Me arrastou corredor a dentro. Com nossos passos ecoando pelo corredor de madeira e mármore. Descemos as escadas e fomos para o porão. O interruptor não esta funcionando. Quando Daniel bateu a porta atrás de nós, ficamos no escuro. Num completo breu. Mas não precisava de luz para saber que tinham zumbis ali. – mas onde é que é a porta... cadê? – Disse Brenda – Mas que mer... AAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH – Brenda gritou. Ouvi um baque, o que significava que ela tinha caído, ouvi mais alguns barulhos que não faço ideia do que signifique.
- LOGAN! ACHA A PORTA! RÁPIDO! ACHA!
- TO TENTANDO!  - Fui para a esquerda, onde eu sabia que se encontrava um dos zumbis. Usei tudo que meus instintos me permitiam, tirei a faca na cintura e apunhalei o que eu achava ser a costela da coisa, e depois apunhalei o que imaginei ser seu olho.
- VÃO PRA PAREDE! – Gritei me dirigindo a Caterine e Daniel. Depois quando senti um tração maior a direita, percebi que era Brian... O primo gorducho de Billy. Ouvi seus passos arrastados, e pesados. Desferi um golpe em sua barriga, mas nada aconteceu. Ele segurou meu pescoço com suas mãos frias e mortas, eu golpeei seu braço, e depois sua cabeça.
- ACHEI! – Logan abriu a porta. E deixou a claridade da luz entrar. Vi toda maloca que era o porão com todas as coisas caídas, e bagunçadas. Vi a mulher gorducha caída no chão, com um furo no olho e seu filho igualmente gorducho sem cabeça. Mas então eu vi, Billy segurando o pescoço de Brenda que estava ficando vermelha, e tentava se desvelenciar dele. O que não estava funcionando. Ela estava caída no chão, batendo com a mão no chão a procura de seu fiel machado que estava caído a centímetros dela. Corri até ela, e chutei Billy nas costelas, ele caiu pro lado, Brenda começou a tossir, Billy se levantou bati com o cabo da faca em seu rosto, o que o fez quebrar a metade do maxilar, deixando sua boca peçonhenta pendurada. Depois Brenda desferiu um golpe de machado em sua cabeça, o que fez ela se rachar em dois. E ele caiu. Ficamos por um tempo quietos, ofegantes. Brenda coçou a garganta. E eu disse:
- Agora me fala... Que tipo de homem se chama Billy?
- Justin isso é hora? Fala sério...
- Ora só estou dizendo – Logan revirou os olhos, e saiu pra fora, seguido por Caterine e Daniel, e deixando só eu e Brenda no porão – Que nenhum homem de verdade se chamaria Billy...
- Justin... Podemos ir?
- Só me fala uma coisa – Disse baixando a voz e andando até estar a centímetros de Brenda – Eu sou melhor que ele não?
- Se eu te der a resposta podemos ir?
- Sim.
- Sim, você é muito melhor que ele. Em todos os sentidos.
- Agora está melhor. Vamos – Segurei seu pulso e andamos em direção a porta. Os zumbis estavam todos no portão, e como saímos por trás, pelo portão, eles não nos viram, Brenda andava a frente e olhava pros carros abandonados pela estrada. Até que ela parou na frente de uma Ferrari prata, e entrou nela.
- O que está fazendo? – Disse me inclinando na janela, a chave estava na ignição, e quando ela ligou o motor silencioso do carro provavelmente recém comprado, e recém criado, a gasolina estava quase no final.
- Pelo menos é alguma coisa. A gente se vira por ai. Vamos entrem – Entramos dentro do carro, Brenda na direção, eu no passageiro, Logan, Caterine e Daniel na parte de trás. Brenda deu partida e começamos a andar, mas segundos depois paramos.
- Qual o problema? – Perguntei. Brenda fez uma careta e encostou a mão esquerda na costela.
- Não da... Justin dirige você – Trocamos de lugar.
- Você está bem mesmo? – Perguntei.
- To sim. Vamos lá. – Comecei a dirigir, em direção aeroporto, e a procura de um posto de gasolina que funcionasse ou qualquer coisa assim. Brenda pegou a mochila,e começou a mexer nela, depois pegou as outras mochilas e revirou ela – Temos uma problema...
- Qual? – Perguntou Logan monotonamente, como se fosse a coisa mais normal do mundo, e infelizmente por esses dias está comum sim.
- A munição está acabando, e as bombas também, silenciadores gastos... Temos que achar algum lugar que... ESPERA!
- O que foi? – Perguntei.
- Sabe aquela loja... A Happy and Funny?
- O que tem?
- Tinha gasolina lá... E o dono foi preso porque...
- Estava vendendo armas – Completei, aumentei a velocidade, estávamos nos afastando da cidade e entrando numa estradinha de terra, onde o carro passava uma cortina de poeira subia, arvores por todas as partes, o dia nublado, porem nenhuma neve naquela parte da cidade. Virei uma esquina, e dirigi mais uns 300 metros até estacionar. A nossa frente tinha um grande espaço que só se via a terra continua e acentuada na estrada. Com arvores distantes. Atrás de nós tinha 200 metros de estrada de terra e no final dessa reta, tinha uma lojinha com nomes feitos de luzes de neon “Happy and Funny” as luzes porem desligadas. Como a loja, que apenas expressava pura escuridão – O que faremos agora?
- Bom... Eu e você – Brenda pegou a lanterna na mochila – Vamos lá dentro, a gente pega algumas lanternas a mais, pilha para ela, combustível, armas, munição... A gente entra e sai em silencio, vai ser rápido com nós dois juntos, e...
- Eu vou – Viramos com olhares intrigados para Logan.
- A... Acho melhor não. Eu e Justin vamos rápidos...
- Não eu vou.
- Então eu vou com você – Respondeu Brenda.
- Você está machucado, além disso sou mais rápido sozinho, vocês ficam... Eu consigo fazer isso rápido. Eu consigo fazer isso...
- Logan e melhor...
- Eu consigo – Responde decidido. – Vamos me de a lanterna. E um machado eu consigo fazer isso – Brenda hesita por alguns segundos, mas depois leva lentamente a lanterna para Logan.
- Logan – Disse ela quando ele já estava abrindo a porta – Leva isso – Ela deu um walk talk para ele – E cuidado.
- Vou ter... Relaxa – Seu tom descontraído me lembrou levemente a Brenan, quando foi mordido. E isso não me acalmou nenhum pouco. Logan fechou a porta, e andou tranquilamente até a loja, embora eu saiba que ele está mais nervoso do que aparenta estar. Ficamos sentados, olhando para frente. Apenas observando o horizonte. Agora são 7:30 da manha. Fomos dormir as 5:00, estou com tanto sono que nem acredito que meus olhos ainda estejam abertos. Ao contrario dos irmãos Myer, que estão cochilando no banco de trás, um com a cabeça deitada na do outro, os dois cabelos loiros sujos entrelaçados.
- Daqui algumas horas, estaremos longe daqui – Disse, sem tirar o olhar do horizonte.
- Vai ser melhor assim... Tomei a decisão certa... Eu acho.
- Tomou sim. – Disse agora me virando para olhá-la – Não iríamos sobreviver aqui por muito mais tempo mesmo... Então... Vai interessante...
- Vai sim – Disse ela se virando para mim, mas depois voltando seu olhar para frente, Brenda fixou o olhar no horizonte, com as sobrancelhas contraídas, tentando olhar alguma coisa que eu não via – O que foi? – Ela não respondeu, olhou para a esquerda e depois para direita, sem falar nada. De repente eu senti uma sensação horrível no meu estomago. – Droga...
- Achei umas coisas muito boas aqui, tudo o que a gente precisa e um pouco mais... – Disse Logan pela walk talk – Tem até um salgadinho Pringles aqui, acreditam? E Brenda achei dois saquinhos de minhocas de goma, para você... Acho que...
- Logan sai daí, cara! – Disse segurando o walk talk bem próximo a boca, com mais força do que necessária – Agora!
 - Não, eu estou colocando as coisas aqui na mochila, só mais uns cinco minutos...
- LOGAN AGORA!
- Calma cara... Não é nada de vida ou morte, eu vou sair daqui a pouco, da uma relaxada.
- LOGAN ANDERSON – Gritou Brenda arrancando o walk talk da minha mão, e segundo com mais firmeza o objeto – SAI DAÍ AGORA!
- Pra que tanto drama? Quando vocês vão fazer isso, ninguém fala nada, mas quando eu vou todo mundo fica falando... Caramba vocês não confiam em mim não? Eu posso ser bom tanto quant...
- EU SEI LOGAN! O PROBLEMA É QUE EU TO VENDO BROTAR NÃO SEI DE ONDE UNS CINQUENTA ZUMBIS! VOCÊ TEM QUE SAIR DAÍ AGORA!
- Segura eles! – Disse Logan calmo, porem com um pouco mais de tensão, preocupação e desespero em sua voz – Vai vocês conseguem! Eu só vou pegar mais um tanque de gasolina e...
- LOGAN EU TO MANDANDO VOCÊ SAIR DAÍ AGORA! – Brenda olhou pra trás com desespero, e tanto ela quanto eu vimos cinco dos zumbis muito próximos a porta da loja em que Logan estava – CARA SAI DAÍ LOGO! VOCÊ NÃO TEM QUE PROVAR NADA CARA!
- Já disse que já vou! Que saco! Eu só vou pegar mais uma coisa e... – Um barulho de coisas caindo, um gritinho agudo de Logan, um baque surdo do walk talk caindo no chão, foi a ultima coisa que ouvimos.
- Logan? – Disse Brenda embora nós dois saibamos que é em vão... Ele não vai responder – Logan? LONGAN?! DROGA, FILHO DA MÃE RESPONDE! LOGAN?! INFERNO! – Gritou Brenda tacando o walk talk no chão – Se – Brenda pegou um machado, e pois a mão na porta- Ele morrer ali dentro, eu mato ele! – Brenda saiu do carro, e bateu a porta da Ferrari com tanta força que fez os irmãos Myer acordarem, peguei um machado também e sai pra ajudar ela. Os mortos vivos começaram a se aproximar mais ainda. Do lado de Brenda, Daniel notou o que estava acontecendo e abriu a porta para sair, Brenda fechou a porta e disse – Fiquem ai dentro.
- Mas podemos ajudar – Disse Caterine.
- Fiquem! – Disse Brenda com tanta firmeza que eles nem tentaram argumentar. Ela andou até um zumbi e arrancou-lhe a cabeça.
- QUAL O PLANO? – Gritei.
- NÃO TENHO UM AINDA! – Gritou ela em resposta. Corri até a loja, e enfiei o machado na cabeça de um dos zumbis que estava próximo demais da porta da loja, cortei a cabeça de um com tanta força, que o machado vôo e cortou a cabeça dos outros dois que estavam atrás, o ultimo que sobrou, segurou meu braço com sua mão morta, eu cortei ela e depois meti o machado no olho dele, o que fez o olho cair do crânio oco, junto com o zumbi, que foi para um lado, e o olho cinza pro outro. Quando me virei dei de cara com outro zumbi.
Um zumbi tão gordo que pensei que eram quatro. Fiz um furo na barriga do gordão, o que só o fez cambalear para trás, mas ainda sim se manteve em pé, com seu sangue preto escorrendo para o chão,e até um órgão – acho que o estomago – escorreu pra fora da barriga dele.
- Cara... – Resmunguei – Que nojo – O zumbi investiu contra mim com a mão grossa em minha direção, mas eu abaixei e corri pra frente. Meti o machado nas costas dele, e o cortei em dois, e mesmo assim, caído no chão cortado em dois, o zumbi esticou os braços, e os debateu tentando me agarrar. Dei a volta dele, me agachei e dei o machado em sua cabeça. Me levantei olhei pra frente, e vi Brenda no sufoco. Corri até ela,  e assassinei o zumbi que a dava mais trabalho. – Não consegui pensar em nada.
- É... Ta difícil, se o Logan não demorasse tanto com a gasolina, poderíamos sair daqui e... Gasolina? É isso! Já sei!
- O que foi? – Brenda tirou um isqueiro do bolso da calça – Onde arranjou isso?
