quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Capitulo 18 – Mansão Dudley.


- O que é um Protótipo Better Days? – Perguntou Daniel.
- Eu vi uma coisa... Uma coisa bizarra presa numa mesa de ferro... Naquela sala que eu tava presa. Não pode ser... Eles não são tão idiotas... São? – Disse Brenda.
- São sim – Respondi.
- Meu Deus – Respondeu Brenda incrédula.
- Eu não estou entendo nada – Disse Logan sentando no sofá.
- A vírus e vários criou um zumbi melhor, mais poderoso, que bem mais fatal. Um deles é o Protótipo Better Days, os outros são os realmente bons. – Expliquei.
- E – Começou Caterine – Quer dizer...
- Que a gente ta ferrado – Respondeu Brenda.  Logan apenas sorri.
- Mais do que a gente já ta? – Diz ele.
- Mais do que a gente já ta... – Digo vagamente.
- Que aparência tem eles? – Perguntou Caterine.
- Não sei. A única coisa que sei é que é bem maior que a gente... No mínimo – Tentei lembrar da sensação – 1.95.
- UM E... PELA MADRUGADA! EU NÃO TERIA ISSO EM SETENTA VIDAS! MISERICÓRDIA! – Exclamou Logan. Brenda riu, mas eu nem sequer olhei para ele. Tinha um mau pressentimento, não vai acontecer uma coisa muito boa e disso eu sei.
- Quanto tempo – Comecei – Daqui pro aeroporto?
- Um dia e meio... – Respondeu Brenda – Nós paramos no meio do caminho então... Falta meio dia ainda...
- Acha que devemos continuar?
- Deveríamos... Mas não sei se podemos. O que vocês acham? – Ninguém respondeu. Os Myer se entreolharam. Logan observou o chão e eu disse:
- Que devíamos continuar. Não podemos ficar aqui por muito tempo. Temos que sair.
- Podemos pelo menos almoçar antes? – Perguntou Logan. Minha barriga já estava roncando mesmo.
- Claro – Caterine tirou Yakissoba de um bote dentro da mochila, esquentamos no microondas, comemos a mesa.  Acho que o lado bom de estar num apocalipse zumbi é que não temos que nos preocupar em lavar a louça, coisa que eu odiava. Olhei no relógio de pulso – Duas e meia da tarde – Temos que sair. Mas não sei se estou preparado para isso. Não sei o que tem lá fora. Não se  conforme andarmos e nos aproximarmos do nosso destino as coisas vão piorar... Senti uma coisa horrível quanto senti o Protótipo... Imagine quando um Better Day estiver próximo. Quando falei minha voz expressava mais convicção e firmeza do que sentia por dentro – Vamos?
- Claro – Respondeu Brenda, recolocando o gorro na minha cabeça – Ta frio lá fora – Disse sorrindo.
- Obrigado Mãe – Disse sorrindo ainda mais para ela.
- Você não vão ficar de nhe nhe agora que estão namorando não é? – Disse Logan nos observando.
- Não cara... Relaxa – Sorri para ele, e ele soltou um suspiro de alivio.
- Ufa... Pensei que seriam...
- Tipo vocês? – Perguntou Brenda encarando-o. Levando seu olhar de Logan a Caterine e depois voltando a Logan. Caterine corou mas Logan apenas sorriu e respondeu:
- É tipo a gente...
- Sem enrolas pessoal! – Disse Daniel sem jeito – Vamos!
Colocamos todas as coisas na mochila e começamos a andar para porta, Daniel abriu a porta, mas antes disso eu parei abruptamente na frente dela:
- CARA! – Gritou Logan – EU NÃO DISSE PRA VOCÊ PARAR DE FAZER ISSO?!
- fala baixo cara – Sussurrei.
- o que foi? – Sussurrou Brenda de volta.
- Tem... Alguma coisa subindo, rápido – Corremos para fora do apartamento, descemos rápida e sorrateiramente as escadas, Daniel estava na frente, começamos a correr ainda mais rápido. Quem sabe não conseguiríamos sair dali antes da coisa nos alcançar?  De repente Daniel para de cofre e eu colido com ele.
- A... Então é essa a sensação – Digo para Logan que assenti. Olho para frente a procura do nosso impasse. Porque Daniel parou? “a droga...” penso. O Protótipo Better Days se encontrava na minha frente. 1.80 de altura, com roupas rústicas de coro, com o metade do rosto cortada, igual a um zumbi só que mais musculoso, alto e armado, com um machado. Ele tinha uma assustadora semelhança com James, e isso fez um bolo entrar pela minha garganta.
- ele – sussurrei – é meio cego. Então da pra vocês fugirem... Mas ele tem uma ótima audição então cuidado.
- O que você quer dizer com “vocês fugirem”... Você vem também...
- Não posso...A gente tem matar ele se não ele volta...
- Você disse certo... “A gente”. Vão – Disse Brenda para Logan e os Myer – Agora... – Logan tentou argumentar, mas depois se conformou.
