quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Capitulo 14 –O fundador da Vírus e Vários.


Gritos. Gritos tortuosos. Não sei de onde vem. Meus olhos estão fechados, e não ouso abri-los... Estão levemente doloridos. Os gritos que ouço, não quero ver sua origem. Mas uma hora ou outra vou ver. Sinto alguma coisa deslizando pela minha nuca, ergo caminha mão, mas então percebo que estou preso, abro meus olhos abruptamente, com a visão desfocada pela luz ardente que bate de repente no meu olho, olho pras minhas mãos e vejo que estou preso com algemas de ferro numa cadeira. Minha camiseta esta molhada, sangue escorre da minha cabeça, do lugar onde o segurança me bateu. Minha boca esta amordaçada com um pano cinza.
Passo meu olhar pelo lugar onde me encontro. Ao contrario do resto da Corporação esse lugar é inteiro cinza, com o chão e teto pretos. Na minha frente tem um homem alto, musculoso, com olhos pretos, e cabelos de mesma cor, pele morena, e usando terno. Uma porta do lado direito se abre, um homem sai, antes que a porta se feche eu vejo Logan, Caterine e Daniel amordaçados e amarrados no chão da sala. Olho pra frente novamente e percebo de onde vem os gritos. O homem da pele morena esta apertando um botão vermelho, e quando ele o faz Brenda se contorce. Grita. Treme. Seu pulso sangra, ela tenta desesperadamente arrancar a pulseira preta, mas sem nenhum sucesso. Ela esta suada caída no chão. Kendall se levanta, Brenda deita no chão. Ele pega um objeto de cabo preto incrustado de diamantes pratas, e de lamina extremamente afiada e brilhante.
Ele vai até Brenda, se agacha ao lado dela, ela tenta se levantar, mas não consegue, ele a devolve pro chão. Ele segura os braços dela, de modo a não deixar ela se levantar e diz:
- Por que você deixou ele sair? Em? Era pra você prender o garoto na sala!
- Eu – Ela soluça – Eu juro. Eu tentei!
- NÃO MENTE PRA MIM! – Ele pega a faca, e faz um corte de no mínimo 3 centímetros na parte lateral da barriga dela. Ela solta um grito agudo, e bate os pés no chão. Sinto um bolo se formando na minha garganta.
- EU NÃO TO MENTINDO! – Consigo ver uma gota de lágrima brilhante cair da lateral dos seus olhos – EU JURO! EU TENTEI!
- PORQUE VOCÊ MENTE PRA MIM EM?! EU VI! TEM UMA CAMERA NA SALA GAROTA! VOCÊ ACHA QUE EU IDIOTA?! – Ele senta em cima das pernas dela, se debruça e corta com mais força e profundidade em sua canela. Brenda soca no chão, e grita. Eu lembro dela olhando redor desesperada quando eu cheguei dizendo ”você não pode ficar aqui” “vai embora” “você não deveria ter vindo”, e olhando desesperadamente pela sala procurando uma câmera, acho. Ela tentou me salvar. E esta fazendo o mesmo até agora. Sendo torturada, e ainda mentindo por mim. Meu bolo na minha garganta aumenta. Eu causei isso? Eu devia ter matado ele quando tive a chance.
- Não! Não! Deixa eu sair, por favor! – Grita ela. Kendall deita ao seu lado, olha para seu rosto bem de perto, e diz:
- Não vou te deixar sair. Não gosta da minha companhia? Ah... Poderíamos nos dar muito bem juntos, não? – Ele junta ainda mais seu rosto do dela. Minha vontade e sair correndo e dar um soco na cara dele, mas eu to preso – Você – Continua – Foi bem melhor do que imaginava. Um dardo daquele apenas,é o suficiente pra deixar alguém inconsciente por pelo menos dois dias... Mas não. Não você. Precisou de dois dardos para conte-la, e não passou de algumas horas para se recompor. Matou sete dos meus homens quando acordou... Bem mais difícil do que eu imaginei que seria... – Ele se aproximou e Brenda de repente se sentou e se afastou. – Mas então você fez o favor de DEIXAR ELE ESCAPAR DA SALA! – Ele foi até a Brenda ela rolou pro lado fazendo assim ele fincar a faca na parede. Ela desceu do palco em que estava e começou a correr, o que não durou muito porque seus fundos ferimentos de facas a impediram. Brenda caiu, e Kendall foi tranquilamente até ela limpando seu sangue da faca em sua blusa. Ele tampou a boca dela com sua mão e a arrastou de volta ao palco, lá sentou ela de novo e perguntou – Vou perguntar pela ultima vez. Quais foram os efeitos do A Cura Aprimorado, nele? – Brenda não respondeu. Sua expressão de pânico desapareceu, agora só ficou a velha e boa raiva.
- Não vou te responder – Kendall pegou a faca, pegou a lamina e bateu no rosto de Brenda com o cabo incrustado de diamantes. “SEU IDIOTA!” Minha vontade nesse momento é gritas, mas eu to amordaçado. A boca de Brenda começou a sangrar loucamente, ele se agachou na frente dela.
- Responde – Ela virou a cabeça vagarosamente para Kendall, com o puro ódio em seu olhar. Depois de alguns segundos ela simplesmente cuspiu sangue no rosto de Kendall. Ele limpou o rosto na manga do terno. A sensação que aquilo me causou foi apenas mais admiração do que sentia. Ela está totalmente franca, e sendo torturada e mesmo assim... Me protege. Kendall joga a faca pro lado, e agarrou os braços de Brenda e levou ela até o centro do palco. Prendeu Brenda pelos pulsos, e pendurou ela com uma outra corda. Ela ficou suspensa no ar, como se fosse um pendulo.
- Legal, fazer isso não? – Ele aponta para o rosto onde ainda se encontra algumas gotículas de sangue de Brenda - Sabe o que também foi legal? – Brenda nem sequer olhava pra ele. Ela olhava pra mim. Acho que percebeu que eu estava acordado – A morte do seu amigo – Brenda vira imediatamente a cabeça pra ele. Kendall sorri pra ela. – Quer ver? Bom... Vou te mostrar mesmo assim. – O que eu pensei que fosse a parede a minha frente,era na verdade um imenso telão. Alguma máquina virou as cordas que prendiam a Brenda, obrigando ela a assistir. Segundos depois, as imagens de James morrendo aparece bem diante dos olhos da Brenda. Ela começou a se debater, na minha opinião essas cordas não vão segurar ela por muito tempo. E nem vai precisar, Kendall anda até Brenda por trás, com a faca em punho, e eu só tenho segundos pra pensar no que eu vou fazer. Atrás de mim vem quatro seguranças, fecho meus olhos e finjo que estou dormindo. Deixo meus instintos me levarem. Sinto um deles pararem atrás de mim, meus pés estão amarrados. Mas eu simplesmente me levanto abro meus olhos vou com tudo pra trás, o homem cai e fica de baixo da cadeira, com o barulho que isso faz Kendall olha pra mim. Outro segurança corre em minha direção, e eu chuto ele com meus dois pés presos, ele cai. O outro vem até mim com uma faca em punho, eu jogo meu pé em cima dele, e ele sem querer corta as cordas que prendem meus pés, ele avança mais uma voz pra mim com a faca, e ela chuto ela pra longe, coloco meus pés um em cada lado do seu rosto, e com um movimento quebro seu pescoço. Olho pra baixo e vejo a faca caída no chão. Piso no cabo da faca, e chuto ela pro meu lado, coloco o cabo no meio dos meus dois pés,o quarto homem vem pra cima de mim atirando, e pulo pro lado, deixando a cadeira e o outro segurança como escudo. Por engano o quarto segurança atira no primeiro, e esse fica paralisado de pânico, enquanto ele fica parado, eu coloco minha faca na minha mão,e  corto as juntas das algemas que me prendem a cadeira. Depois tiro a mordaça da minha boca, e me levanto.
O quarto segurança vai até mim, eu chuto ele, dou um soco em sua boca, pego o braço dele e entorto, tiro a arma de sua mão e atiro nele.
- Ora, ora, ora olha só quem acordou – Kendall sorri pra mim, eu aponto a arma pra ele – Garoto, tem apenas 5 balas em cada arma, meu homem atirou 3, você 1, só tem uma bala restante.
- É mais do que o suficiente. – Kendall sorri ainda mais abertamente.
- Venha! Se junte a nós na festa! – Eu me aproximo. De olho pra Brenda pendurada, e se contorcendo.
- Solta ela – Kendall olha pra Brenda, depois volta seu olhar, com um sorriso enorme que eu estava odiando pra mim e diz.
- Não vai rolar garoto...
- Se você não soltar ela, eu atiro em você aqui e agora.
- Atira... Atira que eu jogo a faca. E acredite eu tenho tão boa pontaria com facas, como você tem com armas, isso não vai acabar muito bem, não é? – Olho pra ele. Percebo que não tenho escolhas. Ando em direção a ele, com a arma apontada. – Eu posso virar ela pra você – Diz ele solenemente. Subo as escadas do palco, ele aperta um botão preto e a maquina vira Brenda pra frente. – Tenho algumas perguntas pra você. Posso perguntar?
- Perguntar você pode. Se eu vou responder ou não é outra história.
- Não tem problema. – Ele da um sorriso – Se não responder, eu tenho um botãozinho mágico aqui, que eu tenho certeza que vai fazer você me falar tudo. – Olho pro botão vermelho no painel, e reconheço que é o botão da pulseira presa no pulso de Brenda.
- Que você quer?
- Além de ter instintos excelentes. Instintos assassinos quero dizer, tanto para zumbis quanto para humanos – Ele aponta para os homens mortos no fim da sala – Em fim... Além desses instintos o que mais o A Cura Aprimorado fez a você?
- Pra que quer saber?
- Não vai responder?      
- Primeiro diz pra que quer saber. – Ele avalia a situação e depois se senta numa cadeira, a frente do painel.
- Bom... A princípio fizemos o A Cura como você sabe, para ajudar as pessoas. Ele servia pra reanimar as células mortas do corpo de uma pessoa que possui algum problema.  Mas depois de um tempo alguma coisa deu errado na formula do A Cura, e deu no que deu. Tanto faz pra mim. Mesmo que alguém me morda eu tenho o antídoto.
- Porque não vende?
- Porque eu não fiz isso pra ajudar ninguém, garoto. A única coisa que eu fiz de bom na minha vida, deu errado. Pra que tentar de novo, não é? Em fim... Fiz o A Cura Aprimorado...
- Você é o criador de tudo? – Pergunto indignado – A Cura, o antídoto, A Cura Aprimorado tudo?
- É... Você não está me ouvindo não Justin?! – Ele suspira – Como estava dizendo, fiz o A Cura Aprimorado, pra ver se eu conseguia ficar imune a essas mordidas e etc... Pra ver se mesmo se eu convivesse com ele, se me mordesse, me atacassem eu não precisaria de antídoto, isso seria realmente A CURA... Então testei em você...
- Fui sua cobaia... Eu poderia ter morrido.
- É... Poderia. – Diz com indiferença - Mas não morreu e é isso que importa. Notei que você não é imune a eles mas,você tem outros dons... Quais são?
- Eu... Sinto os zumbis, sei a quantidade que tem deles. Sou bom pra matar. Sei quanto tempo você tem apenas por olhar a profundidade do ferimento – Kendall me olha nos olhos, da um largo sorriso.
- Vou precisar de você Justin. Bom... Foi pra isso que te pegamos... Pra conseguir seu sangue ver o que você tem nas células pra fazer mais A Cura.
- É mas eu não vou com você.