- Na casa dos Dudley. – Brenda desamarrou o braço da blusa lã minha da cintura – Vem comigo. – Eu assenti. Brenda foi até a janela do banco de trás e com o nó do dedo indicador, ela bateu levemente duas vezes no vidro. Enquanto isso, eu já tinha decepado três zumbis intrusos. – Daniel preciso da sua ajuda.
- A... O.K – Daniel parecia um pouco amedrontado, mas com firmeza ele abriu a porta e saiu do carro. – O que eu tenho que fazer?
- Vem comigo. Justin preciso que você mate os zumbis que tentarem matar Daniel e a mim... O.K?
- O.K
- Daniel, vem aqui. – Eles foram até a traseira do carro, e eu acompanhei-os, Brenda tirou a jaqueta, colocou o braço a jaqueta em volta do pescoço de um zumbi, e quando o morto vivo estava quase enforcado, Brenda chutou sua cabeça o que fez o crânio se soltar do pescoço, e rolar pelo chão, e depois o corpo cair como o famoso saco de farinha vazio. – Dani, segura esse isqueiro – Daniel segurou o isqueiro, e ficou parado. Brenda foi para baixo do carro, com as costas do chão, como se fosse mecânica. E até parecia. O que era fácil, pelo fato de seu pai ter sido um, e ela ficar o tempo todo na loja de mecânica do pai. – Daniel, pega uma garrafinha com sua irmã? – Daniel saiu tão afobado a correr, que até tropeçou no próprio pé, ele bateu euforicamente na janela e pegou uma garrafa de plástico com Caterine, e trouxe correndo para Brenda – Valeu – Brenda pegou a garrafa de plástico, e depois tirou o machado do chão, quebrou o plástico que lacra o tanque de gasolina do carro, tirou o ferro que prende o tanque e depois  ela encheu a garrafa de gasolina e depois disse – Dani queima a garrafa! E molha esse pano! Depois enrola na garrafa e joga neles quando eu contar três... Está bem? 
- Aham – Daniel pegou a garrafa, molhou com a gasolina o pano.
- Não tampa a garrafa – Disse Brenda, Daniel jogou a tampinha azul no chão, e depois amarrou nela o pano da minha camiseta de lã, pegou o isqueiro e jogou nos zumbis. Ainda no ar, quando o fogo alcançou a gasolina a garrafinha explodiu. Não uma mini explosão. Mas uma grande. Protegi meu rosto. 
Os zumbis que não morreram na explosão, estavam correndo em nossa direção... Em Chamas. Um deles que pega fogo da cabeça aos pés, quase me queimou no rosto, mas eu cortei seu braço e depois a cabeça. Apesar disso, alguns zumbis “chamados” pelo barulho da explosão estava se aproximando.
- LOGAN! – Gritei. Logan saiu correndo de dentro da loja, com a mochila cheia de coisas, e um tanque de gasolina na mão direita.
- Aqui, aqui cheguei – Ele olhou em volta, viu todo aquele caos e depois lentamente falou – Meu Deus... Não posso sair por quinze minutos, que o fim do mundo acontece?!
- O fim do mundo já esta acontecendo Louggie – Disse Brenda irritada, indo até ele e tirando a mochila e o tanque de gasolina de suas mãos, achei que ela iria colocar as coisas no chão, mas muito pelo contrario, ela colocou as coisas no chão, e começou a socar Logan, e chutar suas pernas. Caterine saiu do carro, e olhou pasma a cena.
- QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?! AI! PARA! – Gritou ele tentando se proteger, sem sucesso.
- MERDA! MERDA LOGAN! QUANDO EU DISSER “SAI DAÍ AGORA” É PRA VOCÊ SAIR! NÃO TO NEM AI PRA DROGA DA GASOLINA! SE EU DISSE QUE É PRA SAIR CARAMBA É PORQUE É!
- AI PARA! – Ele finalmente conseguiu parar os braços de Brenda. Notei que sua voz embargava. Ela ofegava. E seu rosto vermelho, começava a abrandar – Porque fez isso?
- Não... está dando... pra perder mais ninguém! Entendeu? Não quero mais perder ninguém. Nem você, nem eles – Ela apontou para os Myer – Muito menos você! – Ela apontou pra mim, e depois se voltou para Logan – NÃO É PRA VOCÊ FAZER ESSAS COISAS RIDICULAS...
- EU SÓ QUERIA PROVAR QUE POSSO SER TÃO BOM QUANTO VOCÊS DOIS!
- O QUE É RIDICULO, PORQUE VOCÊ NÃO PRECISA PROVAR MERDA NENHUMA! NÓS NUNCA DUVIDAVAMOS DISSO! O ÚNICO QUE DUVIDOU DISSO FOI VOCÊ ANDERSON! – Brenda parou de socar ele, ela soluçou, e depois secou algumas lágrimas imparáveis em seu rosto – Não consigo viver com mais nenhuma perda... Entendeu? Você é meu amigo, a anos garoto... Se você morresse ali, ia ser mais um pedaço do que resta do meu coração se iam... Não faça mais nada idiota. Não posso te perder Loggie... Você promete? – Perguntou Brenda como se fosse uma criança, em busca de apoio dos pais. Logan não chorou, porem algumas lágrimas se aglomeraram em seus olhos. Ele abraçou Brenda, e disse num sussurro bem audível:
- Prometo. – Nem eu e muito menos Caterine nos importamos com o abraço dos dois, porque sabemos que são só amigos, e que todos nós estamos com muita preção e as vezes um pouquinho de afeto pode nós deixar tão mais felizes, e tranqüilos do que estamos nesses dias.  Estávamos saindo e voltando para a estrada. Peguei um pouco de velocidade, e vi Daniel abrindo a janela, e jogando o isqueiro para fora, quando o fogo encostou na gasolina caída no chão, tudo explodiu, incluindo os zumbis que ainda estavam “vivos”. Antes de saímos Brenda pegou a gasolina e colocou na Ferrari. Deixando assim o tanque cheio. Olhei para Brenda que esta muito quieta, e ela olhou pra mim e sorriu, um sorriso cansado, mas verdadeiro. Coloquei a mão direita em sua perna, enquanto a esquerda estava no volante, ela olhou para minha mão, e depois colocou a sua por cima. Era quase duas horas, quando estávamos quase chegando no aero porto.
