segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Capitulo 13 – Jason tem um irmão


Não sinto minhas pernas direito. Com muita dificuldade abro meus olhos. Minha visão esta duplicada. Olho pra cima e vejo Justin com uma expressão brutal no rosto. Ele atirava com tanta freqüência que precisava colocar balas a todo momento. Ele atirava em Jou, que estava fugindo com seu carro, deixando Jason para trás. Justin atirou na perna de Jou fazendo o deixar um rastro de sangue pelo chão. Justin atirou em Jason, mas não acertou.
   Eu me estiquei meu braço e alcancei minha arma. Me sentei com velocidade e atirei no ombro de Jason, o que o fez cambalear pra trás.
- ESSA FOI POR VOCÊ TER ACABADO COM A MINHA VIDA! – Gritei pra ele. Justin olhou pra mim, com surpresa no rosto.
- Megan?
- ESSA – Atirei no outro ombro de Jason, fazendo ele cambalear mais um pouco. Comecei a andar mais rapidamente até ele com a arma apontada – FOI PELO MEU PAI! E ESSA – Atirei em seu peito – FOI PELO TED!
Jason caiu no chão. Arquejando. Cuspindo sangue, mas mesmo assim. Mesmo quando chegou no fim ele ainda deu uma grande gargalhada e disse com voz debochada:
- Eu... Não me arrependo... De nada. Garotinha... – Ele sorriu, e depois de cuspir mais um pouco de sangue, parou de respirar e de se mexer, seus olhos perderam a cor, e Jason Flint morreu. Ofegante eu joguei minha arma no abismo. E olhei para meu peito. Vi a bala de Jou, presa na roupa dos militares. Peguei ela e olhei.
- É uma bala comum... Acho que eles perderam, aquela antiga. Teria me matado. Mas essa foi...
- Parada pela roupa, preta. – Justin pegou a bala da minha mão, e jogou ela no chão. Depois me abraçou – Pensei que eu tinha te perdido.
- Não vai me perder assim não fácil – Eu sorrio pra ele. E depois o beijo.
- É melhor a gente sair daqui. – Ele pega meu pulso e me leva pra carro – Antes que alguém apareça.
O carro começa a andar, e nós não falamos por um tempo. Antes de sair de Washington, vamos na floricultura deixar o pen drive do presidente. “O pacote está entregue” Ele me olha. E depois diz:
- Obrigado – Olho pra ele, olho pra floricultura. E vejo que ele não esta usando o uniforme da floricultura. Justin olha em volta, sei que esta procurando câmeras de segurança. Mas, como eu previa não tem nenhuma. Lembro do que o presidente disse “Ele vai responder “Em boas mãos” Se ele não falar isso, é porque é um deles. Entenderam?”. Mas na hora que eu noto isso, já é tarde demais. Ele pega sua arma, e começa a atirar, eu e Justin ficamos escondidos atrás de algumas flores. Quando vejo que já acabaram suas balas me aproximo. Dou um soco dele, e depois quando vou dar outro ele segura meu pulso. Justin chuta o rosto dele, o que faz fez cair. Ele coloca o pé no pescoço no homem, fazendo ficar púrpura.
- Pra que você trabalha? – Ele não falou nada. – PRA QUEM VOCÊ TRABALHA?! – Justin gritou agora muito impaciente.  
- Eu não trabalho pra ninguém. Ninguém mando em mim – Disse ele com dificuldade.
- Não mente pra mim! – Justin pisou mais forte na garganta dele. Fazendo o passar de púrpura a vermelho tomate.
- Eu só  to aqui pra vingar a minha família!
- O que? Que droga eu fiz pra sua família?
- Jason Flint? Era meu irmão – Agora que eu olhei com mais atenção pra ele. Percebi a semelhança. Ele tinha a mesma cabeleira, e os mesmos olhos castanhos que o irmão. – Foi ela não foi? Foi ela que... matou ele.
- Como você soube disso? Aconteceu...
- EU! Eu mandei Jason atrás de vocês! Se vocês entregassem ele, eu me ferro junto.
- Sinto muito – Justin riu – Mas já era. – Ele tirou o pé da garganta do homem, que sentou e passou a mão na garganta. O dono do lugar chegou. Olhou a cena toda mas não disse nada.
- O pacote foi entregue – disse em tom de duvida.
- Em boas mãos – disse o dono sorrindo. Tirei a caixinha preta de dentro da mochila, e entreguei a ele.
Voltei pro carro. Sinto uma dor no meu tórax. Abaixo um pouco o colarinho da blusa e vejo uma marca de tiro nele. Jou deixou uma marca em mim. Me sinto tão livre e alegre agora. Até o dia parece estar melhor. Em uma hora chegamos de volta ao aeroporto. Pegamos um avião e voltamos pra casa.Vamos para casa de Justin, que não esta mais destruída, sem buracos de bala, sem corpos mutilados no chão. Apenas aquela incrível casa, que agora pertencia a um garoto livre.
- O que você vai fazer agora? – Pergunto a Justin.
- Como assim?
- Agora que, ninguém sabe seu nome. Nem o que você fez. Não sabem seu rosto, nem nada. Você pode começar uma vida nova. Sem roubos, nem mafiosos atrás de você e...
- Como assim? Megan você limpou minha ficha. Sim, eu posso começar uma vida nova. Uma vida em que eu posso andar por ai, sem desfarçe só o meu rosto, e ninguém da policia vai descobrir quem eu sou. Eu não vou começar a servir a lei. Não vou mudar...
- Espero que não. Gosto muito de você assim como é...
- Ainda bem. – Ele sorriu – Gosto de você aqui comigo Megg... Gosto do fato de você estar ao meu lado, porque você me faz feliz...
- Eu sou feliz ao seu lado Justin – Beijo ele suavemente. Justin me deita na cama, e eu tiro sua camiseta. Passamos a noite juntos. No inicio da manha eu ligo a televisão, coloco no jornal. E vejo com certeza uma noticia surpreendente :
“Foi preso hoje o mafioso, Jou Gregorovich, tentando fugir do pais. Jou estava sangrando e foi no hospital, onde foi reconhecido pela enfermeira que o atendia. Também foram descobertos mortos próximo ao Quartel General Militar, os mafiosos Grogger, Trash e o chefão da máfia, Jason Flint. Não se sabe como eles morreram. Mas isso já é verificado. Foi preso também hoje o irmão de  Flint. Kendall Flint. Mais informações sobre, amanha” Desliguei a TV.
É agora acabou. Não tenho que ficar fugindo. Não tenho que ficar me escondendo. Agora eu estou segura. Agora eu me sinto segura. Não porque eles morreram ou foram presos. Mas porque eu to com o Justin. Quando estou com ele eu me sinto segura. Deve ser sua presença. Ao meu lado. Me protegendo. Não sei o que vai acontecer daqui pra frente, mas não ligo. Não estou nem ai. Não tenho certeza do que eu sei. E não sei do que tenho certeza. Só o que eu sei é que eu estou aqui. Com ele. É... Ele é um procurado. Mas idai? A vida fora da lei é mais emocionante. E agora pelo o que eu saiba. Eu também sou, não é? E não faz a mínima diferença pra mim o que ele é. A única coisa certa é que eu vou continuar ao lado dele não importa o que aconteça. E contanto que fiquemos juntos tudo vai ficar bem. A única coisa certa. É que a garotinha de pai morto. E que antes trabalhava no FBI, agora esta apaixonada pelo procurado.


O Procurado. 

Um comentário: