quarta-feira, 13 de março de 2013

Capitulo 3 – Mutante.


Soltei um grito intenso. O zumbi apenas me mordeu, mas eu senti como se ele tivesse arrancando meu braço fora, empurrei com o braço esquerdo não mordido, a cabeça do zumbi, que ao meu toque se transforma de branco sem vida, a cinza, e ele cai morto no chão. Sangue escorrendo pelo meu braço, uma adrenalina alucinante correndo minhas veias. Os zumbis pareciam se voltar pra mim, com estranha conhecidencia. Eu não conseguia me mover. Brenda se levantou com o rosto vermelho, os outros se voltaram para trás tentando entender porque os zumbis recuaram. Brenda pegou a faca e foi mancando em direção aos zumbis. Cravando com violência e faca na cabeça dos errantes ao seu redor, de vez em quando ela dava uns gemidos ou gritinhos de dor pelo tornozelo, mas mesmo assim não parou de atacá-los.
Brenda deu um soco com o cabo da faca na cabeça do zumbi, decepando-a. A cabeça dele caiu no chão e rolou pra frente, Brenda cujo a perna direita apenas a deixava estabilizada no chão, caiu com o impacto. Matt correu para ajudá-la, mas não me pergunte com quais forças, mas ela se levantou sozinha, pegou a cabeça e socou violentamente a cabeça decepada – que ainda se movia - contra uma árvore. Fiz um esforço enorme apenas pra virar minha cabeça, fixei meu braço, e vi a mordida se fechando, e cicatrizando. Isso nunca aconteceu antes... Mas o que é isso?
Brenda se virou lentamente com seu rosto perolado pelo suor, ela andou até mim, tocou meu braço que a segundos atrás mostraria uma mordida, sua mão quente e suada pareceu me deu um ponto de vida e atividade, o que fez eu me mexer. Ela me olhou com indagação, eu dei de ombros, mostrando que estava tão confuso quanto ela.
- Vamos – Disse. Todos os outros estavam me olhando intrigados, mas nada disseram. Não conseguia mais sentir os zumbis, olhei pra trás e os vi chegar a 30 quilômetros de distancia. Então é essa a sensação normal? Se sentir completamente vulnerável, podendo ser atacado a qualquer minuto. É horrível. Depois da experiência que fizeram comigo, eu sentia como se quisesse ser normal de novo. Mas agora que sou, é a primeira vez que... Estou desejando seu um mutante novamente. Será que os poderes vão voltar? Ou será que eu vou ficar normal pra sempre? Estranho... Mas essa ideia me assustava.
- Por aqui! –Disse Robert. Ele se encaminho para frente de um prédio que mais parecia um galpão de dois andarem de paredes e porta de ferro, cor de latão. Uma antiga fábrica. Jake e ele estavam com mochilas nas costas, provavelmente com as coisas que foram buscar no hospital. Brenda vinha mancando, mas muito mais silenciosa do que de costume, não quis se apoiar mais. Ia sozinha, não olhava pra ninguém apenas para frente. Depois de todos terem entrado, eu fui o ultimo, fechei a porta e quando virei os quatro novos rapazes apontavam a arma pra mim. Brenda se pois entre nós.
- Opa,opa,opa! O que vocês pensam que estão fazendo?
- Ele foi mordido – Disse Jake – Não sei se vocês sabem... Mas ele vai ser um deles.
- Mordido? – Disse Brenda – Você está vendo alguma mordida? – Eles me olharam intrigados.
- Eu vi – Teimou Taylor – E ele vai se transformar... Se ele causar problemas para...
- Se por alguma eventualidade ele se transformar – Brenda tomou fôlego e depois – Eu cuido disso.  Agora abaixa essa arma, já é a segunda vez que vocês apontam essas coisas pra mim...
- O que era aqui? – Perguntou Caterine. Robert se virou pra ela.
- Aqui era nossa Academia de Luta, Fighters – Isso explica porque são tão bombados, e as tatuagens – Trabalhávamos aqui depois da escola.
- Quantos anos vocês tem? – Perguntou Daniel.
- 17 – Disse Jake.
- 19 – Disse Taylor.
- 18 – Disse Tyler.
- 17 – Disse Robert – porque?
- Nada... É só que – Minha visão começou a escurecer. Meu estomago a embrulhar, mas não aquele embrulhado que eu sentia quando um zumbi se aproximava, não pior, era um tipo de... Ância de vomito... Minha cabeça começou a latejar, cambaleei pra trás.
- Justin? – Eu via uma Brenda duplicada. Ela me sacudiu, e depois eu apaguei.
Quando acordei eu estava deitado num sofá marrom, minha visão logo entrou em foco, e eu vi que estava numa área, cujo o único lugar que entra luz é da janela no alto. Vi Daniel observando, Robert e Jake lutando num tatame. Vi Logan socando uma bolsa eletrônica de socos, que marca quantos socos você deu. Taylor estava distribuindo água em garrafinhas, Caterine estava sentada no sofá. Matt respirava a bombinha de ar. Brenda colocava um pano gelado na minha cabeça.