Deixamos a linda Ferrari prata brilhante na frente do lugar. Deu até pena de deixar a Ferrari ali, mas em sabe no Caribe também tenha uma assim...
 Caterine empurrou a porta de vidro, e nós entramos. Pregado na parede tinha uma plaquinha digital, escrito “Tem .... Pessoas aqui” E no meio dessa frase tinha o número Quatro Mil
- Isso – Começou Caterine – Significa que...
- Que – Continuou Daniel – Podem ter quatro mil zumbis aqui dentro.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Capitulo 18 – Mansão Dudley.


- O que é um Protótipo Better Days? – Perguntou Daniel.
- Eu vi uma coisa... Uma coisa bizarra presa numa mesa de ferro... Naquela sala que eu tava presa. Não pode ser... Eles não são tão idiotas... São? – Disse Brenda.
- São sim – Respondi.
- Meu Deus – Respondeu Brenda incrédula.
- Eu não estou entendo nada – Disse Logan sentando no sofá.
- A vírus e vários criou um zumbi melhor, mais poderoso, que bem mais fatal. Um deles é o Protótipo Better Days, os outros são os realmente bons. – Expliquei.
- E – Começou Caterine – Quer dizer...
- Que a gente ta ferrado – Respondeu Brenda.  Logan apenas sorri.
- Mais do que a gente já ta? – Diz ele.
- Mais do que a gente já ta... – Digo vagamente.
- Que aparência tem eles? – Perguntou Caterine.
- Não sei. A única coisa que sei é que é bem maior que a gente... No mínimo – Tentei lembrar da sensação – 1.95.
- UM E... PELA MADRUGADA! EU NÃO TERIA ISSO EM SETENTA VIDAS! MISERICÓRDIA! – Exclamou Logan. Brenda riu, mas eu nem sequer olhei para ele. Tinha um mau pressentimento, não vai acontecer uma coisa muito boa e disso eu sei.
- Quanto tempo – Comecei – Daqui pro aeroporto?
- Um dia e meio... – Respondeu Brenda – Nós paramos no meio do caminho então... Falta meio dia ainda...
- Acha que devemos continuar?
- Deveríamos... Mas não sei se podemos. O que vocês acham? – Ninguém respondeu. Os Myer se entreolharam. Logan observou o chão e eu disse:
- Que devíamos continuar. Não podemos ficar aqui por muito tempo. Temos que sair.
- Podemos pelo menos almoçar antes? – Perguntou Logan. Minha barriga já estava roncando mesmo.
- Claro – Caterine tirou Yakissoba de um bote dentro da mochila, esquentamos no microondas, comemos a mesa.  Acho que o lado bom de estar num apocalipse zumbi é que não temos que nos preocupar em lavar a louça, coisa que eu odiava. Olhei no relógio de pulso – Duas e meia da tarde – Temos que sair. Mas não sei se estou preparado para isso. Não sei o que tem lá fora. Não se  conforme andarmos e nos aproximarmos do nosso destino as coisas vão piorar... Senti uma coisa horrível quanto senti o Protótipo... Imagine quando um Better Day estiver próximo. Quando falei minha voz expressava mais convicção e firmeza do que sentia por dentro – Vamos?
- Claro – Respondeu Brenda, recolocando o gorro na minha cabeça – Ta frio lá fora – Disse sorrindo.
- Obrigado Mãe – Disse sorrindo ainda mais para ela.
- Você não vão ficar de nhe nhe agora que estão namorando não é? – Disse Logan nos observando.
- Não cara... Relaxa – Sorri para ele, e ele soltou um suspiro de alivio.
- Ufa... Pensei que seriam...
- Tipo vocês? – Perguntou Brenda encarando-o. Levando seu olhar de Logan a Caterine e depois voltando a Logan. Caterine corou mas Logan apenas sorriu e respondeu:
- É tipo a gente...
- Sem enrolas pessoal! – Disse Daniel sem jeito – Vamos!
Colocamos todas as coisas na mochila e começamos a andar para porta, Daniel abriu a porta, mas antes disso eu parei abruptamente na frente dela:
- CARA! – Gritou Logan – EU NÃO DISSE PRA VOCÊ PARAR DE FAZER ISSO?!
- fala baixo cara – Sussurrei.
- o que foi? – Sussurrou Brenda de volta.
- Tem... Alguma coisa subindo, rápido – Corremos para fora do apartamento, descemos rápida e sorrateiramente as escadas, Daniel estava na frente, começamos a correr ainda mais rápido. Quem sabe não conseguiríamos sair dali antes da coisa nos alcançar?  De repente Daniel para de cofre e eu colido com ele.
- A... Então é essa a sensação – Digo para Logan que assenti. Olho para frente a procura do nosso impasse. Porque Daniel parou? “a droga...” penso. O Protótipo Better Days se encontrava na minha frente. 1.80 de altura, com roupas rústicas de coro, com o metade do rosto cortada, igual a um zumbi só que mais musculoso, alto e armado, com um machado. Ele tinha uma assustadora semelhança com James, e isso fez um bolo entrar pela minha garganta.
- ele – sussurrei – é meio cego. Então da pra vocês fugirem... Mas ele tem uma ótima audição então cuidado.
- O que você quer dizer com “vocês fugirem”... Você vem também...
- Não posso...A gente tem matar ele se não ele volta...
- Você disse certo... “A gente”. Vão – Disse Brenda para Logan e os Myer – Agora... – Logan tentou argumentar, mas depois se conformou.
- É melhor você ir também.
- Não – Logan na frente dos Myer passou abaixado na frente do Better Days, que não os viu. Logan saiu. – Eu vou ficar com aqui. Com você. – Brenda foi a frente abaixada e meteu o machado na canela do Protótipo, que começou a sangrar, mas nem se mexeu. Como se não tivesse acontecido nada. O Protótipo meramente chutou Brenda na altura da barriga, que voou pelo hall de entrada e derrapou em cima da mesa que um dia foi de um atendente e depois desapareceu por de baixo dela.
Uma fúria subiu pela minha barriga, e um impulso maluco de vingança subiu a minha cabeça. Peguei uma faca e corri em direção ao Protótipo, apunhalei ele no estomago, mas nada aconteceu.