- É melhor você ir também.
- Não – Logan na frente dos Myer passou abaixado na frente do Better Days, que não os viu. Logan saiu. – Eu vou ficar com aqui. Com você. – Brenda foi a frente abaixada e meteu o machado na canela do Protótipo, que começou a sangrar, mas nem se mexeu. Como se não tivesse acontecido nada. O Protótipo meramente chutou Brenda na altura da barriga, que voou pelo hall de entrada e derrapou em cima da mesa que um dia foi de um atendente e depois desapareceu por de baixo dela.
Uma fúria subiu pela minha barriga, e um impulso maluco de vingança subiu a minha cabeça. Peguei uma faca e corri em direção ao Protótipo, apunhalei ele no estomago, mas nada aconteceu.
- NA CABEÇA! – Gritei. Não sei se para expressar esse pensamento em alto som, e tentar fazer isso parecer inteligente. Ou se para Brenda. Onde quer que ela estivesse – CORTE A CABEÇA! – O Protótipo me empurrou, e eu voei escada a cima, batia as costas da parede e cai da parte plana que nela tinha. Cambaleante eu me levantei, o Protótipo andou alguns passos para frente, guardei a faca na cintura e tirei o machado da mochila, segurei seu cabo e a girei no ar, minha perna estava doendo, pela batida na parede. Corri em sua direção, pulei os últimos degraus da escada e o apunhalei no tórax, ele cambaleou para trás, antes de ele mover sua arma – Uma bigorna presa por uma corrente em sua mão. A bigorna redonda tinha espinhos pretos como o resto – Girou a bigorna na mão, e jogou para a frente. Escorreguei para frente e passei por entre as pernas dele segundos antes da bigorna passar no exato lugar em que eu estava. Passei por de baixo dele, me levantei e pulei em suas costas, me agarrei em seu pescoço e antes que eu pensasse em cortar a cabeça dele, ele percebeu que eu estava em cima dele e começou a se debater, o machado balançava em mim mão, não conseguia segura-lo, ele começou a escorregar entre meus dedos suados, e FLUP ela voou e cravou a parte pontuda na escada. “merda” pensei. Me agarrei ao pescoço dele, tentar freneticamente pensar em como vou sair dessa, procurando uma luz nesse momento de escuridão. Uma carta na manga. Alguma coisa para me ajudar. Mas a luz não foi alguma coisa... Foi alguém.
Brenda correu inesperadamente por de baixo da mesa, segurando a barriga, curvada, pegou o machado, e se levantou, sua barriga sangrava. Seu rosto vermelho. Ela juntou toda força e fincou o machado vermelho na canela do protótipo... O que o fez cair, de joelhos no chão, ela fincou o machado no tórax dele, o que o fez ficar arfante, mas não morreu. Seu sangue preto começou a jorrar a medida que ele ficou esperto e se levantou,  começou a se debater, seus olhos sem vida cinzentos agora arregalados. Contei até três com Brenda nos dedos, depois pulei por cima do ombro do Protótipo, ainda no ar peguei o machado que Brenda estendia para mim, aterrissei no chão, e depois arranquei a cabeça do monstro.
Antes dele cair no chão como um saco de farinha vazio, eu vi, em seu peito uma bolinho preta, um pouco menor que um mosquito, piscar em seu peito. Brenda começou a arfar, tossir sangue e depois caiu na escada, olhei para ela e sua blusa ensangüentada, ergui ela. Onde tinha os pontos – pela facada de Kendall – se abriu. Sangrava. Como o ponto um pouco a cima da terceira costela.
- Quebrada – Disse ela fracamente.
- E eu faço o que? O que eu faço? Fala... Me da uma instrução – Disse desesperado olhando para todos os lados a procura de ajuda, com vontade de gritar por Logan, mas não posso ser ouvido.
- Calma cara. Eu vou precisar fazer algumas coisas, mas eu me viro.
- E esse sangue todo?
- Deixa. Mas eu vou precisar de pano... – Eu peguei minha faca da minha cintura, e cortei um braço da manga da minha blusa de dentro da jaqueta e dei a Brenda – Obrigada – Ela enrolou com firmeza onde tinha o pano, passou pela cintura e deu um nó. Ajudei ela se levantar, meu coração estava batendo violentamente contra meu peito, achei um milagre Brenda não ter ouvido. O que eu não ouvia também, era Logan. Não os via também. Chegamos na porta do Hotel  Life Style e Logan não estava, nenhum dos outros também. A queimação da minha orelha avia parado, mas em compensação meu estomago deu uma volta. Olhei para esquerda e vi cinqüenta zumbis vindo em nossa direção olhei pela direita e vi Logan e os Myer correndo e balançando os braços e gritando:
- CORRAM! RÁPIDO! CORRAM! – Brenda não ia conseguir correr, ela tirou o braço do meu pescoço e foi até o meio dos zumbis com bastante velocidade, para alguém machucado, pegou o machado, e jogou nos zumbis. O machado girou 360º, matando dez zumbis e depois voltando. Caiu na fina camada de neve que se aglomerava na estrada. Brenda se agachou e pegou o machado.
