segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Capitulo 3 – Jou não é quem eu pensei.


Meu coração bate mais rápido. Fico pensando como o Jou pode roubar minhas fitas...
- Você tem um informante no FBI...
- Um informante?
- Sabe aqueles mafiosos que estavam atrás de mim e foram na sua casa?
- Sei.
- Então... Jou é um deles.
- Não... o Jou é meu amigo. – Digo eu incrédula. Não conseguia acreditar no que ouvia.
- Não, não é. Agora eu descobri como ele sabia onde eu estava. – Justin da um soco no carro. – Sabia que ele vem te usando pra conseguir informações minhas a 2  ANOS?!
-Não... Ele não...
-A quanto tempo Jou, trabalha com você no FBI??
Penso por um instante, e depois percebo que ele está certo.
- Ah 2 anos – sussurro - Mas e aquele dinheiro que você esta devendo a eles? O que o Jou tem a ver com isso?
- O dinheiro é do FBI, sumiu uns 7 mil dólares do FBI ano passado, porque o Jou roubou, mas não pois no banco porque policias não recebem tudo isso, e iria ficar estranho, então ele colocou na casa dele.
- Como sabe disso?
- Sabe quando eu disse que não fui eu que roubou o dinheiro do ladrão? Então... eu menti.
- E porque você roubou o....
- É roubo se você rouba o que é já roubado? Não acho. E eu não iria usar essa grana pra futilidades... Eu ia devolver.
- Você ia devolver o dinheiro do FBI?
- Sim.
- A quanto tempo Jou é mafioso?
- Desde antes de ir pro FBI, na verdade ele só entrou pra policia porque era um disfarce. – Justin parou numa rua estreita e muito escura. Desceu do carro, pegou as fitas e disse – Me segue.
Desci do carro também. Justin, vai na frente. Começamos a andar bastante, meu carro agora esta tão longe que eu não consigo mais vê-lo. O céu já esta clareando agora. Estamos numa rua aberta e até bonita. Tem alguns comerciantes nas ruas agora, como camelôs. Justin vai andando tranquilamente, até que ele pega um boné vermelho de um dos camelôs distraído e coloca na cabeça de modo a esconder o rosto. Olho pros lados e vejo uns cartazes escritos “O Procurado”, e entendo porque ele esta com o boné agora. Coloco minhas mãos nos bolsos e ando com a cabeça baixa, para não chamar a atenção. Olho de relance para o fim da rua, e vejo uma casa grande, branca e fechada, ela praticamente não tem janelas. Continuamos a andar e percebo que aquela casa é a de Justin.
- Pensei que você quisesse ser discreto – Digo a ele.
- E sou. Ninguém vai pensar em procurar, um fugitivo procurado em mais de 45 países, que lida com mafiosos numa área publica com uma casa chamativa dessas. Eles pensam que quem é procurado tem que se esconder em favelas, subúrbio ou coisa assim... Nunca procurariam aqui. – E mais uma vez ele tem razão. Eu nunca ao menos tive a mais remota ideia de procurar algum fugitivo lá.
Entramos, e ele senta no sofá. A casa é incrível. Sento no sofá na frente dele e fico o observando.
- O que foi? – Pergunta ele pra mim. Eu olho melhor seu rosto, e percebo que a parte esquerda está sangrando.
- Ah meu Deus o que aconteceu com você?!
- Você. – Eu olho pra ele. Lembro que chutei seu rosto, sinto uma pontada de remorso por isso e não sei porque, quer dizer é o meu trabalho. Pego minha mochila, e tiro de dentro um kit primeiros socorros, e vou até ele – Não, não faz isso comigo.
- Fazer o que?
- Não cuida de mim.
- E porque não? Porque é bizarro uma agente do FBI cuidando de um ladrão?
- Não. Porque é estranho alguém cuidar de mim.
Olho pra ele por um instante, e ele também esta olhando pra mim. Começo a limpar seu rosto e cuidar do ferimento dele.
- O que aconteceu com você? – Pergunto baixinho pra ele.
- Bom, você chutou minha cara, e depois explodiram sua casa e eu estava lá então acho que é por isso que meu rosto esta...
- Não é disso que estou falando. Quando estávamos na minha casa você disse “as vezes temos que fazer coisas porque temos, não porque queremos” o que você quis dizer com isso?