- NA CABEÇA! – Gritei. Não sei se para expressar esse pensamento em alto som, e tentar fazer isso parecer inteligente. Ou se para Brenda. Onde quer que ela estivesse – CORTE A CABEÇA! – O Protótipo me empurrou, e eu voei escada a cima, batia as costas da parede e cai da parte plana que nela tinha. Cambaleante eu me levantei, o Protótipo andou alguns passos para frente, guardei a faca na cintura e tirei o machado da mochila, segurei seu cabo e a girei no ar, minha perna estava doendo, pela batida na parede. Corri em sua direção, pulei os últimos degraus da escada e o apunhalei no tórax, ele cambaleou para trás, antes de ele mover sua arma – Uma bigorna presa por uma corrente em sua mão. A bigorna redonda tinha espinhos pretos como o resto – Girou a bigorna na mão, e jogou para a frente. Escorreguei para frente e passei por entre as pernas dele segundos antes da bigorna passar no exato lugar em que eu estava. Passei por de baixo dele, me levantei e pulei em suas costas, me agarrei em seu pescoço e antes que eu pensasse em cortar a cabeça dele, ele percebeu que eu estava em cima dele e começou a se debater, o machado balançava em mim mão, não conseguia segura-lo, ele começou a escorregar entre meus dedos suados, e FLUP ela voou e cravou a parte pontuda na escada. “merda” pensei. Me agarrei ao pescoço dele, tentar freneticamente pensar em como vou sair dessa, procurando uma luz nesse momento de escuridão. Uma carta na manga. Alguma coisa para me ajudar. Mas a luz não foi alguma coisa... Foi alguém.
Brenda correu inesperadamente por de baixo da mesa, segurando a barriga, curvada, pegou o machado, e se levantou, sua barriga sangrava. Seu rosto vermelho. Ela juntou toda força e fincou o machado vermelho na canela do protótipo... O que o fez cair, de joelhos no chão, ela fincou o machado no tórax dele, o que o fez ficar arfante, mas não morreu. Seu sangue preto começou a jorrar a medida que ele ficou esperto e se levantou,  começou a se debater, seus olhos sem vida cinzentos agora arregalados. Contei até três com Brenda nos dedos, depois pulei por cima do ombro do Protótipo, ainda no ar peguei o machado que Brenda estendia para mim, aterrissei no chão, e depois arranquei a cabeça do monstro.
Antes dele cair no chão como um saco de farinha vazio, eu vi, em seu peito uma bolinho preta, um pouco menor que um mosquito, piscar em seu peito. Brenda começou a arfar, tossir sangue e depois caiu na escada, olhei para ela e sua blusa ensangüentada, ergui ela. Onde tinha os pontos – pela facada de Kendall – se abriu. Sangrava. Como o ponto um pouco a cima da terceira costela.
- Quebrada – Disse ela fracamente.
- E eu faço o que? O que eu faço? Fala... Me da uma instrução – Disse desesperado olhando para todos os lados a procura de ajuda, com vontade de gritar por Logan, mas não posso ser ouvido.
- Calma cara. Eu vou precisar fazer algumas coisas, mas eu me viro.
- E esse sangue todo?
- Deixa. Mas eu vou precisar de pano... – Eu peguei minha faca da minha cintura, e cortei um braço da manga da minha blusa de dentro da jaqueta e dei a Brenda – Obrigada – Ela enrolou com firmeza onde tinha o pano, passou pela cintura e deu um nó. Ajudei ela se levantar, meu coração estava batendo violentamente contra meu peito, achei um milagre Brenda não ter ouvido. O que eu não ouvia também, era Logan. Não os via também. Chegamos na porta do Hotel  Life Style e Logan não estava, nenhum dos outros também. A queimação da minha orelha avia parado, mas em compensação meu estomago deu uma volta. Olhei para esquerda e vi cinqüenta zumbis vindo em nossa direção olhei pela direita e vi Logan e os Myer correndo e balançando os braços e gritando:
- CORRAM! RÁPIDO! CORRAM! – Brenda não ia conseguir correr, ela tirou o braço do meu pescoço e foi até o meio dos zumbis com bastante velocidade, para alguém machucado, pegou o machado, e jogou nos zumbis. O machado girou 360º, matando dez zumbis e depois voltando. Caiu na fina camada de neve que se aglomerava na estrada. Brenda se agachou e pegou o machado.
- Vamos Justin! Vamos! – Brenda começou a correr, não tão rápido quando corria, mas ainda sim correndo. Um dos zumbis se aproximava de Brenda e eu ataquei uma faca na cabeça dele, corri até ele e tirei a faca antes dele cair. Coloquei minha mão em volta da cintura de Brenda, para ajudar ela. E ela aceitando a ajuda colocou o braço em volta do meu pescoço novamente. Juntos corremos mais rapidamente.
- Pra onde vamos?
- Pra mansão dos Dudley – Respondeu Brenda imediatamente.
- Por que pra lá?
-Porque é mais próximo da onde temos que ir. E era onde eu estava pensando desde o inicio. Sempre quis ir para lá.
- Realmente sempre quis. – Disse sorrindo – É um lugar incrível. Vamos. PRA MANSÃO DUDLEY!
- TA! – Disse Logan sem olhar pra mim. São três quadras até a mansão... Como vamos despistar eles?
- Algum plano? – Perguntei, sem conseguir pensar em nenhum.
- Bom... Não podemos usar mais bombas... Se não vai acabar tudo com mais rapidez do que aquilo explode. Acho que, não da pra despistar então...
- Vamos ter que levar eles pra lá?
- Não temos outra opção.
- É por isso que você quis ir pra mansão? Porque lá tem fortes portões?
- Sim – Ela assentiu. – Mas tem tantos... Não da pra levar todos.
- Alguma ideia? – Perguntou.
- Bem – Meu cérebro trabalhava freneticamente para tentar achar uma saída. Então era essa a sensação de ser Brenda? – Vamos ter que usar bombas... Duas? Temos cinco eu acho. Então duas dão conta. E depois da pra chegar numa boa até a mansão. Ou pelo menos eu acho.
- Uma granada da... E se você acha, então vai ser assim.
- Mas...
