Capitulo 1 – No Soul
Eu estava trancada dentro do guarda roupa, meu nariz entupido e eu
respirando pela boca vendo uma fumaça pelo ar frio da tarde. ‘’Se a morte conta
uma história, você tem que parar para ouvir’’ essa é a frase primeira frase do
meu livro favorito ‘’A menina que roubava livros’’ levo essa frase como lição
de vida. Ela é boa, combina comigo. A quase um ano a primeira aparição ocorreu,
no interior dos Estados Unidos. Começou com um experimento, cientista brincavam
de Deus com seus jalecos e conversa intelectual, alguma merda eles fizeram,
morreram. Voltaram infectaram a pequena cidade do Tenneesse, depois
Colorado, Los Angeles, e agora em
Nevada.
Não posso ficar aqui pra sempre, meia hora dentro do guarda roupa porque
a medrosa aqui não quer ver o que ta lá fora. A 2 meses eu estava com minha
mãe, pai, e meus dois irmãos mais novos trancados dentro de casa na esperança
de que o mundo exterior não viesse para dentro. Péssima noticia para mim, essa
porra de “mundo exterior não entra” não existe. Hoje de manhã fui silenciosa a
duas quadras de casa até cidade pra pegar o necessário no mercado e quando
voltei a casa estava em chamas.
-Dylan – Dylan é meu irmão, ele tem 15 anos. Ele tem cabelos castanho
claro olhos da mesma cor, pele clara - puxou pro meu pai- estava caído na
frente da casa, sangrando, coberto de fuligem. Sozinho. Sem mordidas. Sentei ao
lado dele – O que aconteceu?
- Papai tropeçou na mesa e caiu com as mãos na porta. Alguns zumbis na
rua invadiram a casa – Engoli em seco.
- Cadê o Bryan? – Tava tão frio que pensei que ia congelar
- Não sei.
- E a mamãe? Papai? – Dylan me olhou, com os olhos cheios de lágrimas.
Meu coração quebrou ao meio – Consegue se mover? – Ele balançou a cabeça –
Legal, então vem – Ajudei ele a levantar. Dylan segurou a costela e começou a
andar. Demos a volta na casa, achei Bryan andando na nossa direção. Bryan é
igual a mim tem cabelo preto, olhos azuis, pele clara, seríamos gêmeos se ele
não tivesse nascido dois anos depois de mim. Nossos olhos azuis são iguais a
mamãe – Bryan vai na frente e tenta apagar o fogo, eu vou entrar e ver o que eu
consigo recuperar.
- A gente vai sair daqui?
- Você quer ficar aqui até ser devorado vivo? – Ele me olhou nos olhos e
depois foi pra frente. Entramos pelos fundos da casa, andamos silenciosamente
pela casa. Meu pai era médico, minha mãe também. Eles me ensinaram muito, então
eu sei o suficiente para sobreviver. Subimos as escadas, fomos até o final do
corredor abri a porta do quarto da minha mãe. Três zumbis, mas a pior parte era
ver que dois deles eram meus pais. Em todo esse ano convivendo com um mundo
morto nunca pensei que pudéssemos morrer ou virar um deles, até hoje. Os zumbis
só olharam pra mim e depois começaram a andar e grunhir em minha direção.
Fechei a
porta, Dylan caiu. Pelo que eu percebi pelo menos três costelas
quebradas e um corte fundo na testa.
- Dylan olha pra mim – Sussurrei. Ele me olhou – Respira fundo, tudo bem?
– Ele balançou a cabeça – Legal – Ajudei ele a levantar.
- Gente –Disse Bryan correndo escada a cima – A água acabou.
- Ótimo.
-Que barulho é esse? – Bryan colocou a orelha na porta do quarto dele –
Tem mais dessas coisas aqui?
c
Essa é a minha história. Não posso ficar aqui, quanto mais tempo ficamos
presos, dentro de um lugar que parece seguro mais inseguro será este lugar. Na
minha mão direita vinha do meu osso do dedão até a metade da minha mão minha
tatuagem “No Soul”. Fiz no meu aniversário deste ano, de 17 anos. Meus pais só
me deixaram fazer ela porque pensavam que eu era responsável. Responsável eu
deixar a família morrer? Aqui? Agora?
A porta cedeu, Dylan ofegou peguei na mão dele, e fiz sinal pra ele
fazer silencio. Bryan olhou pra mim com o medo estampado nos olhos. Dava para
ver todos os quinze zumbis por entre as frestas do armário, eles olhavam o
lugar grunhindo desesperado por carne. Não posso ficar mais aqui. Peguei um
machado no guarda roupa do Dylan – desde que tudo começou, papai sempre deixava
alguma coisa dessas pra emergência – Olhei pros dois. Bryan fez “não” com a
cabeça. Levantei, peguei fôlego e abri o armário. Antes que eles notassem minha
presença cortei a cabeça do primeiro. Foi bom, muito bom. Cortei a cabeça do
outro, sua cabeça se espatifou na parede fazendo sangue jorrar por toda pintura
branca.Um outro veio na minha direção chutei o zumbi, outro veio em cima de mim
pisei com força no crânio podre do morto fazendo meu all star vermelho ficar encharcado
de sangue preto e decepei a cabeça do próximo. Um veio por trás de mim, cai no
chão o machado voou pra longe.
-DALLAS! – Ouvi Bryan gritar. O zumbi virou a cabeça pra ele, segurei o
pescoço dele me ajoelhei e com um movimento rápido quebrei o pescoço dele.
- Não grita – Sussurrei, mais friamente do que gostaria. Agachei e
peguei o machado, ouvi grunhidos e passos pesados vindo pra cá. Já sabia quem
eram, e não queria que meus irmãos vissem isso. Saí do quarto, minha mãe com
olhos leitosos e pele pálida, vinha arreganhando os dentes, grunhindo, cuspindo
um sangue preto na minha direção. Não quero fazer isso, matar minha mãe. Não,
essa não é minha mãe. É um monstro, um monstro que não sabe quem eu sou e que
vai me matar sem remorso.
Meu pai, olhos leitosos pele pálida o mesmo andar pesado.
-Sinto muito por não evitar isso, mas agora vai pra um lugar melhor –
Você pode até pensar que isso é piegas, mas é a verdade. Como pode ter um lugar
pior que aqui?
Segurei o machado com força, tomei fôlego e decepei as duas cabeças de
uma vez.
Engraçada a vida, numa hora você tem tudo. E na outra nada.
Numa hora você está feliz, mas uma coisa acontece e te deixa triste. Mas
se isso já aconteceu significa que você tem que pensar. Eu me pergunto: Eu sou
feliz? Não. Antes minha vida era normal,
amava meus irmãos pentelhos e pais irritantes. Mas eu já sabia que não importa
o que eu fizesse não iria sentir a verdadeira felicidade. Agora? Felicidade não
consta.
Mas e você? É feliz? Se pensou mais de 10 segundos, a resposta é não.
Mas e você? É feliz? Se pensou mais de 10 segundos, a resposta é não.
curti *-*
ResponderExcluir\õ porra essa historia vai ser foda
ResponderExcluirJá entendi que vc é uma escritora ótima,
ResponderExcluiru.u apskaopskopak Juro, a sua ultima história foi a única que até hj eu chorei com o final. Sarah e Ethan <\3