domingo, 6 de janeiro de 2013

Capitulo 7 – O Aeroporto.


- Garotos!
- Hm... Sim, senhor... A algum problema? – Diz Justin. Parando e se virando pro segurança.
- Posso ver suas identidades?
- Hm... Claro – Justin da sua identidade de “Jason McCan” pra ele e eu dou a minha “Caroline Donadoll”. O segurança olha nossas identidades e olha nossos rostos e volta seu olhar de novo pra identidade. Penso que estamos completamente perdidos quando um policial aparece.
- Algum problema aqui senhor segurança?
- Ah não Sr... – Ele olhou pro crachá que estava no peito do policial e depois disse – Brenan... Eu só pensei ter... Reconhecido esses garotos de algum lugar...
- Eu nunca os vi na vida. Acho que foi apenas um engano. Por favor, não oportune mais o dia desses meninos...
- Ah... Sim senhor... Ah... Vou voltar pro meu trabalho... – O segurança foi pro outro lado.
- Obrigado. Desculpe meninos... – Diz o policial para nós, mas ainda olhando pro segurança, que agora estava se afastando cada vez mais. E quando estava tão longe que já não conseguia ouvir o que dizíamos o policial disse – Você ta legal Justin?
- To... Valeu Caiou.
- Disponha... Agora estamos quites?
- Bom... Eu salvei sua vida e você me salvou de ser preso... É... Estamos quites... Agora só não estraga meu disfarce...
- Relaxa... Eu tenho o meu... Se estragar o seu o meu vai junto.
- Bom... Isso vai bastar. Até mais policial Brenan. – Disse Justin se afastando, voltando ao personagem e sorrindo.
- Até mais Sr. McCan.
- Você salvou a vida dele? – Sussurrei a Justin, quando estávamos chegando a recepção.
- Bom, estávamos numa troca de tiros e eu matei os caras que estavam querendo matar ele. E desde então ele esta me devendo uma...
- Ah ta... Impressionante.
- Obrigado. – Justin sorri. – Oi... Hm... Queremos 2 passagens pra Washington – Diz ele pra recepcionista muito branca e de cabelos loiros logo na nossa frente. Ela usa uma camisa azul claro, com um colarinho azul escuro, cabelos presos num coque bem firme.
- Identidades por favor.
- Estão aqui.
- Obrigada. Aqui estão suas passagens-  A recepcionista quase não olhava pra gente. Na verdade ela só olhava pro chão, tremia. Suava. Estava estranha. Justin estendeu a mão e pegou a identidade das mãos dela e as passagens depois. Eu viro as costas pra ela e sussurro no ouvido de Justin “Tem alguma coisa errada com essa mulher” e ele sussurra de volta “Se abaixa” com a minha experiência pouco vivida com Justin, já sei que quando ele manda abaixar ou correr é porque tem mafioso ali. Eu abaixo e Jou se levanta com uma mascara ninja na cabeça apontando a arma pra cabeça da recepcionista.
- TODO MUNDO ABAIXADO SE NÃO EU ATIRO! – Ouvi gritos vindos dos outros passageiros. Coloco minha mão no abdômen pra pegar a arma, mas o Justin segura minha mão e balança negativamente a cabeça “não – sussurra ele – continue com o disfarce. Finja ser uma pessoa qualquer” displicente eu desisto da ideia de atirar no meio da testa do Jou. Minha raiva dele cresce a cada palavra que compõe aquele momento – NINGUÉM VAI PODER EMBARCAR!
“Eles sabem” – Penso. “Eles sabem que vamos entregar todos” olho pra Justin. Ele parece estar pensando a mesma coisa. Olho pra frente e vejo a porta de vidro que da na pista de decolagem a um metro de mim. “Justin” – sussurro. Ele olha pra mim e eu mostro a porta. Ele concorda com a cabeça e vamos engatinhando até a porta. A 5 centímetros de mim. Bem do lado da minha mão Jou disparou um tiro. Instantaneamente eu tiro a mão do local do tiro e olho pra ele
- NINGUÉM SAI! – Grita ele.
- E agora? -  sussurro a Justin. E ele olha pra trás onde tem um policial sentado com a arma em punho, ele olha pra Justin que por sua vez acena com a cabeça, e o policial devolve o aceno pra ele. Esse atira em direção a Jou e mais 4 policiais depois dele. Lógico que são todos desonestos igual a Brenan. Seus tiros pegaram 2 na parede e 1 na perna do Jou. Que soltou a recepcionista e colocou a mão no ferimento. A recepcionista correu pra longe. Um segurança ajuda a mim e ao Justin a nos levantar e pergunta:
- Vocês estão bem? – Sussurra ele.
- Sim.
- Ótimo. Saiam daqui e não digam nada pra ninguém lá fora. Não queremos despertar pânico, está bem?
- O.K – O segurança nos ajudou sair da marca de tiro e saímos correndo em direção a área de embarque no avião.