- Não? Se não por bem... Por mau então. – Ele apertou o botão vermelho, e Brenda tremeu como um peixe fora d’água. O sangue da sua boca escorreu pelo pano que a amordaçava. Olhei pra ela com pânico no olhar,Kendall andou na minha direção, mas não dei atenção a ele. Brenda colocou as mãos mais pra cima na corda, fazendo sei lá o que. Kendall parou na frente dela. Brenda se alto puxou pra cima na corda, e chutou Kendall que cambaleou um pouco e depois caiu do palco, corri até Brenda e tirei a mordaça de sua boca:
- Eu vou tirar você daí.
- Não se preocupa comigo, eu dou um jeito, você tem que sair da...ATRAS DE VOCÊ! – Me viro depressa a tempo de não ser acertado pelo punho fechado de Kendall, me agacho seguro suas pernas e prendo ele no chão.
- RÁPIDO! SAI DAÍ! – Brenda se balança, parecendo ainda mais um pendulo. Ela balança em direção a tela de controle, onde se encontra a faca de Kendall, ela pega a faca com os pés, igual a mim. Se segura nas cordas que a penduram, e leva o cabo da faca até a boca, e dela até a mão, e começa a cortar a corda. Kendall está colocando toda força que tem pra sair do aperto, mas eu igualmente coloco toda minha força para prende-lo. Porem Kendall me joga pra trás, sei que ele não vai me matar,porque precisa de mim. Mas tem outras pessoas que ele pode matar. Na mesma hora que isso me ocorre, Daniel pula por trás de Kendall, me levanto e ando pro lugar onde caiu a arma e pego ela. Aponto para Kendall, mas Logan esta do lado dele, Caterne, está ajudando Brenda e Daniel esta em suas costas.
- SAIAM! SAIAM TODO DAQUI!
- Mas e você? – Pergunta Daniel. Eu atiro na perna de Kendall. Ai se foi a ultima bala. Kendall cai pra trás, Daniel pula das costas dele, e sai correndo em direção a porta, Brenda que conseguiu se desprender corre também, Kendall segura seu pé, e ela finca a faca onde a bala pegou. Kendall solta um grito. E Brenda retorna a corrida. A porta está trancada. Vou para o meio dela e chuto ela. Segundos depois a porta cede e o trinco quebra, corremos entre os corredores. Muitos seguranças aparecem agora, acho que Kendall mandou um aviso pra todos. – CADÊ NOSSAS BOLÇAS?!
- Na sala dois! – Diz Brenda. Paro abruptamente, e os outros colidem comigo.
- CARA! – Grita Logan – VOCÊ TEM QUE PARAR DE FAZER ISSO!
- O que foi? – Pergunta Caterine.
- James está na sala dois... A gente tem que ir pra lá – Logan parece exasperado.
- VAMOS! – Grita Brenda. Retomo a corrido, dobro uma esquina que da em outro corredor. Logan tem uma faca, e usa em todos os seguranças que passam por nós. Chegamos a usar até duas bombas. Esse lugar está um completo caos. Tem zumbis correndo pra todos os lados. Seguranças correndo deles, ou atrás de nós. Tentamos fazer menos barulho possível...
Chegamos.
- Aqui – Digo apontando para a porta – Só um minuto.
- O que foi? – Pergunta Daniel.
- Logan, essa porta não tava trancada? – Pergunto. Logan assente, meio perturbado. Ele abre a porta. Kendall está lá. Sentado do lado do corpo morto de James.
- Você são muito previsíveis... – A visão dele com meu amigo, me deixou mais irritado do que de costume. Entro na sala, Kendall se levanta, O ferimento em sua perna desapareceu. Mas eu entendi no instante em que vi, o que tinha acontecido. Kendall já foi mordido, não uma mas várias vezes. E ele já usou o Antídoto do A Cura, que como o remédio, não funcionou como deveria. Todo ferimento que fizermos nele, a perna regenera minutos depois. Acho que o único jeito de matar ele é bala na cabeça, quebrar o pescoço ou coisa assim...
Chego nele e Logan ao meu lado, Logan tira James do meio do caminho. Eu pego uma faca que está do lado de fora da minha bolsa, e tento afundar na cabeça dele, mas ele usa seus músculos e segura minha mão, com tanta força que pensei que fosse quebrar, empurro Kendall trás, e ela joga a faca em mim, me desvio:
- AHHHHHHHHHH! – Olho pra trás.
- LOGAN! – Grito. 


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Capitulo 13 – Agora é guerra.


James morto. Essa frase me parece ser tão estranha “Separar James e Logan? Como você pode ser tão cruel. James e Logan é tipo Ying e Yang não se pode separar” as palavras de Logan ecoam na minha cabeça, como um grito no meio do nada. James, sempre foi um dos meu melhores amigos. Agora sangrando, morto em meus braços. E o pior é que não foi de morte natural. Ou não foi por zumbis. Não... Foi por pessoas... Pessoas ! Não devíamos nos unir? Para não deixar a raça humana extinta? Não. Eles mataram meu amigo. Agora é guerra.
- Que foi isso? – Uma voz feminina me trás de volta. Caterine fala pelo walk talk.
- Tiros – Digo com voz embargada.
- Não... Ouvi Logan gritar. O que aconteceu? – Pergunta a voz de Caterine. Logan funga, suas lágrimas caem cicatriz de James e ele reponde com voz engrolada:
- James... Morreu. – Caterine da um suspiro assustado. Mas não diz mais nada. Logan tira as lágrimas do rosto, senta no chão, olha para o corredor a frente e passa a mão pelos cabelos negros, pensativo – Justin.
- Que?
- Eu quero acabar com esse lugar. Sabe, não só tirar Brenda daqui. Eu quero ACABAR com essa merda de lugar! – Olho Logan nos olhos, ele esta tão decidido quanto eu.
- A gente vai matar todo mundo, cara. – Ele faz que sim com a cabeça.
- Não podemos deixá-lo aqui – Diz Logan.
- E pra onde você pretende levá-lo? – Pergunta Matt.
- Podemos deixar ele numa sala trancada. Na volta tiramos ele e o enterramos. – Logan faz novamente que sim com a cabeça. Matt não discute. – Vamos sair daqui. Me sinto exposto. – Logan pega James nos braços e começamos a andar corredor a frente.  Olho pela janelinha circular que tem nas portas e vejo uma sala vazia, abro a porta e Logan coloca James no chão, e depois sai uso um cadeado para trancar a porta.
- Pra onde vamos agora? – Pergunta Logan.
- Eu sei onde ela está. É por aqui – Aponto para o corredor a direita, atiramos nos agentes, e colocamos o chantilly nas câmeras, tem seguranças correndo por todo lado. Aqui e ali, mas a maioria não nos vê, eles simplesmente passam correndo por nós, e vão em direção contraria, ouço grunhidos e minha barriga tem a costumeira sensação de enjôo quando zumbis se aproximam. Todos os seguranças estão indo conter os zumbis que estão entrando na Corporação. Quando de vez em quando temos que atirar em seguranças é bem mais fácil que abrir uma bala numa sala de aula. Chegamos no corredor. Eu paro abruptamente o que faz os outros dois colidirem comigo. Olho para ele corredor branco. Comprido. Com sala dos dois lados. Começo a andar vagarosamente, pelo corredor. Na porta do lado esquerdo, vem alguns grunhidos também, me aproximo para olhar, todos os zumbis que estavam aqui quando pela primeira vez estive aqui ainda estão perambulando. Famintos. 15 deles, andando de um lado para o outro, com um aspecto pior que de costume. Viro meu olhar para os resto do corredor.
Ali está ela, a porta pela qual eu sai a 10 dias atrás. Ouço Matt dizer no walk talk:
- Achamos ela. Corredor norte, a oeste do escritório.
- Entendido – Ouço Daniel dizer. Olho pela janelinha circular da porta e percebo que a sala mudou. Não tem mais o liquido azul. Não tem mesa de ferro. Não tem computador. Tudo que tem são os armários brancos na parede como o resto da sala, e uma garota. De rosto muito pálido, olhos verdes vidrados, cabelos pretos sem vida, roupas pretas,com um símbolo circular azul claro, com uma bolinha preta no meio, e em baixo escrito “Corporação Apocalipse”.
Estendo minha mão para a maçaneta, meu coração bate com tanta violência que não sei se Logan e Matt estejam ouvindo meus batimentos, entro na sala e os dois atrás de mim.
- Brenda? – Digo com cautela. Ela vira a cabeça violentamente para mim. Depois olha para Mattew e dele para Logan e depois volta seu olhar pro chão.
- Você não deviam ter vindo. Não... Não deviam.
- Claro que devíamos! – Digo me agachando em sua frente – Você é uma de nós.
- É... – Disse Logan – Você é nossa líder. Quer dizer, o Justin é péssimo pra fazer planos ou improvisar. – Brenda sorri, olha pro Logan e depois olha alarmada pra mim, coloca as mãos em meus ombros e diz:
- Vai embora! Vocês não deviam ter vindo até aqui! Você não devia ter vindo! Não devia ter trago meu irmão e todos eles! – Ela me empurrou – Vai embora! Vai!
- Você enlouqueceu?! – Disse Mattew –Não vamos sair daqui sem você!
- Eu não posso sair daqui Matt – Algumas grossas gotas de lágrimas caíram de seus olhos antes que ela possa conte-las. Logan olha indignado para ela, Matt anda até ela e segura seus braços, levanta a irmã e agora com ela de pé percebo diferentes coisas como: Novos machucados. Na mão, um longo risco vermelho no pescoço, um corte quase na garganta, seu olho direito esta ligeiramente inchado. E ela uma pulseira preta grossa no pulso com um botão vermelho nele.
- Você não está entendendo Matt eu não posso sair daqui!! Corram daqui enquanto podem – Ela olha ao redor – Rápido! Antes que ele apareça!
 - Quem? –Ela olha de novo ao redor. E diz:
- Kendall Bourne
- Quem?
- Saiam!
- Não vou te deixar aqui! – Seguro Brenda pela cintura e vamos em direção a porta. – VEM! – Grito. Corremos pelo corredor, e viramos o outro. Um agente me pega de surpresa quando viro um corredor, Brenda chuta meu joelho por trás e eu caio, ela coloca as mãos no meu ombro direito, e pula para minha frente. Chuta o agente no tórax e depois pega a faca de Matt, corta vagarosamente a garganta dele. Como se quisesse que ele sofresse. Quando o homem cai, morto no chão, retomamos a corrida. Um olhar fanático e extasiado aparece no rosto de Brenda, como quando ela mata um zumbi.
Eu caio, Alguma coisa pisa por trás no meu pescoço. Um segurança de terno preto derruba Brenda no chão e ela fica ajoelhada com uma arma apontada para sua cabeça. Matt esta caído no chão também com uma arma apontando para seu peito arfante, e Logan caído.
- Quem é você? – Pergunto.
- Meu nome é Kendall Bourne. – Uma voz grossa, rascante e arrastada fala. – Você deu muito trabalho Justin. Muito trabalho para conseguir te pegar! Mas... Como eu previra... Sua amiguinha nos ajudou bastante! Mas ela não deviria ter saído da sala não é? Não. não.não - Brenda olha com uma mescla de raiva de pânico para  Kendall.
- Operação Vírus e Vários era só pra pegar ele? – Pergunta Matt.
- Tínhamos que pegar ele, não?
- Pra que? – Pergunto.
- Isso você vai ver. Tirem ele daqui. Mas a garota... Podem fazer o que você quiser.
- NÃO! – Grito. Chuto Kendall por trás o que o faz cair, sento em cima de suas costas, pego uma arma e aponto para sua cabeça. Ele solta uma gargalhada e diz:
- Levem a garota. Matem os outros... – Matt se levanta de repente e quebra o pescoço do homem antes que ele tenha tempo de atirar para ele. Matt tira a arma do segurança que está apontando para Logan e atira nele, mas não consegue atingi-lo, o homem revida, as balas acabam, eles começam a brigar com socos e chutes. O homem joga Matt no chão e crava uma faca no peito dele.