- Eu faço a maioria dos planos via achismo... – Disse ela para mim – Então vai ser o que você disse. MATEM OS ZUMBIS COM FACAS E MACHADOS, NÃO GASTEM BALAS! – Gritou para os outros a nossa frente – DANIEL PEGA DUAS GRANADAS DA SUA MOCHILA! Bombas são mais preciosas... Granadas só são necessárias com grandes quantidade – Disse para mim – Então... JOGA AQUI DANI! – Segundos depois Daniel se virou ainda correndo e tacou duas granadas, Brenda soltou meu pescoço e segurou as granadas. – Temos que estar longe para jogar elas... Eu não consigo correr mais rápido. MAIS RÁPIDO!!! – Os outros aumentaram a velocidade. Eu pensei rápido e peguei Brenda nos braços, ela soltou um gritinho de surpresa, mas depois sorriu para mim, olhava para trás e via a distancia que ficávamos dos zumbis – Me põe no chão – Coloquei ela no chão, começamos a correr só que com menos velocidade – CHÃO – todo mundo deitou no chão e Brenda jogou a granada. CABUUUUUUUUUM.
A granada explodiu, levando todos os zumbis para os ares. Levantamos. Brenda deixou um rastro de sangue na fina camada de neve, começamos a andar rápida porem calmamente. Na porta da mansão todos paramos:
- Vamos ter que pular – Diz Brenda, fazemos escadinha com as mãos para cada um de nós. – Moravam quantos aqui?
- Cinco – Respondeu Logan.
- Então provavelmente vamos encontrar cinco zumbis por ai. Cuidado – Continuamos a andar, conforme fomos caminhando Caterine achou um zumbi – A filha mais velha dos Dudley - preso no banheiro, Daniel achou dois – O casal Dudley – No quarto deles. Logan achou um – o filho – em seu quarto, mas o quinto Dudley era um mistério. Não sabíamos onde ele estava, procuramos em toda casa, não tinha. Tudo que achamos foi um cachorro zumbificado, que Brenda não conseguiu matar – provavelmente por Douggie – e Logan deu cabo dele. – Deve estar lá fora então...
- O que importa? – Pergunto Logan cansado.
- Não podemos ficar aqui, com um zumbi rondando. – Respondi.
Fomos todos para fora, andando por todo jardim que rodeava a casa, passamos pela piscina que tinha nos fundos, passamos pela churrasqueira ao lado da piscina, e nada. Brenda sentou segurando o abdômen no teto da casinha do cachorro. Sentamos no jardim. O que não podemos demorar muito a fazer. Mas quando eu fui me levantando vi um movimento vindo de dentro da casinha. Me levantei de um salto. Meu estomago embrulhou. Não deu tempo de avisar ninguém, quando abri minha boca, o zumbi – o filho que sobrava- saiu engatinhando de dentro da casinha do cachorro.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Capitulo 17 – Protótipo Better Days


- Neve?! – Exclamou Logan, mais tarde naquele dia, contemplando o vidro embaçado pelo frio, todo embrulhado numa jaqueta.
- Pelo meu celular – Disse Caterine – Hoje é dia 22 de Dezembro.
- Caraca daqui a pouco é Natal! – Disse Daniel. Tanto tempo nesse apocalipse, e eu nem notei o tempo que passava. Não fiquei vendo as horas. Estava completamente perdido... Natal. Caramba...
    Brenda por outro lado,  estava inerte em sua musica. Olhei para ela e a vi deitada, enrolada em cobertores, com fone de ouvido, música no máximo – Sei disso porque conseguia ouvir o solo da guitarra de me against the world do Simple Plan daqui – Ela geralmente fica bem quieta quando esta ou pensativa ou chateada, e ouve música também. Acho que neste momento está os dois – Chateada pelo irmão... Matt morreu, e parece que deixou um vazio quando se foi. E pensativa pelo nosso plano de...
- Que tal uma viajem? – Perguntou ela alguns minutos mais tarde, depois de tirar o fone e sentar no sofá. Ela até pausou a música para falar. Logan, Daniel e Caterine estavam com um feição de completo atordoamento.
- Do que você está falando? – Perguntou Daniel.
- Estamos num apocalipse zumbi... Não a tempo para viagens...
- É exatamente por isso que quero fazê-la... Não interessa que vamos fugir deles hoje. Amanha eles estarão de volta. E com mais força e em maior número. – Silencio. E depois.
- Pra onde?
- Eu estava pensando em ir pro Caribe... Que tal? – Logan abriu um largo sorriso.
- Ai sim em...
- É loucura – Disse Caterine.
- Ir no shopping também foi – Respondo.
- Ta mais – Começou ela – Aquilo foi necessário.
- E isso também – Digo enquanto ando e me sento ao lado de Brenda. Fizeram  silencio mais uma vez. E depois Logan disse:
- É necessário... Quando você ta pensando em ir?
- O mais rápido possível.
- E como vamos? – Perguntou ele.
- Seu pai trabalhava com manutenção de aviões , não?
- Sim porque?
- E você dirigia alguns jatinhos não é?
- Sim.
- ótimo...
- NÃO! – Disse Logan entendo – EU NÃO VOU DIRIGIR UM AVIÃO! NÃO É O MESMO A UM JATINHO! MUITAS VIDAS EM RISCO...
- Sempre teve muitas vidas em risco... – Respondi – Logan você é a nossa única esperança, para sair daqui... – Ele me encarou e depois respondeu:
- Ta bom...
- Ótimo! Se arrumem... Vamos sair.
- Mas você disse – começou Caterine.
- Eu disse “o mais rápido possível” e isso é agora... VÃO! – Todos subimos. Nos arrumamos. E depois descemos.
- Qual é o plano? - Pergunto.
- Todos vocês sabem onde é o Aeroporto With Us?
-Aquele grandão com a frente de vidro? Todo branco? – Pergunta Caterine.
- Exatamente.
-Misericórdia! Porque diabos tudo tem que ter vidro?! – Disse Logan irritado.
- Bom... – Continuou Brenda – Não temos carro, e não seria uma boa usar um, então vamos andando até lá. Dois dias de caminhada.
- DOIS DIAS?! – Gritou Daniel.
- Pois é... Não vai ser fácil. Mas quando é não é? – Brenda sorri. E olha pra mim. Sorriu para ela de volta. Logan olha de um para outro e ri. Brenda continua – Prontos?
- Sempre. – Vou até a porta, e a abro. Todos estamos agasalhados com duas blusas e uma jaqueta. A neve se intensificou – Vamos torcer para que os zumbis morram de frio – Digo sorrindo. E esfregando as mãos com luvas. Ajeito minha toca cinza e vou em frente – Sugiro que usem machados. Não armas. Menos barulho. Menos atenção.- Andamos por meia hora, sem muitas interrupções. Estou quieto. Pensando. Olho para Brenda, que parece ter apenas meia atenção aos zumbis, e ao caminho. Como eu. Ela está atrás, dando conta da retaguarda. Em quanto Logan meio cuida de Caterine, meio cuida de se mesmo, e de Daniel de quebra – Pensando?
- Como sempre – Responde sem olhar para mim.
- No mesmo que eu, suponho.
- Se você está pensando no...
- Kendall? Sim estou – Completo – Ele não vai desistir tão fácil vai?
- Nenhum pouco. Não me preocupo com o tempo que ele vai demorar a chegar. Me preocupo quando ele chegar. – Sussurrou.
- Vai ser difícil.
- E como. Só um minuto. Logan é melhor você vir aqui... Eu cuido dos dois – Logan assenti com a cabeça, e troca de lugar com Brenda. Quando começo a andar para voltar ao meu lugar, Logan puxa meu pulso.
- É complicado se apaixonar num tempo como este não é? – Diz sorrindo. Eu riu.
- É complicado se apaixonar... – Ele sorri. Volto ao meio de Daniel e Caterine e continuamos a andar. Meus ossos já estão congelando. Minhas juntas estão duras de frio. Era difícil me mover, com todo aquele frio. Meus dedos congelavam em volta do machado. E era quase impossível andar sem sentir mais frio ainda. O que foi uma péssima noticia. Porque um grupo de dez zumbis saíram correndo, de uma loja detonada. Começamos a correr. Logan arrancou a cabeça de um zumbi que vinha mais próximo. Deixando para trás, um rastro de sangue preto.
Uma zumbi saia de dentro de um prédio, acompanhada de um amigo. Este andava vagarosamente, com a cabeça inclinada, boca semi aberta o que fazia seu sangue preto asqueroso cair pelo canto da boca. A pele dos zumbis estava azulada pelo frio. Quando tocaram na neve que se acumulava no chão, ficaram ainda mais lentos, e barulhentos. E isso atraia a atenção de mais zumbis escondidos em outros lugares.
Dez zumbis nos seguindo? Não é nada comparado com os quarenta que começaram a aparecer. Cortar a cabeça de um, e depois a do outro, não ajudava em nada. Apenas enrolava a nossa ida embora. Não da para sair daqui.
- Merda... – Disse – Não tentei matá-los, apenas corram... – Começamos a correr, com toda a velocidade que nossas juntas congeladas nos permitiam. Um zumbi estava muito perto de Caterine, olhei e quando pensei em ir até ela a ajudar, Logan já tinha feito isso por mim. Ele passou Caterine para frente, para protegê-la. Esse momento de descuido fez eu me desligar dos outros zumbis a nossa volta. Tinha um - Que um dia deveria ter sido uma mulher bonita, de olhos azuis, pele clara, cabelos negros, parecia a Megan Fox zumbizada – Caído no chão, com a metade da perna esquerda e sem a perna direita, com o sangue caindo por todo seu queixo. Não a vi e tropecei nela. Ela me impediu de prosseguir agarrando meu tornozelo. Na queda meu machado voou da minha mão. Me agarrei na fina camada de deve que tinha no chão. Estava ofegante. Respirava pela boca. Meu hálito fazia nuvens de ar, a minha frente.
Tentei me puxar, mas a zumbi segurava com aquela sua mão morta verde-azulada com muita força, chutei seu rosto com meu outro pé, mas nem assim ela me soltou.
Ela arreganhou sua boca podre pronta para me morder, e iria. Fechei meus olhos.
- A ZUMBI MALDITA! ELE NÃO - PLAFF
Reabri meus olhos. Brenda voltou. Ela arrancou a cabeça do zumbi.
- Cretina – Disse ela com puro nojo no olhar. Ela estendeu a mão e me ajudou a levantar. – Eu não iria te deixar morrer aqui Justin. Você realmente... – Não sei o que me deu. Simplesmente deu vontade. Beija-a.
- Você fica tão sexy com raiva – Ela sorri.
- Gente isso é hora?! – Grita Logan desconcertado. Eu ri.
- Foi mau. VAMOS! – Estávamos rodeados de zumbis. Zumbis saíam daqui. E dali. Tinha tanto zumbi que eu nem imagino da onde eles saíram. Minha barriga estava embrulhada. Me agachei e peguei meu machado. Coloquei minha mão livre nas costas de Brenda, e corri. Corremos por umas cinco quadras. O problema é que a cada esquina que virávamos, mais zumbis apareciam. Minha barriga estava tão embrulhada quanto na noite em que Marcos morreu, e isso não é um bom sinal.
Então de repente. Senti uma queimação na orelha esquerda. Parei de repente. Tinha alguma coisa ali. Era um zumbi. Ou talvez não. O que está acontecendo? Espera. Eu sei o que é. Não... Isso não é bom.
- CORRAM! RÁPIDO! CORRAM! RÁPIDO!
- JUSTIN O QUE FOI? – Os zumbis grunhiam tão alto agora, e tão fora de sintonia que era difícil ouvir até os próprios pensamentos. Brenda teve que gritar para eu poder ouvi-la.
- SE VOCÊS ACHAM QUE ZUMBIS SÃO RUINS, NÃO QUEREM FICAR PARA VER ISSO! CORRAM! RÁPIDO!
- PRA ONDE A GENTE VAI?! – Perguntou Caterine em um grito esganiçado. Brenda parou olhou freneticamente ao redor. Mas então olhou para o horizonte, e retomou a corrida.
- PRA LÁ! – Ela apontou para um prédio preto e em boas condições no final da rua. Andamos a no mínimo uma hora. Não dá.