- Vamos Justin! Vamos! – Brenda começou a correr, não tão rápido quando corria, mas ainda sim correndo. Um dos zumbis se aproximava de Brenda e eu ataquei uma faca na cabeça dele, corri até ele e tirei a faca antes dele cair. Coloquei minha mão em volta da cintura de Brenda, para ajudar ela. E ela aceitando a ajuda colocou o braço em volta do meu pescoço novamente. Juntos corremos mais rapidamente.
- Pra onde vamos?
- Pra mansão dos Dudley – Respondeu Brenda imediatamente.
- Por que pra lá?
-Porque é mais próximo da onde temos que ir. E era onde eu estava pensando desde o inicio. Sempre quis ir para lá.
- Realmente sempre quis. – Disse sorrindo – É um lugar incrível. Vamos. PRA MANSÃO DUDLEY!
- TA! – Disse Logan sem olhar pra mim. São três quadras até a mansão... Como vamos despistar eles?
- Algum plano? – Perguntei, sem conseguir pensar em nenhum.
- Bom... Não podemos usar mais bombas... Se não vai acabar tudo com mais rapidez do que aquilo explode. Acho que, não da pra despistar então...
- Vamos ter que levar eles pra lá?
- Não temos outra opção.
- É por isso que você quis ir pra mansão? Porque lá tem fortes portões?
- Sim – Ela assentiu. – Mas tem tantos... Não da pra levar todos.
- Alguma ideia? – Perguntou.
- Bem – Meu cérebro trabalhava freneticamente para tentar achar uma saída. Então era essa a sensação de ser Brenda? – Vamos ter que usar bombas... Duas? Temos cinco eu acho. Então duas dão conta. E depois da pra chegar numa boa até a mansão. Ou pelo menos eu acho.
- Uma granada da... E se você acha, então vai ser assim.
- Mas...
- Eu faço a maioria dos planos via achismo... – Disse ela para mim – Então vai ser o que você disse. MATEM OS ZUMBIS COM FACAS E MACHADOS, NÃO GASTEM BALAS! – Gritou para os outros a nossa frente – DANIEL PEGA DUAS GRANADAS DA SUA MOCHILA! Bombas são mais preciosas... Granadas só são necessárias com grandes quantidade – Disse para mim – Então... JOGA AQUI DANI! – Segundos depois Daniel se virou ainda correndo e tacou duas granadas, Brenda soltou meu pescoço e segurou as granadas. – Temos que estar longe para jogar elas... Eu não consigo correr mais rápido. MAIS RÁPIDO!!! – Os outros aumentaram a velocidade. Eu pensei rápido e peguei Brenda nos braços, ela soltou um gritinho de surpresa, mas depois sorriu para mim, olhava para trás e via a distancia que ficávamos dos zumbis – Me põe no chão – Coloquei ela no chão, começamos a correr só que com menos velocidade – CHÃO – todo mundo deitou no chão e Brenda jogou a granada. CABUUUUUUUUUM.
A granada explodiu, levando todos os zumbis para os ares. Levantamos. Brenda deixou um rastro de sangue na fina camada de neve, começamos a andar rápida porem calmamente. Na porta da mansão todos paramos:
- Vamos ter que pular – Diz Brenda, fazemos escadinha com as mãos para cada um de nós. – Moravam quantos aqui?
- Cinco – Respondeu Logan.
- Então provavelmente vamos encontrar cinco zumbis por ai. Cuidado – Continuamos a andar, conforme fomos caminhando Caterine achou um zumbi – A filha mais velha dos Dudley - preso no banheiro, Daniel achou dois – O casal Dudley – No quarto deles. Logan achou um – o filho – em seu quarto, mas o quinto Dudley era um mistério. Não sabíamos onde ele estava, procuramos em toda casa, não tinha. Tudo que achamos foi um cachorro zumbificado, que Brenda não conseguiu matar – provavelmente por Douggie – e Logan deu cabo dele. – Deve estar lá fora então...
- O que importa? – Pergunto Logan cansado.
- Não podemos ficar aqui, com um zumbi rondando. – Respondi.
Fomos todos para fora, andando por todo jardim que rodeava a casa, passamos pela piscina que tinha nos fundos, passamos pela churrasqueira ao lado da piscina, e nada. Brenda sentou segurando o abdômen no teto da casinha do cachorro. Sentamos no jardim. O que não podemos demorar muito a fazer. Mas quando eu fui me levantando vi um movimento vindo de dentro da casinha. Me levantei de um salto. Meu estomago embrulhou. Não deu tempo de avisar ninguém, quando abri minha boca, o zumbi – o filho que sobrava- saiu engatinhando de dentro da casinha do cachorro.

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