- NÃO! – Brenda morde a mão do homem que a segura, quando ele a solta ela quebra seus dedos, e finca uma faca várias vezes em seu peito. – MATT! MATT! – Ela corre até ele, e agacha ao seu lado – Matt! Fica comigo! Não me deixa! Não me deixa de novo! Por favor Matt! – Seus olhos cheios de lágrimas. Não posso fazer nada. Não sei o que fazer. Meu coração de repente para. Minhas respiração não existe mais. Começo a suar frio. Brenda perdeu todo mundo. Se perder Mattew agora...
- Eu... eu... – Sangue começa a sair por sua boca, Matt tosse. – Eu te amo mana.
- Eu também te amo mano – Ela se debruça sobre seu corpo ensanguentado e o abraça, Mattew faz esforço pra subir uma das mãos até as costas da irmã e dizer:
- Não morra aqui. Vá embora. Viva sua vida... Com ele. Ele te ama você, não o afaste – Brenda olha pra ele, e beija seu rosto, Mattew sobe a mão até o cabelo de Brenda e a abraça mais forte. Segundos depois sua mão cai molemente para o lado, e seus olhos verdes assustadoramente parecidos com os da irmã, começam a perder a cor e Matt, morre.
Os soluços de Brenda ecoam pelo corredor vazio. Vazio? Ouço pesados barulhos de pés, olho pro lado e vejo uns 50 seguranças, vindo em nossa direção. Um deles com Daniel, e o outro com Caterine nos braços.
- Sai de cima de mim... AGORA! – Não tenho escolha se não obdescer. Me levanto e Kendall também. Kendall olha pra um de seus homens e acena com a cabeça. Este vai até mim e bate a arma na minha cabeça, com tanta força que pensei ter sentido meu crânio rachar. Caio no chão, ouço gritos de Brenda, ensurdecedores gritos agourentos, soluços e de repente tudo apaga.
                                

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Capitulo 12 – O filho pródigo retorna a casa.


Quando Brenda soltou minhas mãos eu despenquei no ar. Cai em cima da pessoa que segurava meu tornozelo. Mattew. Rolei para o lado. Me levantei de um salto, apontei minha arma pro helicóptero que já estava desaparecendo no horizonte, e mirei do piloto. Mattew correu a minha frente e abaixou minha arma:
- Eu consigo atirar nele! – Gritei furioso.
- Eu sei. Não duvido disso, mas se atirar eles caem com ela junto. – Mattew, estava mais branco do que de costume.
- De qualquer maneira – Disse Tom - não podemos ficar aqui parados enquanto eles saem com ela! Temos que fazer um plano! Não podemos deixar ela...
- NÃO ME DIGA! – Gritou Mattew – ELA É MINHA IRMÃ! MINHA ÚNICA FAMILIA! EU SEI DISSO!
- Ficar gritando e brigando agora, não vai ajudar em nada – Disse James. Eu estava tão irritado, tão furioso que não estava me importando para nenhum deles. Como pude deixar que levassem ela? Ela foi capturada salvando o irmão. Não pude deixar de sentir um pouco de raiva do Mattew também, por não ser ágil o suficiente para prestar atenção no dardo que vinha em sua direção. Ou por se dar ao luxo de entrar em pânico e não socorrê-la antes, mas essa raiva, mas não durou muito. Ele não tinha culpa de nada. O que eu sentia mesmo além de orgulho e admiração por ela colocar a vida em risco pelo irmão, era mais raiva da Corporação Vírus & Vários do que eu poderia um dia sentir. Andei até o parapeito do telhado do prédio, e me agachei olhando os zumbis que jaziam no chão, e pensando em o que fazer o agora. Ir embora para um lugar seguro? Tirar eles daqui enquanto estão seguros? Deixá-los são e salvos? Ou sair correndo dali e ir a qualquer custo atrás de Brenda e fazer o possível e o impossível pra tirar-la de lá? É... Não posso deixar eles aqui. Tenho que deixar a salvo... E depois eu vou atrás deles.
- Justin? – Diz Logan hesitante, olho pra ele com um olhar fulminante. Que o faz recuar. Não que eu queira olhá-lo assim. Mas...  Foi sem querer – O que vamos fazer agora?
- Por que pergunta pra mim? – Disse eu tentando esconder a minha ainda contida raiva na voz, sem muito sucesso.
- Porque acho que depois... Hm... Sem Brenda aqui você que manda... Não?
- Talvez... – Digo secamente, me levantando. Olhando fixamente para os zumbis no chão.
- O que a gente faz agora? – Perguntou Caterine. Sinto todos os olhares sobre mim.
- Vamos ficar aqui. Nesse prédio. Amanha eu vejo o que vamos fazer – Me virei, e comecei andar até porta que dava na escada. Descemos pelas escadas brancas, quase pretas e mofadas. Entramos no primeiro quarto que vi, um quartinho meio escuro, com paredes bolorentas, móveis velhos, e com uma fina camada de pó sobre o chão. – É melhor vocês dormirem um pouco. Se quiserem comer... A vontade – Ninguém comeu, estavam todos quietos. Aquele tipo de silêncio que perfura o ar. Logan e James, não olhavam diretamente para mim, estavam com o rosto branco. Caterine e Daniel simplesmente foram para o fundo da casa dormir num quarto, e depois foram acompanhados por James e Logan. Na sala eu sentei próximo a janela, olhando para fora, para a noite fria, céu estrelado indiferente a minha dor, um céu sem nuvens. Um pouco de pó subiu quando eu sentei no sofá, e segundos depois vi que fui acompanhado por mais duas pessoas. Tom, e Mattew. Olhei para eles. Matt estava tão branco, que eu realmente pensei que fosse um fantasma. Tom tremia nervosamente.
- Que a gente faz? – Perguntou Matt com voz fraca.
- Não faço ideia. Amanha a gente... Improvisa – Disse. Lembrando nitidamente de Brenda.  Única coisa que pensei em fazer foi sair correndo, sozinho. Eles ficariam aqui. Com água; comida; e eu poderia ir muito bem busca-la sozinho. Tom olhava fixamente para mim, e como se lesse meus pensamentos disse:
- Nem adianta – Ele balança negativamente a cabeça – Nós vamos com você. Podemos ajudar. Você não precisa fazer isso sozinho. Nem se tivesse opção... Eu vou com você de qualquer forma.
- Eu também – Disse Matt. Olho agradecido para os dois e digo:
- É melhor vocês irem dormir também. Amanha assim que acordarmos vamos sair daqui – Tom assente com a cabeça, e depois sai. Porem Matt continua ao meu lado, incapaz de se levantar. Volto meu olhar pra janela, pensando. Nas coisas que aconteceram de uns dias pra cá. Lembrei do dia em que Brenda me tirou da Vírus e Vários, mas agora eu que vou fazer isso com ela. Lembrei do dia em que Matt chegou. Mas então lembrei “...Vocês não estão vendo TV não?”
- Matt, o rádio e TV estão funcionando? Num apocalipse?
- Bom... Não mais. Antes funcionava só algumas estações de rádio, e canais da TV, mas agora está tudo perdido. Só tem um canal que funciona e esse é monitorado pela Vírus e Vários. Só o que eles querem que nós saibamos aparece ali. Então nem adianta ver.
- Ah ta... – Essa merda de Corporação está controlando muito mais do que eu pensei. Quer dizer, não basta controlar a vida das pessoas que negá-las informações. Ridículo. Passados alguns minutos Matt se levanta e vai em direção a uma porta dormir. Eu simplesmente me deito e penso “o que vão fazer com ela lá? Colocar nela o que colocaram em mim? Criar uma segunda, Justin? Ou eles vão transformá-la num zumbi?” Coço meus olhos e os fecho, depois de um tempo adormeço.
No dia seguinte acordo com um gosto amargo na boca. Depois de clarear as idéias, me lembro que Brenda não estava ali. Me levanto e começo a arrumar as coisas, minutos depois os outros acordam e se arrumam também.
- Qual o plano? – Perguntou Logan olhando pra mim.
- Não tenho plano. Acho melhor irmos no improviso.
- Pelo sim ou pelo não vamos improvisar – Respondeu James rindo. Sorri pra ele. Parecia que não fazia isso a séculos. Descemos as instáveis escadas de madeira. Quando pisamos a escada range, e levanta poeira. Saímos para rua, dia frio. Tenho que piscar algumas vezes para meus olhos se acostumarem com a luz do dia. Logan nos indica o caminho até a Corporação, andamos calmamente as vezes tendo que acertar a cabeça de um zumbi com o machado – para não fazer barulho – mas nada de mais. Estávamos chegando, quando de repente mais zumbis do que podemos dar conta vieram em nosso encontro. Com movimentos rápidos começo a decepar a cabeça de zumbis, com mais prazer do que eu normalmente sentia. Mesmo que matemos 400 deles mais vão chegando e somos tão poucos. Não vamos conseguir. Eu tenho que pensar em alguma coisa.
Essas pessoas contam comigo. O que vou fazer? Não tenho um plano. Acho que improvisar é mais com Brenda do que comigo, não sei. DROGA o que vou fazer agora? Olho pros lados em busca de respostas mas elas não vêem.
- CORRAM – É o máximo que consigo pensar. – AQUI – Aponto para uma lójinha pequena na esquina. Fecho a porta, olhando para a escuridão repentina e continuo pensando. – Nós podemos sair pela porta dos fundos.
- Podemos. Mas eles não são cegos. Vão nos ver. – Um breve silencio é interrompido quando Tom diz:
- EXATAMENTE! Eles vão nos ver!
- O que você quer dizer? – Pergunta James.
- Que eles vão ME ver.
- O que vai fazer?  - Pergunto. Ele não responde. Meramente sorri. Corre em direção a porta dos fundos, olha para fora e depois nos chama. Observo ele correr até um carro, os zumbis estão aqui ao lado. O que diabos Tom vai fazer? Mas então, quando ele me olha e entrano carro eu percebo – Não! – digo – podemos pensar em outra coisa! VocÊ viu o que aconteceu da ultima vez.
- Não temos escolha. – Ele olha pra frente e depois me diz me fixando – Justin... Cuida bem dela, cara. – Quando ele disse isso, senti o que vai acontecer. Ele iria fazer uma distração humana... E não pretendia voltar.
- NÃO! – Gritei – TOM! – Ele acelerou o carro e chegando mais a frente começou a atirar, a soltar bombas, e depois foi com o carro pro outro lado, vi zumbis indo em direção ao carro, fui atrás dele, e olhei. Apenas olhei. Tom atirou com todas as balas que tinham, olhei pra James longe de mim e vi que Tom lhe dera sua mochila. Provavelmente de comida. Olhei de novo. Foi tudo muito rápido. Tom atirando, percebendo que não tinha mais balas, acelerando o carro como se não houvesse amanha. Perdendo o controle do carro, batendo num poste, o carro parando de funcionar. Ele tentando ligar o carro sem sucesso. O zumbis se aproximando. Entrando dentro do carro, arrastando ele pra fora. Os gritos amargurados de Tom. Olho para os outros procurando ajuda. Mas tudo que vejo é Logan tapando os ouvidos de Caterine. Volto meu olhar para Tom. Ele continuava a gritar amargamente. E quando eu decidi correr até ele para ajudá-lo, ele jogou uma bomba no ar. Esta explodiu. Com os zumbis e com Tom junto.
Olho a cena boquiaberto. Balanço a cabeça para clarear as idéias, e grito:
- VAMOS! VAMOS LOGO! – Passamos por Tom. Ou parte dele. Apenas o troco. Olhando para o céu, com seus olhos vidrados perdendo a cor. E penso “Não posso deixar seu sacrifício ser em vão”- VAMOS! – Me controlo para não desabar e começar a chorar. E começo a correr. Chegamos a porta da Corporação. É agora – É melhor nos separarmos. Não sei e não faço ideia de onde Brenda esteja, e melhor nos separarmos.
- E como vamos nos comunicar? – Pergunta Caterine que parece estar a beira das lágrimas, no entanto se controla.
-Aqui – Tiro os walk talks da mochila e entrego, um para James, um para Daniel, um para Mattew e o outro fica comigo.
- Não queremos fazer barulho, não é? – Alguma coisa me atinge.
- Não... Não... Não queremos sim! Queremos sim! Mesmo que consigamos achá-la eles vão estar protegendo o lugar. Se fizermos barulho, encrenca, vamos fazer eles saírem de onde estejam... – Com essa ordem de desordem Logan sorri tão abertamente... – Quando contar até 3, eu jogo uma bomba de gás lagrimejante e nós entramos entenderam? – Eles fazem que sim. Conto até três com os dedos, depois me viro e jogo a bomba por entre as grades do portão. “BUM” a bomba explode soltando um gás verde. Tampo meu nariz e boca com a camiseta e os outros fazer o mesmo. Quando o gás some, olho pra dentro, todos os seguranças que estavam no chão a não ser o que estava dentro da cabine de comando que parece aterrorizado. – ABRE! – Aponto a arma pra ele. E ele coloca as mãos pra cima como se sinal de rendição – ABRE LOGO! – Lentamente ele clica no botão e o portão começa a abrir. Olho pros lado alguns zumbis que perambulavam o lugar estavam vindo em minha direção, e então com um surto de raiva aponto a arma pro céu e atiro. Uma, duas, três, quatro vezes.
- O que você ta fazendo? – James abaixa minha arma – Você vai atrair todos os zumbis pra cá cara!
- Eu sei! Quero que todos venham pra cá! Quero que eles provem do que fizeram! – James por um momento parece aterrorizados, mas depois concorda com a cabeça e sorri, zumbis começam a sair de todos os lados, o portão se abre entramos correndo, passo pelo guarda no gabinete e eu digo – Sugiro, que você feche rápido esse portão – Sorrio sarcasticamente para ele, e ele olha pra frente, com um horror ao extremo estampado em seu rosto ele aperta o botão, eu sorrio de novo – tarde demais não? – Os zumbis começam a entrar – Atire na cabeça – Saio correndo, o portão se fecha, sinto cerca de 70 zumbis atrás de mim, a porta automática se abre a nossa aproximação, e logo se fecha ouço os gritos enlouquecidos do guarda do gabinete, mas nem me dou ao trabalho de olhar pra trás. Não sinto remorso algum. Tem câmeras do lado de fora, acho que viram os zumbis ali e então a porta parou de abrir. Isso não vai segura-los. A porta é resistente. Porem é de vidro. E todos vimos que uma hora ou outra eles conseguem passar. – Você e você – Aponto para Logan e James – Vão por ali – Aponto para a esquerda, um corredor bem iluminado, branco e comprido. Eles fazem que sim com a cabeça, sorriem um para o outro, talvez pelo prazer enorme de ver desordem no castelinho blindado da Vírus e Vários – Atirem nas câmeras, façam barulho deixe-os loucos – Eles abrem um sorriso maior ainda e saem correndo, por onde mandei – Você e você – Aponto para Daniel e Caterine – Vão por ali – Aponto para um corredor igual ao outro, porem atrás de mim – Dani, acho que você é capaz o suficiente para cuidar de si mesmo e de sua irmã – Ele parece complemente orgulhoso depois do que disse – Façam o que eu disse para James e Logan o.k? Vão! – Eles assentem e correm. – Agora – Me viro para Matt – Você vem comigo por ali – Aponto para a direita. Começamos a correr.
Logo de cara tem uns 5 agente de branco com o símbolo da Vírus e Vários no peito, atiro deles, e Matt também. Eles mau tem tempo de respirar quando já param de faze-lo.
- O que você tem na mochila? – Perguntei a Matt.
- Ah... Armas, bombas, balas, uau... tem chantilly aqui.
- Chantilly?
- Sim.
- Me dê – Ele ergue as sobrancelhas curioso, e me da o chantilly, fico na ponta dos pés, e jogo chantilly nas câmeras de seguranças do corredor. Depois meto o dedo no chantilly, e paço sorrindo no nariz de Matt, ele tira lambe e diz:
- Bom – Sorri, e começamos de novo a correr, olhando a cada porta que tem ali. É esquisito voltar ali. Depois no que eu passei aqui. Eu com um choque, eu sei onde Brenda está. Paro abruptamente fazendo Matt colidir comigo, o que me faz cambalear
- Que foi? – Pergunta ele.
- Sei onde sua irmã ta. Vem comigo – Viro o corredor para a esquerda e começo a correr por essa estrada que parece sem fim. Mas então eu vejo James e Logan recuando, para o corredor vizinho, e vejo três agentes de branco atirando neles e eles revidando.  Comecei a correr em direção a James e Logan, mas antes que eu possa conseguir me aproximar, um dos agentes atira no peito de James, seu sangue cai no chão, seus joelhos cedem, tropeço e caio no chão, deslizando até James. Que cai de cara nos meus braços. Logan olha furioso para James e depois atira com a mesma fúria nos agentes.  James arqueja. Não... Não pode ser. James não, ele não!
- FILHO DA MÃE! – Logan atira no agente que atirou em James. Mesmo que o homem já esteja morto no chão. Logan ainda faz o favor de chutá-lo. Logan joga a arma no chão depois que ela já acabou as balas, e se ajoelha ao lado de James e eu:
- Caras – Diz ele fracamente – Eu fui abençoado por ter-los como amigos. Não importa para onde eu vá agora, sempre vou me lembrar e orar por... por vocês. – A cabeça de James balança molemente para o lado. E ele fecha os olhos. Morto.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Capitulo 11 - Operação Vírus & Vários.


Será? Será que meu estomago me enganara? Será? Será que meus instintos não estão em ordem? Quer dizer, Douggie não correu pra me avisar. Nem deve ter se mexido. Eu devo ter acordado atoa. Tentei voltar a dormir. Segundos depois acordei. Meu estomago estava dando uma volta. Eu sinto. Eles estão aqui. Mas se estão... PORQUE Douggie não latiu? Porque? Isso é muito estranho... Ele sempre vem aqui. A explicação mais plausível é que eu estava completamente enganado. Mas... Se for isso? O que estava acontecendo comigo? Tentei dormir de novo. Não... Não esta dando certo. Eu sinto alguma coisa estranha. Me sentei na cama, e peguei minha arma na mesa de cabeceira. E sai silenciosamente do meu quarto.
 Andei até o meio do corredor, e desci a escada. Enquanto descia ouvi alguns grunhidos. Eles estavam mesmo aqui. Mas... O que acontecera com Douggie? Quando cheguei no final da escada e me deparei com dez zumbis, em volta de alguma coisa, mas não sei o que.
- ACORDEM – Gritei. Segundos depois estavam todos descabelados, desarrumados, sonolentos, e com as armas em punho.
- O que – Logan disse enquanto bocejava – Está... Meu Deus! – Cercamos os zumbis e começamos a atirar. Mas a maioria deles estavam entretidos com o que fosse que estivessem comendo. Quando todos eles caíram. Fiquei olhando para a forma ensangüentada caída no chão. Alguma coisa pequena.
- NÃO! – Brenda empurrou Tom, que cambaleou para o lado e colidiu com James que quase caiu da escada. – NÃO! – Ela corria em direção a forma caída no chão. Então com um grande assomo de agonia e desespero notei o que era aquilo – NÃÃO! – Brenda de repente começou a chorar, agachou ao lado de Douggie. Ela soluçava. Nunca a vi assim. E depois de olhar aquela cena pensei, que isso não poderia ter acontecido. Depois da história de ontem... Acho que a morte de Douggie não poderia ter vindo em pior hora. De repente Douggie, ou o que restara dele, se mexia e arquejava, gemia, grunhia, tentava abocanhar Brenda. Ela segurou o pescoço do cachorro de modo a prende-lo no chão. As lágrimas escorrendo para sua mão tremula. Olhava para o que antes era seu lindo e feliz cachorro Douggie, colocou a outra mão em volta do seu pescoço; Ele continuava a tentar morde-la furiosamente. Brenda olhou ele, e depois com mais lágrimas caindo de seu rosto, ela quebrou o pescoço de Douggie com um movimento de mãos.
- NÃO! – Gritou Mattew, que estava pregado no chão. Brenda fingiu não ouvi-lo. Percebi naquela hora o que ela estava tentando dizer ontem. Fitei-a. Acho que seria horrível ter que matar seu próprio cachorro. As lágrimas caiam descontroladas pelos olhos de Brenda. Ela tremia.  Minha culpa foi acentuada pela a expressão de terror no rosto de Matt. Porque eu não vim logo, quando meu estomago deu a pontada pela primeira vez? Talvez conseguisse salvar Douggie se fizesse isso. Brenda suspirou, enxugou as lágrimas no dorso da mão, se levantou ainda tremula e disse com voz fraca:
- Vamos sair daqui o mais rápido possível – Todos que estavam atrás de mim subiram, Matt olhou Douggie e disse:
- Como... Como você pode fazer isso?
- Do mesmo jeito que matei nossos pais Mattew – Disse ela furiosa – Com um pouco de coragem. É triste a morte, não? Agora você tem noção, da realidade? – Disse ela encarando-o.
- Eu não... Eu nunca...
- Nunca viu a morte? Nunca viu alguém querido morrendo? – Disse ela ainda muito irritada.
- Nunca pensei que doesse tanto.
- Mas agora sabe. Vai se arrumar... – Mattew olhou-a. Estava tão pálido e tremulo quanto a irmã. Mas ele a obedeceu. E subiu. Brenda colocou a cabeça pra fora. Para ver se tinha mais zumbis vindo para a casa, e depois fechou a porta – O que foi?
- Nada... Só estava olhando você – Respondi. Não ia conseguir olhar mais pra ela se não dissesse. A culpa iria me corroer – Brenda, eu senti quando os zumbis entraram... Mas como o... O Douggie não latiu e nem avisou de nenhum jeito, pensei que estava errado... Me desculpa – Depois disso. Pensei que ela me olharia com tanto desprezo que olha um zumbi. Ela se aproximou. Pensei até mesmo que ela me daria um soco. Um tapa. Qualquer coisa, não reagiria. Deixaria ela me bater, porque sei que mereço. Mas não... O contrario, ela me abraçou – Eu acabei de deixar seu cachorro morrer! – Acho que seria melhor se ela me batesse. Mas quando ela me abraçou, esse simples gesto de afeto e compreensão...
- Não foi sua culpa. Todos cometemos erros – Disse ela me olhando nos olhos. Aquele tipo de olhar que é tão profundo, que só Brenda consegue dar. As vezes até penso que ela consegue ver minha alma – Você ta bem?
-Sim... Eu acho.
- Ta pronto?
- Se você não vê, ainda estou com pijama.
- Então vai se arrumar... – Me arrumei, e quando voltei todos já estavam ali. Parados. Esperando. Em silencio. Mas o silencio era tão profundo, que perfurava o ar. A morte recente e precoce de Paul que atirou em sua própria cabeça, e de Douggie ainda pesava entre nós. Caterine e Logan não estavam no mesmo chamego de antes. Na verdade, Caterine estava com olheiras arroxeadas abaixo dos olhos. O que indica que chorou durante a noite. Até Tom estava diferente. Daniel estava tão quieto, que parecera nem saber falar.