- Meus pais foram assassinados bem na minha frente, quando eu tinha 12 anos. Desde então tive que cuidar de mim mesmo sozinho. E sabe, não tem muita coisa que uma criança de 12 anos possa fazer. Então eu comecei pequeno. Roubando pães na padaria, e etc. Mas não era o bastante, eu iria ser despejado se eu não pagasse o aluguel, ou iria ser jogado no conselho tutelar se descobrissem que morava sozinho e eu não queria nada disso. Então comecei apostar racha. Foi uma das sensações mais gostosa que tive em anos... Liberdade, é... liberdade.
-Seu rosto esta no banco de dados do FBI... Como você foi pego?
- Bom... Uma noite eu estava numa corrida particularmente importante, um dos figurões do lugar estava apostando em mim. Ele me deu uma Ferrari vermelha pra correr. – Ele fez uma pausa, soltou um suspiro e depois continuou – Eu ganhei. Mas enquanto pegava o dinheiro, alguns policiais chegaram e nos cercaram. E me levaram pra cadeia... Fiquei 6 meses lá, e me soltaram por bom comportamento. E quando sai continuei com o racha e fui pego de novo, mas desta vez eu fugi. Fiz uns documentos falsos e etc, mas não era o bastante. Não para viver, porque as corridas pra mim já era... então comecei a roubar coisas grandes.
 Continuo a tirar o sangue do seu rosto:
- Me desculpe por chutar seu rosto.
- Não tem problema... era seu trabalho.
Eu sorrio.
- Sabe, você é um cara legal, Bieber.  –  Ele sorri.
- É, sério. Não cuida de mim. Não fica comigo por muito tempo. Não sorria pra mim. Não seja legal comigo.
- E porque não?
- Porque todos que se aproximam morrem. E eu não quero que você morra Megan.
- Eu não vou morrer. Eu sei me cuidar.
- Não, não sabe – Disse ele tirando minha mão do seu rosto – Você não sabe quem são eles. Você não sabe como são eles. Eles não deixam ninguém sair ileso. Se não tem o que eles querem, morre.
- E se eu morresse? O que, que tem? Você nem me conhece.
- Conheço, na verdade conheço. E conheço melhor do que você pode imaginar.
- Como assim?
- Sabe como eu sei de tudo aquilo sobre você?
- Não faço ideia.
- Eu te observava Megan. Sempre. Eu via como você era boa no que fazia. Eu via como você era sempre tão linda e sorridente, e o pior de tudo... Eu via como você era gentil com aquele otário do Jou – Justin fez uma careta – Não posso deixar que você se machuque Megan. E sabe porque??
- Não.
- Porque eu gosto de você. Mas eu não posso gostar de você... Porque no meu ramo de trabalho não tem lugar para hm... Amor. Ou relacionamentos.
-Não sabemos o que vai acontecer daqui pra frente,O que vai acontecer no final disso tudo, agora vira pra lá.
- Mas...
- Não me questione – Digo a ele – vira logo. – Continuo a limpar seu rosto – Sabe, eu não vou contar pra ninguém sobre você...
- Mas ai você pode ser demitida. O que você vai fazer se não ficar no FBI?
- Bom... Eu posso ir com você.
- Comigo?
- É... Olha não me pergunte o porque. Mas eu quero ir com você, eu não sei onde você vai e também não importa. Mas eu vou com você pra onde você for.
- Awwn que coisa mais linda – Alguém entrou na casa. Estava batendo palmas, olho pra trás com rapidez, Justin esta de pé agora, com a arma na mão e apontando pra pessoa que entrou. – Não sabia que crianças poderiam se apaixonar.
Fiquei olhando pra ele e pensando: O Justin... me ama? E eu... não sei, o que fazer.
- Quem é você? E o que está fazendo na minha casa?
- Meu nome não importa. Quero falar com você ... Só isso – Disse ele sentando no sofá. Não conseguia ver seu rosto porque a luz esta desligada. Mas sua voz é estranhamente reconhecível. Já ouvi ela antes. – Mas estou vendo que está ocupado... Com sua amiguinha não é? – A pessoa se aproxima e olha pra mim. E agora meu coração da um salto.Meu estomago embrulha, fico de pé agora. Minhas mãos e pernas tremem – Oi Megan. Como vai?
- Oi Ted.