- Passagens por favor – Mais passageiros que estavam na marca de tiro começaram a chegar com feições de pânico que ao ver os outros passageiros mudavam completamente. Nessa área não era possível ouvir nenhum tiro sequer... Nenhuma daquelas pessoas ao menos sonhava que a uns 3 metros dali estava acontecendo um tiroteio. Mas agora não importava mais. Jou não conseguiu me impedir. Eu estou no avião.
- Como eles descobriram?
- Devem saber que passamos pela loja de explosivos... Então devem pelo menos pensar no que vamos fazer.
- É... Você está certo... como sempre... – Ele olhou pra mim e sorriu. “Para todos os passageiros do vôo 1.03.94 para Washington, nós vamos decolar agora, as portas já estão fechadas, e seladas.” Ouve uma sacolejada no avião e depois eu olhei a janela e estávamos a pelo menos 500 mil metros de altura. Minha visão duplicou, fiquei com vertigem.  Virei rápido pro outro lado e apertei o braço esquerdo de Justin, fechei meus olhos e apertei meu rosto contra seu braço também. Ele colocou sua mão direita na minha cabeça, e fez carinho.
- O que foi?
- Tenho medo de altura...
- Ah tem é? – Ele riu. Eu bati no braço dele.
- Não ri de mim não!
- Não to rindo,
- Ah não??? Eu to vendo!! Você acha muita graça isso é?
- Não... É que... Nada... Acho legal você ter medo...
- Porque isso é legal?
- Porque isso prova que você é humana... Sabe, eu não sei nada sobre você e nem você sobre mim... Esse vôo é bem longo... A gente podia conversar sobre...
- Talvez – Olho pra trás... Só tem além de nós mais 10 pessoas no avião. Estranho ele estar vazio mas... Não ligo – Hm... Eu já cai de uma arvore de 2 metros quando era pequena...
- Caraca – Justin ri – Quem cai de uma árvore??
- EU!
- Está bem... Ahm... Eu sou cáustrofóico ...
- Sério... Nunca imaginaria quer dizer... Você é... Você
- É mas eu – O avião sacudiu de novo e eu que estava perto do rosto do Justin agora estava quase colada – Sabe eu nunca tive uma namorada de verdade na minha vida...
- Nunca?
- Bom... eu estou numa vida que não se pode ter uma relacionamento fixo e duradouro... Mas – Ele passou a mão no meu rosto – Com você Megan, eu sinto que é tudo diferente... – Meu peito esta grudado com o dele, sinto seu coração bater na mesma freqüência que o meu. Tiro seu boné e passo a mão pelo seu cabelo – E isso significa, que eu quero estar com você... Eu gosto da sua companhia... Gosto do jeito de como você não é parecida com nenhuma garota que eu já vi... Porque – Ele me puxa pra mais perto – você é... Melhor que elas... – Ele me beija, um beijo longo e bom.
Abro meu olho e vejo um homem olhando para o outro que estava no fundo do avião e este olhando pro outro que estava tirando uma foto de mim e do Justin, e depois os 10 sorriram. Estranhamente todos estavam vestidos igualmente. Com uma jaqueta de couro marrom, calça jeans escura. O que tirou a foto se levantou e mexeu na cintura pra pegar alguma coisa e o mesmo fizeram todos os outros. Eram todos mafiosos, como eu ia avisar isso pro Justin sem nenhum deles ver? Justin mexeu no tornozelo dele e depois me abraçou, e deitou em cima de mim, desgrudou os lábios dele dos meus, olhou nos meus olhos, e me jogou no chão, deitou de costas em cima de mim e começou a atirar em todos os caras que vinham nossa direção. Quando eu penso que ele não sabe de alguma coisa, eu me surpreendo porque ele sabe... Ele sempre sabe. Ele tinha pegado a arma no tornozelo. Olhei por de baixo das cadeiras e vi um par de pés se mexendo. O cara que tirou a foto da gente colocou a máquina no bolso e estava abrindo uma escotilha que tinha no piso do avião, depois pegou um para quedas e colocou nas costas e pulou pela escotilha. Todo aquele ataque... Era só pra acobertar aquele cara... Todos aqueles mafiosos estavam dispostos a morrer por aquela foto... Olho pra frente. E Justin ainda estava atirando nos mafiosos e eles no Justin. Mas nenhum deles acertou. Eu ia pegar minha arma pra ajudar mas ele prendeu minha mão com a sua mão livre.
- NÃO! – Gritou ele. A arma do Justin parou. Acabou as balas. Um deles percebeu isso e ia atirar bem no coração do Justin. Mas eu não ia permitir isso, segurei os dois braços dele e abracei ele, e virei ele de cara pro chão e comecei eu a atirar nos mafiosos. Me levantei e atirei e desviei de tiros. Mas minhas balas também acabaram e ainda faltava um. Enquanto ele recarregava eu corri na direção dele segurei seu abdômen e o derrubei no chão.
- Eu – Disse ele segurando meus pulsos. – Não posso te matar... Você não é a missão.
- Missão? – Ele segurou meus pulsos com mais força, mas eu fui mais rápida e dei socos nele e etc. Mas ele conseguiu recarregar a arma, e agora ele estava em cima de mim a apontando a arma pro meu rosto segurei sua mão e tentei deixar o mais longe possível da minha cara. Mas não estava conseguindo segurar mais. Mas de repente ele parou de fazer força e caio pro lado. Morto. Olhei pro corpo e vi uma faca em suas costas.