- A... Olá bela adormecida – Disse sorrindo. Ela tinha uma faixa enrolada no tornozelo. Tentei me levantar, mas minha cabeça quase explodiu. Coloquei a mão nela. – Ei, calma ai. Você tem que descansar.
- Você sabe que eu fui mordido – Ela fez uma pausa, molhou o pano num balde com água e depois colocou na minha cabeça. Me olhou com calma, mas sabia que ela estava muito alerta.
- Justin, você foi mordido a três horas atrás... Já devia ter se transformado não?
- Você acha que é por causa do A Cura? – Perguntei – Você acha que aquele idiota do Kendall conseguiu achar realmente a cura?
- Não sei. Saberemos até o final da noite. Não acho nada disso... Kendall era incompetente demais pra fazer alguma coisa que prestasse – Senti uma pontada de raiva na voz dela, tanto Brenda quanto eu levávamos conosco marcas da agressão de Kendall, eu ainda tenho algumas marcas no pulso feita com corda que me amarravam a cadeira, Brenda algumas no rosto, algumas no braço. Mas uma bem grande na alma. - Mas e vocês? – Perguntou Brenda para Taylor – O que aconteceu com as pessoas que trabalhavam aqui?
- Bom... – Taylor sorriu, sentou na poltrona da frente. Um bolo estava formado na boca do meu estomago, era a mesma sensação horrível que eu senti com Tom. Odeio sentir isso... Ciúmes. – Nossas casas foram atacadas, fugi com meu irmão...
- E seus pais? – Taylor fixou Brenda, com seus penetrantes olhos azuis.
- Meus pais morreram quando eu tinha 13 anos. Num acidente de carro.
- Sinto muito.
- Eu não. Foi melhor assim, os dois morrerem antes dessa praga, desse inferno. Seria demais pro coração da minha velha... 
- Eu sei como é – Disse Brenda com pesar – meus país morreram também, viraram zumbis. Tive que...
- Eu sei – Ele interrompeu ela, sabendo que isso doeria tanto para ela falar, quanto para ele ouvir – Talvez tenha sido melhor pra eles...
- Antes tarde do que nunca...
- Concordo – Ele suspirou – Em fim... Corremos pra cá, estava vazio quando chegamos, com a exceção de Robert e Jake. – Ele pegou uma caixa de charutos de chocolate. Taylor era o tipo de Bad Boy bonitão que qualquer garota adoraria ter. Provavelmente jogava basquete no time da escola, trabalha numa escola de luta, e era bom nisso. Tatuagens... Bonitão. Quer dizer... Brenda não é de pedra... E sempre teve suas quedas por bad boys. Deveria ficar preocupado? Brenda ergueu as sobrancelhas.
- Sim... Eu era viciado. Faz cinco meses que eu to limpo... Mas quando me da ansiedade ou coisa assim, eu alivio a vontade comendo charutos de chocolates... Engana o cérebro.
- Minha mãe era uma fumante inveterada. Ela usava o mesmo truque.
- Então você deve saber que não funciona direito, não é?
- Bom... – Brenda deu de ombros – Ela tinha suas recaídas.
- As vezes eu...
- Não me importo – Interrompeu Brenda. Taylor provavelmente diria “as vezes eu ainda fumo maconha” “cheiro cocaína”... Brenda respondeu isso, acho que porque a ”ansiedade” é comum no estresse do apocalipse, e se é assim que ele se alivia... – Faça o que tiver de fazer, não ligo – Taylor apenas observou. Com seus olhos azuis faiscante, olhando atentamente para ela- Mas agora, toma morde isso aqui – Ela me deu um pano – Morde, quando doer. – Logan percebeu que eu tinha acordado e andou lentamente até mim. – Matt... Ta na hora – Matt olhou pra ela, e depois pra mim, e depois andou em nossa direção, ele agachou ao meu lado, Brenda, tocou meu braço e eu me contorci de dor. -  Sh... Sh... Calma, calma. – Ela acenou para Matt e depois, pegou uma faca, Matt pegou meu braço e injetou alguma coisa.
- O que... É...
- Anestesia. – Respondeu Brenda – Mas não é muito boa. Então pode doer... Um pouco. – Ela colocou a ponta da faca no meu ombro, e cortou. Mordi o pano com intensidade. Era uma dor causticante que parecia perfurar a alma, eu fiz de tudo para não mexer o braço, mas estava começando a ficar difícil.
- Ai deus! – Disse Caterine – Porque você está fazendo isso? Ta machucando ele! Para.
- Caterine cala boca! – Disse Brenda irritada – Eu sei que o que estou fazendo! Tem um estilhaço de Better Day nele – Brenda se virou pra ela – Se eu não tirar pode entrar mais fundo. Pode inflamar. Vai piorar. Mas se acha que não estou fazendo...
- Brenda – Repreendeu Logan. Brenda respirou fundo.