- Vamos? – Perguntou Brenda.
- Claro – Mattew ainda parecia muito pálido. Brenda abriu a porta, e um vento gélido e cortante deixado pela chuva de ontem, bateu no meu rosto. Mau sai na rua e meus ossos já estavam doendo, de frio. Andamos um pouco, agora ia ser fácil. Estávamos a dois quarteirões do shopping. Andamos. Minha respiração fazia aparecer vapor a minha frente, por causa do frio.
- Que barulho é esse? – Perguntei.
- Barulho? – Disse Daniel. Todos ficaram em silencio para ouvir. Havia um piado. Um chiado. Um barulho estranho que nunca ouvi. Não eram zumbis. Não sei o que eram. Mas nada que fosse desconhecido, tanto quanto o conhecido, são seguros.
- Parecem pássaros... – Disse Caterine. Olhei pra ela. Estava certa.
- Rápido corram! – Todos nós corremos. Mas então ouvi grunhidos e meu estomago estava doendo também. Olhei pra trás tinham zumbis atrás de nós, o barulho das aves estavam mais próximos. Corremos com mais rapidez. – O que fazemos? – Ninguém responde. Olhei para os lados, estava faltando um, olhei pra trás. Daniel. Ele não estava conseguindo correr, junto com a gente. Ele corria mancando, devagar. Voltei.
- Justin! – Ouvi Brenda gritando. Não respondi. Corri até Daniel. Não ia deixar ele morrer. Daniel para mim,era com um irmão. Um irmão mais novo. Não posso deixar ele morrer. Daniel tropeçou no próprio pé. Caiu. Cheguei até ele, e atirei nos zumbis mais próximos, quando segurei o braço de Daniel, eu a vi. Uma das aves que fazia o barulho. Seus olhos estavam cinzentos como os dos zumbis. Seu pelo estava mais acinzentado. Seu bico de ponta fica estava bem vermelho.
- O que aconteceu com ela? – Sussurrou Daniel.
- Comeu carne contaminada – Segurei com mais força o braço de Daniel, e coloquei-o nas minhas costas. Corri o mais rápido que pude. Era difícil correr com ele nas costas. Meu coração batia com tanta velocidade e ferocidade que eu pensei que iria sair pela minha boca, o pânico crescia dentro de mim, a cada paço que dava sentia que eles estavam mais próximos, os zumbis corriam atrás de mim como se eu fosse o único humano da face da terra. Olhei para direita. Eu vi o shopping. Estava lá. Estávamos quase lá. Íamos chegar. Íamos conseguir. Embora pensasse nisso com muita firmeza, não tinha tanta convicção. Da última vez que achei que conseguiríamos Paul morreu.
  “Não vou deixar Daniel morrer” pensava “Brenda conta comigo. Não posso decepcioná-la. Não de novo, e os outros... Não vou morrer também!”. Ouvi um barulho extremamente alto. Não me arrisquei a olhar para trás. Mas nem precisei. Olhei pra cima um bando de no mínimo cinqüenta pássaros sobrevoando nossas cabeças.
- O que são esses pássaros? – Ouvi Mattew gritar.
- Eles – Respondi – Comeram carne contaminada!
- São perigosos? Quer dizer, se bicarem... Nos transformamos? – Perguntou James.
- Não! – Gritei em resposta – Mas talvez seja venenoso! Podemos pegar uma doença mortal! Não arisquem! - O frio deixou enrijecia todos os meus músculos. Quase não consegui continuar correndo. Estou vendo. O shopping estava quase aqui. Não ousamos nem atirar nos zumbis. Nos virar. Ver o perigo que nos encontramos. Olhei mais alem e vi Tom correndo até a porta. Sacudiu ela, e ela abriu, me arrisquei a olhar pra trás “porque eu fiz isso?!” Tinham muitos. Muitos. É como se a cena da casa se repetisse. Mas dessa vez. O garoto sobreviveu. Entrei correndo dentro do shopping. E Mattew e Tom fecharam a porta de vidro. Brenda tirou de dentro da sua mochila um cadeado dourado, ela entrou dentro de uma loja e pegou uma corrente. Depois foi até a porta, onde Matt e Tom lutavam pra conseguir manter a porta fechada e colocou a corrente em volta da fechadura e depois trancou com um cadeado. Como sairíamos daí, é outra história. Quem sabe não ficamos aqui? Tem comida. Banheiro. Água. Fui mais pra trás e dei uma olhada no lugar.
- Obrigado – Ouvi Daniel dizer.
- De nada. – Disse. Depois voltei meu olhar pro shopping. Suas paredes e seu teto eram de vidro. Todos de dentro viam os de fora. E os de fora viam os de dentro.
- Podemos comer? Eu to morrendo de fome! – Disse Tom.
- Você ta sempre morrendo de fome! – Disse Brenda, que não conseguia conter o riso. Corremos até a praça de alimentação e pegamos todo McDonald’s que conseguimos, colocamos na mochila e deixamos alguns de fora pra comer agora. Quando eu dei a primeira mordida no meu Big Mac, foi que eu percebi quanto eu estava com fome. Nunca senti tanta fome na vida. E naquele momento, em que estávamos todos reunidos, comendo, rindo pela primeira vez desde ontem, brincando, acho que aquilo foi o que mais eu pude chamar de família, em muito tempo. Terminamos de comer o lanche na praça de alimentação vazia, nossas palavras ecoavam pelo shopping quieto.
- Ta. O que querem fazer agora? – Perguntou Daniel.
- Roupas... – Disse Caterine – Não podemos continuar com essas... É sério.
- Depois é claro, de pegar toda comida que pudermos – Disse Tom. James assentiu.
- Então vamos fazer o seguinte – Disse Brenda – Logan, Caterine e Daniel arranjam roupas para nós. James e Tom...
- ESPERA! – Exclamou Logan – Você vai separar Logan e James? Como você pode ser tão cruel? Logan e James são tipo... Ying e Yang NÃO podem se separar! – Brenda e James fixaram Logan.
- Ai... Ta bom. Tom Logan e James vocês pegam comida e lógico, doces. James por favor não esquece...
- Das suas balas de minhocas? – James completou a frase sorrindo.
- Isso. Bom... Eu, Matt e Justin vamos pegar tudo que iremos precisar daqui pra frente... O.K? – Eu e Matt concordamos com a cabeça. – Vamos lá. – Brenda se levantou, e os outros também. Cada um foi para um lado. Subimos as escadas rolantes que estavam desligadas, de cima conseguia ver os zumbis se aglomerando na frente do shopping, e socando a porta de vidro que cedo ou tarde iria ceder.
- Ei – Fui até Brenda – Aqueles zumbis...
- Uma hora vão entrar – Disse Brenda, calmamente – Eu sei.
- E você não está nervosa? Quer dizer, não sabemos como vamos sair daqui. Ou sabemos?
- Eu tenho uma ideia. Loucura, mas ainda sim, uma ideia – Não fiz mais perguntas. Sabia que descobriria uma hora ou outra. Brenda parou numa loja de esportes. Ela pegou sua arma da cintura, ainda contemplando a loja, que como o resto do shopping tinha as portas de vidro, se afastou, e Matt fizemos o mesmo, ela atirou na loja o que fez com que o alarme soasse, ela atirou no alarme e ele parou. Brenda pegou uma corda. Depois de olharmos bem a loja saímos.
Continuamos andando pelo corredor, até eu ver uma loja que estava aberta e toda revirada, ou alguém roubou, ou os donos fugiram de pressa, entrei na loja e Brenda e Mattew ficaram fora. Olhei pelas muitas roupas e tênis jogados, e vi uma luzinha prata, me abaixei e vi quatro walk talks, peguei e verifiquei se ainda funcionavam, e depois sai dali também. Rodamos o shopping por no mínimo 40 minutos, e depois nos encontramos na praça de alimentação novamente:
- Pegaram tudo? – Perguntei a Daniel.
- Ah... Sim. Não sei se vocês gostaram, mas caso não gostem, dane-se vão usar assim mesmo – Sorrio pra ele.
- Beleza... Agora se vamos – Parei de falar. Ouvi os chiados dos pássaros de novo. E depois ouvi um “click”, que significava que o vidro da porta estava cedendo. – Como vamos sair daqui? – Perguntei a Brenda.
- Bom, pelo teto.
- O QUE?! – Exclamaram James e Logan juntos. Os grunhidos e chiados se aproximavam. Ouvi um estrondo que ecoou pelo shopping vazio, o que significa que o cadiado caiu, e eles entraram no shopping.
- Não a tempo. Vamos! – Brenda correu, e todos fomos atrás dela. Ela subiu as escadas até o ultimo andar. O teto era em formato de circulo, quando estávamos ali, me sentia dentro de uma redoma, Brenda foi bem próxima ao teto e atirou nele, quando se fez um buraco grande o suficiente para caber um elefante ela disse – Vem aqui Caterine. E Daniel – Eles correram até ela, ela pegou a corda e prendeu em sua ponta um gancho, rodou-o no ar, como se fosse laçar um boi, e atirou no outro prédio. Quando viu que segurou bem, ela pegou um outra corda amarrou em torno das pernas de Caterine, pegou uma terceira corda, e amarrou, numa parte da segunda corda, Caterine subiu no parapeito do telhado, amarra a terceira corda,na primeira, e Brenda a empurra. A garota desliza até o telhado do prédio vizinho, que era ligeiramente mais baixo que o shopping. Caterine joga as duas cordas para Brenda que faz o mesmo com Daniel, olho pra baixo e vejo que os zumbis estão aprendendo a subir escadas.
- Brenda – Ela não olhou pra mim, mas deu uma sacudida com a cabeça o que significava que estava ouvindo – Rápido.
- Estou tentando. – Ela amarrava Tom agora.
- Ui, ela ta me amarrando. Noite quente hoje, gata? – Tom riu, e Brenda também.
- Para de ser idiota.
- Não da, ta no meu sangue – Ela sorriu de novo. Depois que Tom devolveu as cordas ela amarrou James, e daí Logan.
- Brenda! – Os zumbis estavam num andar a baixo do nosso.
- ESTOU INDO! – Logan devolveu as cordas, e ela agarrou Mattew pelo braço.
- Ei – Disse ele – Me desculpa. Eu não...
- Ta tudo bem Matt – Respondeu ela. Ela mandou Matt a se juntar com os outros, os zumbis estavam quase aqui – Justin, rápido! Sua vez!
- Eles – Fui até ela, que começou a amarrar as cordas em mim – Vão chegar aqui antes de você sair. Não. Você vai primeiro.
- Não.
- Sim.
- Sem chance.
- Nã...
- Para de graça – Ela prendeu, a terceira corda na primeira – Vai logo.
- NÃO! EU NÃO VOU SE VOC... – Não terminei a frase. Brenda agarrou meu rosto e me deu um beijo. Não sei se estava com vontade, ou se era pra eu ficar quieto, ou se os dois. Mas depois que ela desgrudou seus lábios dos meus, antes que eu pudesse recobrar os sentidos, ela me empurrou. O vento e o ar gelados passavam pelo meu rosto como navalhas. Joguei com força as cordas para Brenda, ela as apanhou. Mas não veio de imediato. Ela amarrou as cordas na cintura, e depois foi para mais dentro do shopping, colocou alguma coisa na parede, e depois na outra, depois no corrimão da escada, depois no chão. Não sei o que era e não me importava agora.