- Vocês se conhecem? – Pergunta o Justin. Olhando do Ted pra mim, e depois voltando seu olhar pro Ted.
- É... hm... Sim. Ele trabalhava no mesmo departamento que eu . Bom, mas isso foi antes dele também entrar no mundo do crime.
- E isso depois de namorar com a Megg. – Diz o Ted
- Seu ex?
- É... infelizmente sim. Mas... Já faz 4 anos não é?
- Ah Megan... Pode fazer 4 anos mas admita... Você nunca me esqueceu, não é? – Disse ele tranquilamente. O rosto do Justin estava ficando cada vez mais vermelho. Ele destravou a arma, e o Ted olhou pra ele – Garoto, saiba que não é porque você goste dela, que ela goste de você. Acredite ela ainda me ama.
- Cala Boca Ted. – Ele voltou sua atenção pra mim.
- Ah coração, não aja como se você não me quisesse.
- Ted eu nunca te quis... Você foi o meu pior erro. – Ele olhou pra mim, e depois olhou pro Justin, ele parecia mais irritado do que nunca. Ele puxou a arma e eu peguei a minha e apontei pra ele.
- Ah já entendi o esta acontecendo aqui... Você me trocou por ele não foi Megg... – Não respondi. Justin olhou com rapidez pra mim mas depois já estava olhando pro Ted – Bom, vim aqui pra falar com você Megan.
- Co... comigo?
- Sim.
- Sinto muito mas você não vai poder falar com a Megan.
- Aé?
- Sim e sabe porque?
- Porque? – Eu pergunto a ele.
- Por isso. – Justin me segura pela cintura, passa a mão pelo meu rosto e depois me beija. Depois ele me solta e me olha, nos olhos. 
-  O que foi isso? – Sussurro pra ele.
- Estamos cercados. – Sussurra ele de volta, seus lábios quase nem mexiam – Tem mafiosos por todos os lados.Não sei o que vai acontecer aqui hoje, mas não queria morrer sem fazer isso.
- Você não vai morrer. Porque você é melhor que eles.
- E você também não, sabe porque?
-Porque??
- Porque eu não vou deixar. Eu vou proteger você.
Sorrio pra ele. E depois olho pra um Ted de rosto púrpura. De repente ele grita:
- AGORA!
Pelo menos 10 mefiosos entram em cada canto da casa. De repente estávamos cercados por no mínimo 40 deles. Justin como sempre tinha razão. Eu já estava metida o suficiente para pegar pelo menos 15 anos na prisão publica. Mas não me emportava, não estava nem ai. Porque neste momento nada mais importa. Os mafiosos começaram a atirar em nós. E nós neles. Fiquei sem munição:
- MEGAN TOMA PEGA A MINHA ARMA!
- O QUE? NÃO! – Tenho que gritar para ele me ouvir. Os tiros não muito altos – VOCÊ AI FICAR DESPROTEGIDO!
-NÃO! EU TENHO UM PLANO! VAMOS! TOMA! – Peguei a arma do Justin, e atirei num bandido a minha esquerda. Tive que me segurar pra não cair, a arma dele era decididamente mais potente que a minha – MEGAN ME AJUDA A DERRUBAR O SOFÁ!
Atirando em qualquer alvo que se mexia eu ajudei o Justin a derrubar o sofá, ele pegou uma caixa que estava em baixo do sofá, depois sentou atrás dele.
- VOU TE DAR COBERTURA!
- MEGAN! – Chamou ele – TOMA CUIDADO!
Eu aceno pra ele com a cabeça, e continuo a atirar em todo mundo que se mexia. 5 minutos mais tarde Justin levanta do sofá e atira com uma arma parecida com uma metralhadora em outros mafiosos, olho pra ele rapidamente e vejo que ele esta com um cinto de balas preso na cintura. Sorrio pra ele e balanço a cabeça, ele anda até meu lado, e me da outra arma, ainda mais potente do que a que ele tinha me dado antes, e mais pesada também. Olho pra direita e vejo Ted apontando pro Justin. Justin está olhando pro outro lado, ele ia ser baleado. Mas não. Não se eu pudesse enpedir. No exato momento em que Ted atira no Justin eu empurro ele e atiro no Ted. Justin cai no chão, e eu tomo o lugar dele. Levo o tiro por ele. 

2 comentários:

  1. Meu deus do céu! como assim ela levo um tiro pra salvar a vida dele?! que lindo! CONTINUA LOGOOOOO! AAAH QUE PERFEITO! TA MT PERFEITO MESMO! PARABÉNS! :3

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  2. CARACAAAAAAA!! CONTINUUUUAAA! *-*

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