- NÃO! TEM QUE SER MAIS LONGE! TEM QUE SER MAIS LONGE! – Gritei.
- E ONDE VOCÊ ACHA? – Perguntou Brenda, lutando contra um zumbi negro, grande que parecia ter sido um dia um jogador de basquete. Brenda cortou o braço do grandão, e depois fincou a parte pontuda do machado onde deve estar o cérebro dele. O zumbi caiu, e ela retomou a corrida. Pensei por um momento. E então disse:
- O HOTEL LIFE STYLE!
- A DUAS QUADRAS DAQUI?!
- NÃO PODEMOS FICAR TÃO PERTO! ME ESCUTE! NÃO PODEMOS!
- ESTA BEM! GALERA EU VOU FAZER UMA COISA QUE VAI ATRAIR MUITA ATENÇÃO! MAS NÃO TEMOS OUTRA OPÇÃO SE QUEREMOS IR TÃO LONGE! – Brenda correu até Daniel e arrancou-lhe a mochila das costas. Depois enquanto corria, tirou três bombas relógio. E uma granada. Deu uma bomba relógio para os irmãos Myer. E uma para Logan. Deu a granada pra mim. E depois pegou uma bomba eletrônica. E guardou na cintura. - JUSTIN NÃO JOGA AGORA! SÓ QUANDO EU DISSER! ESTÁ BEM? – Eu assenti. Naquele momento eu pensei “Porque Brenda é nossa “chefe”?”. E a resposta não é o fato dela arquitetar bons planos. Ou de ser boa com improvisos. Ou boa lutadora. Ou boa com emoções. E com palavras – Na verdade as vezes tenho a impressão de que ela escolhe bem as palavras. Por não ser boa com ela – O real motivo, eu acho, é o seguinte “O que tem mais a perder. E o que perdeu mais. Se tornam o chefe” E ela tem os dois – CATERINE PRENDE SUA BOMBA RELOGIO NA PAREDE DAQUELA LOJA! – Brenda apontou para uma loja laranja, saqueada por sobreviventes, e atacada por zumbis, Caterine assentiu, e correu, plugou o dispositivo e ainda matou um zumbi que a surpreendeu – DANIEL PRENDE A SUA NO CHÃO! ALI NA ESQUINA! – Daniel foi ainda mais longe que Caterine. Plugou a bomba e apertou o botão das laterais o que fez a contagem de dois minutos começar – LOGAN A SUA BOMBA VAI AQUI – Logan correu até a parede e plugou, e depois voltou – AGORA CORRAM!
Corri com tanta velocidade, que meus pulmões estavam até congelando também. O vento gélido cortava meu rosto. Pelas minhas contas restavam um minuto para as bombas explodirem.
Um zumbi segurou meu ombro. Cortei seu pulso que começou a jorrar sangue e depois cortei sua cabeça, o que o fez cair como um saco de farinha vazio. Trinta segundos. Não parávamos de correr. Era como se fosse a ultima coisa que eu precisava fazer. Dez segundos. Estávamos bem longe das bombas. Dobramos uma esquina, seguidos pelos zumbis ainda mais de perto. A coisa que eu senti chegando, estava se distanciando. Minhas orelha parara de queimar. Mas eu não me sentia completamente seguro. Três segundos.
- JUSTIN! JOGA A GRANADA... AGORA! – Diminui a velocidade, tirei a granada da minha cintura, girei a chave, e usei os dentes para arrancá-la. Virei para trás ainda correndo, e joguei. A grana pairou por uns 2 segundos no ar antes, de explodir levando a metade dos zumbis com ela. As bombas relógio explodiram segundos depois da granada. Apesar de no mínimo duzentos zumbis terem morrido – ou pelo menos a parte deles que ainda vivia para matar – Ainda sobrara quatrocentos. Tenho em impressão de que Brenda preverá isso. Porque notei que ela ainda tinha segura em sua cintura a bomba eletrônica. Continuamos correndo, dobramos outra esquina. O Hotel Life Style estava no fim da rua. Estávamos quase lá. Agora entendo. Matamos os zumbis que nos veriam entrar no hotel. E quando os mais viessem já teríamos entrado. O hotel estava a 2 metros de mim. Quinhentos zumbis aglomerados. Umas duas quadras de zumbis amontoados. Correndo atrás de nós. Minha barriga embrulhando.
Brenda jogou a bomba eletrônica, no meio da multidão. O que passou despercebida por eles. Ela pegou o controle manual da bomba.
- MAIS RÁPIDO – Aumentamos a velocidade. – SE ABAIXEM! – Logan, Caterine e Daniel se jogaram no chão mais a frente, Brenda segurou minhas costas e se abaixou comigo. Olhou pra mim, com o controle nas mãos. Contou até três com os dedos e depois “click”. Ela apertou o botão, e a bomba explodiu. Com o resto dos zumbis. Eu e ela caímos no chão, com a força da bomba.  Um jato momentâneo de calor passou por mim, e depois rápida como começou, ela terminou. Me levantei e ajudei Brenda a se levantar também. Olhei para trás e vi aquela multidão de zumbis caídos no chão. Como se fosse um assassinato em massa. Não posso dizer que estava triste com isso. Ouvi alguns grunhidos distantes agora se aproximando.
- É melhor irmos logo – Disse. Eles assentem, e começamos a andar. Entramos no hotel de luxo. Completamente vazio. Subimos até o sétimo andar, e nos acomodamos naquele espaço incrível de cores bege, branca e marrom; De televisão de 47 polegadas. Na parede. Linda, mas no momento sem utilidade nenhuma. Sentei no sofá. E fiquei pensando. Caterine ligou o aquecedor, que tinha no canto.
- O que foi? – Perguntou Brenda sentando no chão a minha frente, e recarregando as armas – O que você sentiu? O que pode ser pior que zumbis? Além de pessoas é claro – Sabia que ela se referia a Kendall, e todos da Vírus e Vários, mas quanto a isso eu nada disse.
- Um zumbi aprimorado? – Todos me olham com terror no rosto – A Vírus e Vários, não usou o A Cura aprimorado em mim porque tavão afim... Não. Usaram para domesticar os zumbis. O que não funcionou é claro... Eles criaram um... Protótipo Better Days