- VEM LOGO! – Berrou Matt – ELES TÃO LOGO ALI! – Ela viu, atirou na maioria deles. Porque ela não vinha logo? A corda estava em sua mão, porque ela não vinha logo? Dava pra sair dali! Ela olhou para o que quer que seja que ela tenha colocado no chão, e continuou atirando. Atirava. Olhava para o chão. Atirava. Olhava para o chão. Atirou, e olhou pro chão, ela saiu correndo do meio do lugar, deu impulso no parapeito do teto, e diferente de nós ela passou a terceira corda por cima da primeira, e veio deslizando para nós, os zumbis correm atrás dela, mas não tiveram o senso de segurar na corda, e pularam para a morte. Caindo até baterem a cabeça no chão. Segundos depois BUM. O teto explodiu “então era isso” pensei “ela colocou explosivos no shopping”, não pude deixar de sorrir. Como ela conseguia pensar em tudo? Ser tão inteligente? Amo isso nela. Suas surpresas. Como o teto explodiu antes dela descer aqui com a gente, a outra ponta da corda caiu. Mas não pense que ela não sabia disso. Pois acho que sabia. Ela segurou a outra ponta da corda. Voou até as paredes externas deste prédio. Bateu o pé nele. E começou a escalar até o teto.
- Bela aterrissagem. – Disse Logan.
- Obrigada – Respondeu ela. Olhei surpreso para ela, e ela ergueu as sobrancelhas. Quando começamos a andar em direção as escadas para sair dali, ouvi um barulho de hélices. Um clarão pairou sobre nós.  Olhei para cima tentando distinguir alguma coisa e vi um helicóptero com um circulo azul claro com uma bolinha preta no meio. E os dizeres em branco “Corporação Vírus & Vários”.
- CORRAM! – Caterine foi a frente. Corri bem a tempo de não ser atingido por um dardo tranqüilizante. Coloquei a mão sobre a cabeça de Tom que estava a minha frente, para ele também não ser atingido por um. Olhei pra cima. Homem de preto com o símbolo da Vírus & Vários, com óculos e uma arma de dardos mirava em nós. Olhei pra trás bem a tempo de ver que Matt seria atingido. Mas então, Brenda também notou isso, e empurrou o irmão. Os dois caíram no chão. Brenda colocou as mãos no chão e se ajoelhou. Depois ela sorriu e disse:
- Você tem que tomar mais cuidado Mattinho. – Ele não teve tempo de responder, Brenda caiu sobre ele, arquejando. Com os olhos vidrados. Olhei melhor. Ela foi atingida por um dardo. O homem de preto, jogou uma corda em Brenda – Eu... – Antes de ofegante ela terminar a frase, foi puxada pela corda presa em seu tornozelo para dentro do helicóptero da Vírus e Vários.
- NÃO! – Berrei. Brenda tentava se desvelenciar da corda, e segurar a mão de um Matt em pânico, mas não conseguia. Estava presa na corda e estava sendo puxada pra dentro do helicóptero. Corri até eles, não sei de onde veio a força, mas dei impulso no chão e pulei a segurar a mão de Brenda, que já estava quase fora do meu alcance. Segurei-a – NÃO VOU DEIXAR VOCÊ! – Gritei. Ela estava com o rosto vermelho, pelo sangue que descia para sua cabeça. Senti alguém segurando meu tornozelo, para me impedir de sair voando com o helicóptero. Não sei quem era e nem olhei para ele. Segurava a mão de Brenda com as minhas duas. Não iria solta-la. Tentava puxá-la para baixo. Mas não conseguia. Suas mãos estavam escapando das minhas. Minha mão estava suada. Ela não conseguia mais segurar minhas mãos. O homem atirou de novo em Brenda com o dardo. Seus olhos vidrados começaram a ficar mais. Seu rosto que estava vermelho agora estava lívido. Sua boca estava branca, e ela ofegava. Com a respiração rápida. Um pânico subiu da minha barriga pra minha garganta, Brenda segurava com toda a força que tinha minhas mãos, mas agora, estava inconsciente. – NÃO! – Berrei. Brenda se soltara da minha mão. E fora puxada para dentro do helicóptero da Corporação Vírus & Vários, que segundos depois foi sumindo do meu campo de visão.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Capitulo 10 – A tempestade.


- Vai ser bem difícil sair daqui... – Digo.
- Porque? – Pergunta Logan – É só chuva.
- Essa “só chuva” é uma tempestade... – Disse Daniel – Vai ser difícil de eu conseguir andar com essa perna...
- Ele tem razão... – Disse Brenda – Até porque vai ser difícil a gente enxergar direito com água em nossos olhos.
- Isso não é o pior – Digo. Todos me olham – Eles odeiam chuva, trovões, relâmpagos...
- Idai? Como qualquer um que tem medo dessas coisas vão se esconder... Certo? – Disse Paul. Brenda ri.
- Você diz como se eles fossem pessoas – Diz Brenda.
- Eles são. Mas... Com problemas – Disse Paul.
- Eles não pensam racionalmente – Digo – Eles tem medo? Eles ficam com raiva. Quanto mais raiva, mais vontade de descontar em alguém. E isso quer dizer nós. Se eles sentirem cheiro humano, do nosso sangue, ou sentirem nosso calor, vão correr atrás de nós, como se o resto que sobrou de suas vidas dependesse disso. – Ninguém falou por um tempo. Depois Tom disse:
- Podemos fazer o mesmo de ontem...
- O que? A distração humana? – Pergunte incrédulo.
- Não. Sair pelos fundos.
- Não tem porta dos fundos aqui – Diz James.
- Bom então... então... AH NÃO SEI! – Disse Tom vencido.
- E se sairmos pela janela de trás – Diz Matt.
- Será que eles não estão lá?
- Talvez – Olhei pra fora de novo. Não sentia nada. Olhei atentamente e vi que o mais próximo zumbi estava a no mínimo 1.700 quilômetros daqui – Podemos sair pela porta mesmo.
- Como é?
- É... Não tem zumbis por perto. Saímos com cuidado... Agora o que temos que saber é onde vamos.
- Eu conheço aqui – Disse Paul – Tem uma casa a dois quarteirões do shopping, uma casa vermelha com branca. Inconfundível.
- Certo. Saímos todos juntos e com cuidado pra lá.
- Podemos comer primeiro? – Perguntou Tom.
- Claro – Disse Matt. Vamos até a cozinha e pegamos algumas bolachas que tinha no armário. Tomamos Nescau. Matt colocou Douggie em sua jaqueta como ontem. E depois saímos. Estávamos mais quietos do que de costume. Na verdade estava tudo mais quieto do que de costume. Isso não era bom.
- Fiquem atentos – Sussurrei. Paul estava nos guiando. A água gelada da chuva levada pelo vento,batia com feroz velocidade em meu rosto. Cada partícula do meu corpo estava molhada. Até meus ossos doíam com o frio. Andamos com muito cuidado. Os zumbis não estavam aqui. Continuamos andando por mais 30 minutos e nada aconteceu. Comecei a ficar inquieto. O que estava acontecendo? Estava tudo parado. Quieto demais. Andamos por mais 20 minutos. Meu estomago revirou. Me deu uma anciã de vomito. Desejei não ter comido hoje de manha.
- O que será que... – Brenda me olhou – Justin, o que aconteceu? Está pálido.
- Não parem – Disse empurrando Daniel que andava mancando. Sua perna estava melhorando, mas ainda não estava completamente curado – Eles estão aqui.
Começamos a andar com mais rapidez. Meu estomago piorou. Comecei a tremer. Mas não parei. Continuamos andar. Não consegui continuar. Cai de joelhos. Pingando suor.
- Justin, - Brenda se agachou e passou a mão pelas minhas costas. Pegou meu braço e me ajudou a levantar.
- Tem muitos deles aqui. Não consigo dizer quantos... Mas tem muitos...
- Vamos corram – Brenda segurou meu braço com mais força e começamos a correr. Paul que estava na frente parou abruptamente o que fez James colidir com ele, e depois dele Logan. Brenda e eu andamos para ver porque havíamos parado. E lá estava. A rua estava barrada. Por zumbis – Vamos dar a volta – Sussurrou Brenda. Os zumbis estavam ocupados com alguma coisa. Pensei ter visto 4 cachorros caídos. Mortos, no meio deles. Isso me fez lembrar de Douggie. Me deu uma pontada no estomago. Andamos para a outra rua. Estava cercada. Para a outra. Cercada. A outra e depois a outra. Todas cercadas. – O que fazemos? – Sussurrou Brenda tão baixo que quase nem eu consegui ouvir.
- Vamos explodir eles. – Sussurro para ela.
- Já tivemos uma experiência com explosões – Sussurrou ela ainda mais baixo – E não deu muito certo.
- Não temos escolha – Ela não responde de imediato. Então pego algumas bombas da mochila dos outros e digo – Quando a bomba explodir, os outros vão ir pra origem do barulho e nós estaremos aqui. Então cuidado. Coloquem silenciadores nas armas, porque quando entrarmos na casa, não queremos fazer barulho. – Eles concordaram com a cabeça, todos muito brancos. Não achei que estivesse diferente deles. Tinham muitos aqui. Não conseguia contar quantos. Nunca vi tanto zumbis assim. Mas pensando bem, aqui é o centro da Califórnia. Obviamente teria mais pessoas. Logan, James e Daniel foram pela direita. Paul, Caterine e Tom foram para esquerda e Eu, Brenda e Mattew fomos para o centro. Segundos depois ouvi explosões vindas da direita e depois vindo da esquerda, os zumbis olharam para nós e Matt atirou a nossa, quase todos os zumbis explodiram juntos com a bomba. Mas então ouvi um grito:
- CORRAM!
- NÃO VOU DEIXAR VOCÊ AQUI! – Paul, Caterine e Tom estavam correndo para nossa direção. Agora conseguia contar. Conseguia sentir. 50 zumbis vinham logo atrás deles. A chuva começava a obter mais força. Todos nós atirávamos neles. Paul, estava ficando para trás, acho que estava mais preocupado em atirar e proteger a irmã do que salvar a própria vida. Caterine e Tom estavam quase no meu lado. As balas de Paul acabaram. Ele jogou a arma no chão e pegou outra que estava em sua cintura. Atirava e atirava como nós. Paul estava quase chegando. A chuva estava mais intensa. Paul olhou pra trás, um grande erro, atirou neles, mas ele escorregou e caiu no chão.
- PAUL – Gritei me aproximando. Os outros se aproximavam também. Caterine voltara a ficar branca, mas atirava com mais ferocidade, Daniel voltara e tremer – PAUL! AGUENTA FIRME CARA! – Tinham ainda 20 zumbis rodeando Paul. Íamos conseguir. Íamos conseguir. Paul escorrega. Atirei errado pelo nervosismo. O tiro pegou na perna de um zumbi, Paul tentou levantar, mas a estrada estava muito escorregadia, quando ele finalmente conseguiu se levantar o zumbi caído no chão segurou sua perna o derrubou novamente. Ele prendera Paul no chão – NÃO! – Atirava, nos zumbi, mas não conseguia livra-lo. – PAUL! AGUENTA! – Todos atiravam com muito vontade, íamos conseguir! Estava certo disso! Vamos conseguir! Mas – NÃO! – morderam Paul – PAUL! – e de novo, e mais uma vez depois disso. Caterine que na morte do irmão Marcos gritava muito, agora perdera a fala, chorava baixinho, caíra de joelhos, Paul foi mordido mais uma vez e mais uma vez. Ele soltou um grito brutal, e disse:
- CATERINE! DANIEL! EU... EU AMO VOCÊS!                                
- PAUL! NÃO DESISTE! – Disse Daniel no meio do desespero que imanava de seu corpo. Paul pegou sua arma.
- PAUL NÃO FAZ ISSO! – Gritei, ele destravou a arma – VAMOS TER OUTRA OPÇÃO! NÃO! NÃO! – Click. Paul atirou. Ele atirou em sua própria cabeça. Todos os meus músculos enrijeceram. Não conseguia me mexer. Olhei pra Brenda, que estava com o rosto vermelho. Mattew, olhava os zumbis atacarem o corpo morto de Paul. Caterine chorava abraçada com Daniel. Logan e James também não conseguiam falar nada. Tom estava boquiaberto.
- Vão – Disse Brenda – A casa ta aqui subam – Olhei pra trás, estávamos na frente de uma casa grande vermelha e branca. Chegamos. Chegamos tão perto. E Paul morreu. Um assomo de raiva subiu pela minha garganta e queimou na minha boca – Logan, James levem Caterine e Daniel pra cima. Vai você também Tom – Eles começaram a andar – Justin leva o Mattew, daqui eu consigo sozinha – Antes que eu pudesse responder Mattew disse:
- Não.
- Vai logo Mattew. Isso – Disse ela virando-se pra ele. Estava com o rosto muito vermelho – Não foi um pedido Mattew. Eu to mandando. Sobe logo.
- Não! – Disse ele com a voz mais firme. Os outros pararam de andar, quando estavam subindo a escada – Não sou mais nenhuma criança pra você ter que ficar mandando em mim.
- Não é criança? – Disse ela atirando nos zumbis – Pois parece. Zumbis a nossa frente e vocês discutindo comigo.
- Brenda, eu não sei se você sabe, mas EU já sou bem crescidinho pra saber o que eu posso ou não fazer. VOCÊ não tem ideia do que eu passei pra chegar até aqui.
- Eu? – Pela primeira vez ela se virou e encarou Mattew – Eu não tenho ideia do que você passou pra chegar aqui? Você Mattew, Você não tem ideia do que eu passei.
- Aposto que não foi pior do que eu – Disse ele com voz debochada.
-Bom vamos testa. – Ela voltou-se furiosa para os zumbis e começou a atirar neles – Você tem ideia do que é sair pra fazer compras. Comprar comida para sobrevivermos e quando volto percebo que minha casa foi tomada por zumbis? – Mattew não respondeu – Ou pior – Seus olhos começaram a encher de lágrimas – Sabe o que é chegar em casa e ver que sua mãe – Sua voz tremeu. Não consegui fazer nada se não ficar parado. Nunca ouvi Brenda falando da morte dos pais – Foi transformada em zumbi? E você não tem corajem de mata-la, mas tem que fazer isso porque se não você morre? – A cor do rosto de Mattew foi sumindo – E você - Brenda não conseguia mais conter as lágrimas – tem que olhar nos olhos. Naqueles olhos castanhos que sempre te deram amor, carinho e afeto e ter que atirar na testa dela? Ou olhar nos olhos verdes de seu pai – O que sobrou da cor no rosto de Mattew sumiu – Aquela pessoa que foi seu herói a vida toda e BAM, ter que atirar nele também?
- Eu... Eu não – Gaguejou Mattew.
- Ou tentar proteger a família do seu melhor amigo, que por acaso não estava – Me senti meio tremulo. Sabia que ela estava falando dos meus pais – E sair com eles para nos mudar de uma casa pra outra e ver que a mãe dele foi mordida. E a mordida foi muito profunda e ela se transformou com rapidez. E depois ela morde o pai dele, e você não tem corajem de atirar neles, porque depois da minha própria, eles foram os únicos que eu pude realmente chamar de familia! – As grossas gotas de lágrimas que saiam de seus olhos se misturaram com a água da chuva. Um trovão fez com que a cidade tremesse. Brenda se virou para os zumbis que chegavam lentamente e atirou neles com exceção de fúria – Mas você tem que fazer isso! Você tem! – Brenda fungou. E se virou para Mattew – Ou aquela sensação de completa solidão, e você tem que correr para um lugar onde você acha que tem alguém que você conheçe, e você corre para a casa do seu amigo – Ela se vira para Logan, e olha dele para James - e fica ao mesmo tempo feliz por ele estar lá, de saber que eles estão vivos. Feliz de saber que você ainda tem com quem contar. Mas ao mesmo tempo triste porque não sabe se você vai decepciona-los, ou se a qualquer momento ele vai morrer! – Ela começou a chorar com mais vontade – Mas você não sabe como é não é? E nada! Nenhuma dessas sensações se compara com a de abandono – Ela fixou Mattew nos olhos, ele estava tão branco que pensei que ia desmaiar – Você... Me abandonou Matt! Eu te amava tanto e você me abandonou – Por um momento pensei que ela fosse atirar em Mattew, mas não. Ao contrario. Ela se virou para os zumbis que agora eram poucos. Só tinham cinco até então. Ela atirou em um. Depois chutou o outro na perna este caiu, depois ela ajoelhou segurou a cabeça dele por trás e bateu contra o chão, sai sangue da cabeça dele, continuou a bater a cabeça dele no chão, até o zumbi parar de se mover. Morto. Depois ela atirou na perna de um, quando ele caiu no chão ela tirou uma faca da cintura e cortou a cabeça dele. Quando percebeu que os zumis acabaram, ficou ajoelhada no chão, soluçando e fungando. Nunca a vi desse jeito. – Eu pensei que você tivesse morrido. Pensei que Douggie tivesse morrido. Vocês me deixaram – Ela pegou a faca, e enfiou dentro do olho do zumbi sem cabeça. Depois levantou – Eu me senti com raiva. De ter perdido as únicas pessoas que eu realmente amava no mundo, mortas por zumbis. Ou por causa da Vírus e Vários. A solidão não é nada comparado a raiva. Deles. – Ela guardou a faca – Minha vida foi destruída por causa disso. – Ela apontou pros zumbis caídos no chão – Eae? Sua vida foi pior? Seus dias foram piores? – Mattew não respondeu. Acho que perdeu a habilidade de falar. Todos perdemos. Olhei ligeiramente para trás e vi que Tom, Logan, Caterine, Daniel e James estavam parados na escada da casa olhando. Todos ficamos em silencio. O único barulho era os da chuva– Vamos para dentro. Vocês vão ficar doentes.
Subimos e começamos a andar pela casa. Mattew não disse nada. Só sentou no sofá e tirou Douggie, guardado em sua mochila. Douggie se balançou, lambeu a pata que estava com um curativo, deu uma segundo balançada dos pelos e começou a correr alegre pela casa. É incrível não? O mundo acabando lá fora. Mas Douggie... Um cachorrinho, sempre tem um pouco de amor dentro dele. Acho que Douggie é o único puro. O único ser vivo, que ama, e não liga para a tristeza dos donos. Porque assim que se aproximava sempre tirava um sorriso da pessoa. Brenda subiu para tomar banho no andar de cima, os outros estavam sentados ao redor da mesa. Eu senti no sofá e fiquei pensando.
“Depois que fui capturado Brenda teve que matar os pais. Pensou que o irmão e o cachorro estavam mortos. Foi para minha casa e protegeu meus pais. Esperou por mim. Saiu com eles para comprar comida e trocar de casa, mas eles foram mordidos e ele teve que mata-los também. Foi para casa de Logan e ficou com ele e James. Muita coisa aconteceu. Eu sempre pensei que ela estava bem. Que estava legal. Mas tem muita coisa passando atrás de seus sorrisos, que são seus sentimentos e pensamentos. Como ela suporta? Eu não suportaria”.
Na hora que fomos dormir, a casa era grande o suficiente para todos nós. Agora que nosso grupo estava reduzindo. Douggie ficou em baixo. Na sala. E nós subimos as escadas e fomos cada um para um lado. Foi difícil dormir esta noite. Tive a impressão de ficar muitas horas acordado, mas por fim consegui pegar no sono. Mas no dia seguinte acordei, com uma volta no estomago. “Os zumbis invadiram a casa”.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Capitulo 9 – Distração humana.


Depois de acordar todos, ficamos em silencio.
- Como vocês sair daqui? – Perguntou Caterine. Abri de novo a fresta na cortina, e fiquei olhando pra rua apinhada de zumbis.
- O que vocês pegaram na cadeia? – Perguntou Matt.
- Hm... Nada que seja útil pra isso – Disse James olhando todas as mochilas. – Alguma ideia? – Ninguém respondeu. Mas o silencio foi quebrado quando Brenda disse:
- Vamos fazer uma distração.
- Sem chance. Não podemos fazer barulho, com bombas ou coisa assim... – Disse Daniel.
- Não disse nada sobre bombas – Disse Brenda. Olhei pra ela, ela não pode realmente estar pensando no que eu acho que esta – Vamos fazer uma distração humana.
- O QUE?! NÃO! – Me levantei de um salto, era o que eu temia.
- O que é uma distração humana? – Pergunta Paul.
- Algum de nós – Explica Matt – Sai lá fora. Faz barulho. E distrai eles.
- O QUE?! – Disse Tom – Não rola, eu não vou lá...
- Não disse nada sobre você. – Interrompeu - Eu vou – Fixei Brenda nos olhos. E quando ela me devolveu o olhar, percebi que nada a falasse iria mudar sua ideia.
- Eu vou com você – Disse Matt.
- E eu também. – Falei.
- Você não vai Justin.
- Você não manda em mim – Disse a ela.
- Ta bom. Mas não faz nenhuma idiotice
- Isso que a gente vai fazer já é idiotice... – Ela concordou com a cabeça e começou a rir.
- O lance é o seguinte – Disse Brenda, ela olhou pra cozinha onde tinha uma porta e continuou – Quando nós sairmos, vocês vão sair por aquela porta – Ela apontou para a porta da cozinha – Corram. Mas cuidado! – Olhei no relógio. Agora é quase 12:00.
- Como vamos fazer pra sair daqui? E pra onde vamos?
- Tem uma casa amarela a três quadras daqui – Disse Caterine – Ela é grande... Podíamos ir pra lá.
- Legal... Vai ser lá então – Disse Brenda – O plano é o seguinte: Vamos sair atirando por ali – Ela apontou para porta da frente – Pegamos um carro, e despistamos eles. Depois corremos pra casa amarela... Depois a gente vê o que faz...
- O.K – Disse Matt. Foi se agachou e pegou Douggie que pulava alegre, na perna de Caterine. Ele colocou Douggie numa mochilinha preta, pegou uma jaqueta, e colocou, depois colocou a mochilinha preta em que Douggie estava em sua jaqueta e fechou a. Deixando assim o cachorro bem protegido perto dele. – Quando eu contar até três... UM... – Eles correram pra cozinha – DOIS – Eles colocaram a mão na maçaneta – TRÊS – Matt e Brenda correram pra porta, e saíram pra rua, e eu atrás deles:
- HEEEY!! ZUMBIIS!! SEUS IDIOTAS! VENHAM! CORRAM! VENHAM ATRAS DE MIM! – Brenda atirava. Vários zumbis começaram a correr atrás de nós. Atirei em vários deles e comecei a correr atrás deles, Brenda esta com sua costumeira feição de poder, com seu rosto vermelho, sempre que matava um zumbi. Seu rosto cheio de raiva. Mattew também tinha um rosto vermelho, mas não dava aquela sensação de raiva. Alguma coisa aconteceu com ela. Não sei o que.
Tinham três zumbis vindo na minha direção, e Matt se virou pra mim e apontou a arma, mas não foi necessário. Chutei a cara de um deles, e depois quebrei seu pescoço com um movimento de mão, e depois atirei na cabeça dos outros dois.
- Essa foi boa – Disse Matt sorrindo pra mim.
- Valeu... – Disse eu voltando a corrida.
- Como fez isso? – Perguntou Matt correndo ao meu lado.
- A Corporação me deu o A Cura 2. Fez efeito.
- CARACA! – Gritou ele – Desculpe – Disse ao ver a cara feia que Brenda lhe mandou – Como você se sente?
- Sinto todos os zumbis – Atirei na cara de um que vinha atrás de mim, sem olhar pra ele – onde estiverem... Sei onde todos – Atirei em um que estava a centímetros da orelha de Matt – Estão.
- Mineiríssimo.
- Só que não. – Disse eu rindo para ele. Atirei nos zumbis que estavam muito perto de Brenda. Ela correu a nossa frente, e quebrou a janela de um carro, e entrou nele – QUE ESTÁ FAZENDO?!
- Ligação direta... Não tem outra...
- ANDA LOGO COM ISSO – Gritou Matt interrompendo ela. Ele foi até a janela – TEM TIPO UNS... 30
- 50 – Corrigi.
- CINQUENT... ANDA! RÁPIDO!
- FALA ISSO PRA DROGA DO CARRO! – Gritou Brenda de volta.
- TA FOI MAU! – Disse Matt, ele se virou e começou a atirar, virei de costas para o carro e comecei a atirar também. Estavam chegando muitos... Não vai dar, pra nós dois segurarmos, corri até Brenda e disse:
- Se você for mais rápido, vai ser muito bom.
- To tentando, vai... Por Favor... Não me deixe na mão agora...
- O que? – Perguntei.
- To falando com o carro – Ela segurou os dois fios e começou a encostar um no outro – por favor... Vamos... Vamos... VAMOS! – Vruuuum! O carro pegou – ISSO! ENTRE JUSTIN! RÁPIDO! – Dei a volta no carro e abri a porta do passageiro, depois Matt entrou no banco de trás. Ela começou a dirigir, e cada vez mais rápido – MATT! MATT OLHA ISSO! – Ela apontou pra direção em que os zumbis vinham.
- Isso ta parecendo... – Começou ele.
- ZUMBIS ATACK! – Gritei. Começamos a rir. Zumbis Atack é um vídeo game, em que eu, Mattew e Brenda éramos viciados quando mais novos. Era o vídeo game mais legal que já joguei... Mas agora que aquilo era real... – Ei... Olhem, olhem! – Do outro lado da rua, Logan, James, Tom e os irmãos Myes estavam correndo, mas estavam sendo seguidos – Que vamos fazer?
- Se segurem – Brenda acelerou, e atropelou todos os zumbis, mas não adiantou, mais zumbis iam na direção deles – CORRAM! – Gritou ela para os outros, e eles correram – O que nós vamos fazer?
- Ligue o alarme – Disse. Ela ligou – Vamos chamar mais atenção. Vai pro outro lado!
- E como voltaremos pra cá? – Perguntou ela.
- A pé... – Disse Matt. Brenda fez uma curva, atropelou vários zumbis. A sirene ainda ligada, todos os zumbis vinham em nossa direção. Os que estavam atrás dos nossos amigos agora estavam na nossa cola. Brenda olhou pra trás e deu ré. Atropelou os zumbis que estavam atrás de nós, passei a mão pelo meu corpo, eu ainda tinha uma bomba comigo, liguei ela com o isqueiro do carro e atirei pra trás. Péssima decisão. A bomba explodiu, os zumbis as nossas costas explodiram, mas um pouco do fogo pegou no tanque de gasolina do nosso carro. Ele foi arremeçado para longe. Ouvi os gritos de Mattew e Brenda, o carro girou no ar, não conseguia ver nada, o ar que tinha nos meus pulmões sumiram, minha visão estava conturbada, senti minha cabeça bater com força no chão, o carro capotou. Não ouvi nada. Nenhum barulho. A não ser o fogo atrás de nós crepitando. Se não sairmos rápido dali, o carro todo vai explodir com a gente dentro.
- Brenda? – Sussurrei.
- Eu to bem – Respondeu. Estava com uma voz pastosa, como se tivesse alguma coisa em sua boca. – Matt?
- Eu to legal. – Eu tentei abrir a porta, mas ela tava emperrada. O sangue descia na minha cabeça. Tinha uma veia latejante na minha testa. Minha mão tava toda machucada, eu me virei, minhas costas estavam doendo, e chutei a porta, ela quebrou. Rastejei pra fora do carro. Estava tudo muito quieto. Não tinham zumbis aqui. Ajudei Mattew e Brenda a saírem também. Começamos a andar, apesar de estamos doloridos de mais pra isso. A cabeça de Brenda sangrava, e esse sangue descia pra boca, era isso que fazia sua voz pastosa. Matt,estava com o pescoço sangrando, e suas pernas também. BUUM. O carro explodiu. Essa pressão nos fez voar pro outro lado da rua.
- AH... Droga! – Coloquei a mão na testa, que doía mais agora. Ajudei Matt a levantar – Venham... Vamos - Andamos o mais rápido possível. Chegamos numa casa grande, e amarela gritante. Mattew girou a maçaneta, mas a porta não abriu. Eu bati nela e disse:
- Abram... Somos nós – Eles abriram.
- Já estava começando a ficar preocupado... Ouvimos explosões... – Disse James – Meu Deus! Estão todos horrível...
- Obrigada – Disse Brenda.
- O que aconteceu com vocês?! – Continuou James.
- Explodimos – Sentei no sofá marrom claro que tinha no meio da sala, coloquei a mão na testa, e deitei. Matt e Brenda,sentaram no sofá também. Mattew tirou uma mochilinha preta de dentro da jaqueta preta, e abriu.
- Hey garoto – Pegou Douggie, e colocou ele em cima do sofá – Você ta legal?- Ele passou a mão por Douggie, que choramingo quando o dono encostou em sua pata. Matt, olhou mais de perto e disse – Brenda... Acho que a pata dele ta quebrada...Você consegue...
- Claro – Ela foi até ele, olhou e disse – Você deve ter caído em cima dele, não?
- É... Sim.
- Lógico... Ele não esta com a pata quebrada, só machucada, espere – Ela foi até onde Logan colocou as mochilas e trouxe seu kit primeiro socorros, e injetou uma injeção em Douggie, segundos depois o cachorro parou de se mexer, e ela começou a mexer em sua pata – Ele só está dormindo... É pra não mexer a pata enquanto eu arrumo – Disse ela a Matt. Alguns minutos se passaram e Brenda começou a cuidar dos ferimentos do irmão – Acho melhor – Disse ela, sem tirar os olhos do sangue que tirava no ombro de Matt – Vocês irem dormir. Um pouco.
- Esta bem – Disse Daniel – Tem um pouco de comida na geladeira...
- Obrigado Daniel – Respondi. Enquanto Brenda cuidava da perna de Matt ele adormeceu. Fui até a cozinha, tudo isso me deixou completamente sem fome. Mas peguei um pouco de água. Sentei no sofá.
- Quer? – Ofereci.
- Ah... Não obrigada – Me respondeu Brenda - Lindo não é? Quando esta dormindo. – Disse ela sorrindo pra mim. Eu sorri pra ela. Ela se levantou e deitou Matt no sofá. Depois foi na minha direção, e começou a limpar minha testa, enquanto a sua também sangrava.
- Sabe, você devia cuidar de você.
- Depois que eu cuidar de você. – Ela olhou pra mim – Justin, você é... Muito importante pra mim. E eu não quero te perder – Ela olhou nos meus olhos, com aquele olhar intenso – Muito menos pra um deles. Lembra de Marcos? Foi horrível. Quer dizer, tudo aquilo me lembrou a mim. E meus pais – Seus olhos encheram de lagrimas. Mas ela começou a piscar, e as lágrimas começaram a sumir – Não vou deixar ninguém te tirar de mim.
Não tinha ninguém ali. Não ia perder minha oportunidade. Agora que ela disse que gostava de mim. Não sei se é o certo. Mas... Dane-se o certo. Passei a mão pelo seu rosto, olhei seus olhos e depois a beijei. Um beijo suave. Mas, intenso. O calor que imanava de seu corpo, passou para o meu. Cheguei mais perto. Senti seu coração, batendo muito rápido, diferente do meu que parecia ter parado de bater. Todas as preocupações sumirão da minha cabeça, naquele momento era só eu e ela. Ela passou a mão pelo meu cabelo, e chegou mais perto, era como se fossemos um só, ela deixou a pinça do kit primeiro socorros, cair e colocou a outra mão no meu cabelo, coloquei a mão em sua cintura, e puxei-a pra cima de mim, e beijei seu pescoço, sua respiração estava ofegante, deita-a no sofá sem tirar meus lábios dos seus. “ROOM”, um ronco particularmente alto de Matt, fez com que nos separássemos. Sentei. E ela também. Olhei-a:
- Sua testa está sangrando – Passei a mão pela testa dela.
- A sua também – Disse ela ofegante.
- Eu não vou conseguir mais... Ficar longe de você – Ouve um silencio seguido pelas minhas palavras e depois ela disse:
- Nem eu. Mas, não podemos ficar com isso Justin. Não vou suportar te perder. Todos que chegam perto de mim... Morrem.
- Não só de você. Brenda,estamos todos juntos nisso. Todos juntos contra isso – Apontei pra fora – Qual o problema?
- É que... Eu te amo Justin.
- Isso é um problema? Pra mim é uma solução... Eu também te amo – Agora meu coração voltou ao normal, e disparou, minha barriga deu um nó.
- É problema, porque eu não quero te decepcionar. E você ainda me ama? Depois que eu te contei que eu... – Seus olhos encheram de lágrimas novamente – Que eu... Tive... Matei seus pais?
- Você não teve escolha... Eu faria o mesmo – O que era verdade. Era um pensamento horrível ter pedidos meus pais. Entendo porque ela sente tanta raiva dos zumbis... Perdeu todos os parentes e pessoas do quais amava pra eles... Mas ela não teve escolha. Ela piscou de novo, e fez com que suas lágrimas sumissem. Ela me abraçou, e depois se abaixou para o kit, pegou uma pinça e começou a tirar estilhaços e vidros e metais do carro do corte que tinha na minha testa, e depois colocou um curativo na minha cabeça. Depois pegou um espelho, que tinha em cima de uma mesinha central e olhou pra mim.
- Você é um cara incrível.
- Eu sei – Disse fazendo-a rir. Ela voltou seu olhar pro espelho e começou a limpar o sangue que nela tinha. Rapidamente a noite cairá do lado de fora. Já era 5:00 quando chegamos na casa amarela. Agora é 9:30 – O que acontece agora?
- Sobre?
- Amanha... – Não conseguia ver seu rosto. Não deixávamos a luz acesa durante a noite. Para não atrai atenção. Então tudo que eu distinguia, era o pouco que a luz da lua que passava pela janela, iluminava – Como vamos sair daqui?
- Bom... Não sei. Não sei o que vai acontecer amanha. Geralmente eu faço as coisas no improviso.
- E dão sempre certo?
- Bom... Não sempre – Consigo ver seu sorriso – Mas geralmente... Costumam funcionar. – Ficamos em silencio. E depois digo:
- Douggie vai ficar bem?
- Sim... É claro. Era só um machucado ele vai ficar legal. – Ficamos em silencio de novo – Acho melhor... Você dormir um pouco, Justin... Amanha é um longo dia.
- Tem razão... – Me deito no sofá. O sofá mais confortável do mundo.– Boa Noite.
- Boa Noite – Mau fecho os olhos, e já caio no sono.
TRUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUM.  Acordo assustado. Como Matt que cai do sofá, e bate a cabeça da mesinha de centro:
- DROGA! AI! QUEM COLOCOU ISSO AQUI?! – Berra ele. Ele se levanta e senta com a mão na testa e piscando, pra visão voltar ao foco. Os outros descem correndo também assustados:
- O QUE FOI?! QUE BARULHO FOI ESSE?! – Pergunta Paul. Não respondo.
- O idiota do Mattew caiu – Disse Brenda não conseguindo conter o riso.
Ouço barulhos. Mas não são zumbis. Me levanto cambaleando. E olho cuidadosamente pra fora da janela. Está chovendo. Não uma chuva qualquer... Uma tempestade.