- Desculpa – Ela se virou. Caterine afundou o rosto no tórax de Logan, que passou a mão pelas costas dela, e mexeu carinhosamente.  Ela colocou a faca no chão, meu sangue pingando em possas no sofá,  Brenda pegou um pinça gigante, Matt segurou meu braço tremulo. Sentia meu suor escorrendo pela garganta, tudo doía mais agora. Bem mais. Brenda olhou dentro no corte – Quando a anestesia fizer efeito, você vai apagar. Daí pra frente... Será mais fácil. – Ela pegou a pinça e tirou de dentro um pedacinho de metal – Matt... Matt você ta vendo isso? – Matt arregalou os olhos, o corte estava se fechando. parei de sentir minhas pernas, meus dedos, meus braços, me senti sonolento. E dormi de novo.
Eu acordei num quarto. Estava tudo completamente escuro, mas eu conseguia ver a maioria das coisas do quarto. Não sentia mais a dor de cabeça, o corte do braço estava cicatrizado. Eu me sentia bem, muito bem. E a cada minuto que passava, me sentia muito menos humano. E uma lapso de imagens passou pela minha cabeça e eu entendi o que tinha acontecido comigo.
 A Cura esta dentro de mim. Misturado as minhas células. Esse vírus não cura nada, é como se fosse um repelente para os zumbis. Um veneno. Aquele errante que me mordeu, morreu logo depois. O vírus dele e o meu se fundiram, ele morreu pelo veneno. E os germes dele se fundiram as minhas células. Eu não perdi meus poderes só me fortaleci. Eu realmente me sentia mais forte. E como disse, menos humano, porque minhas células, a maioria pelo menos, eram de mutantes,  outra parte humana. O fato é, Eu virei ainda mais um errante. Acho que pelo A Cura, sou imune a mordida de zumbis. Consigo fazer o mesmo que eles, ver no escuro por exemplo. É por isso que tem muito mais caçando de noite. Consigo sentir o que eles sentem, o sangue humano, vivo. Sinto mais que os humanos, o sangue dos mortos, parado; Sem vida. Preto, gosmento, embolorado. Sinto com mais vivacidade a presença dos errantes. Com mais precisão, tanto de quantidade, quanto de distancia, consigo dizer até se são homens ou mulheres... Crianças. É estranho... Parece até que eu tenho duas vidas – Não como a Hannah Montana – Me sentia em dois lugares ao mesmo tempo. O mais importante de tudo é o seguinte: Eu também sei – Não pergunte como– Que quando eu estiver com raiva, ou coisa assim... Eu consigo matar um zumbi, com um toque. Me levantei. Meus ouvidos zuniam, e com todo esse barulho dentro na minha cabeça, eu não consegui prestar atenção nos passos pesados que se estendiam pelo corredor.
Fui até a porta e vi uma luz alaranjada no final do corredor, andei na direção dela.
- O que está acontecendo aqui?
- JUSTIN! – Brenda correu em minha direção, e me abraçou. Seu tornozelo estava melhor, as janelas estavam fechadas, já era de noite. Girei Brenda no ar. Não sei... Sentia falta disso, de ficar com ela, fico do lado dela todo dia, mas não é a mesma coisa. Esse simples abraço foi tão intenso e bom... Parecia que eu e ela éramos apenas simples namorados, num tempo simples, quando mortos estavam em baixo da terra, e humanos comiam carne. Ela parecia tão mais leve agora. Ou será que eu estava mais forte?  – Eu disse que ele não iria se transformar. – Ela apertou o abraço, e me deu um beijo.
- A...Então vocês são namorados? – Taylor passou a mão no cabelo, meio decepcionado, mas não parecia ter desistido de alguma coisa.
- Sim, porque? – Alguma coisa no meu olhar, fez Taylor me olhar intrigado – Quem me colocou no quarto?
- Eu – Respondeu Brenda.
- Forte você, não... – Disse sorrindo.
- Você ainda tinha alguma duvida? – Respondeu sorrindo, beijei a bochecha dela.
- A... Vocês já vão começar com essa melasão? – Perguntou Mattew.
- Não – disse Brenda – Eu só...
- Vocês ouviram isso? – interrompi. Todos ficaram quietos, tentando ouvir. Não é claro. Eles não vão ouvir nada. A menos de 2 metros, 52 errantes se aproximam.








3 comentários:

  1. ~lê Justin o bomzão kkkk

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  2. que perfeito to adorando leitora nova *-* continua maravilhoso parabens

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  3. Oieeh Amores...TAVA MORRENDO DE SAUDADES pensei que vc n ia fazer a 2° temporada hehe mas fez ta irado vc esta de parabéns ... Me sigam.. @MyLittleAnjelJB sigo todas de volta é só a visar beijos. fernandiinha

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