- Nunca – Ofegou Justin – Tenha só uma arma... Tem que ter uma... Diversidade. – Ele estende a mão. E eu a seguro e levanto. Ofegando.
- O que foi isso? O que ele quis dizer com “você não é a missão?”
- Eles trabalhão pro Ted... Vieram aqui pra acabar comigo... Mas você veio no caminho...
- O que você quer dizer com “veio no caminho” ?? Eu só...
- Fez uma coisa estúpida... Você não pode ficar fazendo esse tipo de coisa, sabe? Eu tentei salvar sua vida e você...
- RETRIBUI O FAVOR! Você me salvou Justin, e eu não ia deixar você morrer, esta bem?
- Mas ai você arriscou sua vida pra fazer isso sendo que eu estava com a situação totalmente sobre controle e...
- SEU ORGULHO VAI ACABAR TE MATANDO, SABIA? Olha... Você salvou minha vida, mas eu não posso ficar parada vendo você morrer sendo que eu posso deter isso... Justin presta atenção: NÃO importa o que aconteça EU vou sempre estar aqui pra te proteger. E eu não estou nem ai pros riscos porque isso não importa.
- Importa sim Megan, se isso significa arruinar sua vida... Nossa, acho que – Justin senta numa cadeira, passa a mão no cabelo e diz – acabei com sua vida em 72 horas... Você podia ter um emprego, e uma vida comum... Mesmo que fosse com aquele otário do Ted – Justin fez a mesma voz debochada de sempre pra falar o nome do Ted.
Eu ri
- Do que é que você está rindo?
- Eu não quero uma vida comum... EU não quero mais aquele emprego. EU prefiro minha vida agora. VOCÊ não arruinou nada, você apenas... Melhorou o que estava ruim... Você me mostrou que minha vida era muito chata e sem emoção antes de tudo isso... É mais gostoso viver ao perigo... E eu não quero o Ted, quero você. Não... Eu preciso de você... Bom, é legal também você sentir ciúmes do Ted ...
- Eu também quero você Megan... E aquele idiota do Ted não vai conseguir separar a gente... Porque eu não vou deixar – Antes que eu pudesse responder minha voz foi abafada pela voz mecânica da aeromoça “A todos os passageiros, vamos desembarcar em Washington daqui a poucos segundos. Por favor mantenham-se sentados. Obrigada” Olhei em volta e vi todos aqueles homens mortos e pensei o quanto estranho seria alguém entrar e ver aquela cena.
- Justin como a gente vai sair daqui sem levantar...
- Vamos sair pela escotilha...
- Ã? Como assim?
- Pega suas coisas. Assim que o avião pousar vamos sair pela escotilha, mas não saia por trás, ou pelo lado da porta, quando estiver fora do avião saia pelo lado oposto a porta pra ninguém perceber nada errado, e vamos sair daqui normalmente.
- O.K – Peguei minha mala e a dele. Acho que ainda tenho que aprender muita coisa com ele. O avião parou completamente Justin colocou os pés no chão e ficou de pé no asfalto. Joguei sua mochila e ele colocou ela no chão depois agachou e ficou agachado em baixo do avião. Depois eu joguei minha mochila pro chão e sai por onde ele me disse, andamos até a pista de decolagem e andamos normalmente até o aeroporto de Washington. Justin colocou uma jaqueta, boné e depois colocou o capuz da jaqueta por cima do boné pra não aparecer seu rosto nas câmeras de seguranças e entre laçou seu braço com o meu, andou com a cabeça para baixo. Eu coloquei o capuz da minha jaqueta também e andei igualmente a ele.
   Saímos do aeroporto e andamos até um ponto de táxi. Pegamos um e não falamos no trajeto inteiro até um hotel de luxo perto da avenida mais próxima a Casa Branca, que Justin conseguiu. Lógico que Justin conhecia alguém que trabalha no lugar. Entramos no quarto e eu olhei pra fora pela janela. O dia estava lindo, ensolarado, as aves voavam graciosamente pelo sol que se abria no horizonte. Realmente lindo. Um nó se fechou na minha garganta. Doía...  Doía meu estomago também, não acredito que vou “roubar” o presidente...
 Será que vai dar certo? Não faço ideia. Sento na cama e começo a preparar meus dispositivos eletrônicos que vamos usar amanha. Faço tudo em silencio. Justin está muito quieto também. Não fala nada o dia inteiro. Termino de fazer o que estava fazendo e  quando dou por mim já é de noite. Não tenho fome. Não como. Apenas me deito e depois Justin se deita ao meu lado.
- É melhor você descansar... Grande dia amanha.
- É... Grande... – Eu estou olhando pra Justin que se deitou ao meu lado. O quarto está com luz apagada – Justin eu... Estou com medo... – Não sei porque, mas antes que eu posso impedir lagrimas começam a escorrer pelo meu rosto. Ele passou a mão pelas minhas bochechas de modo a tirar toda água que as lágrimas deixaram para trás.
- Eu também. – Não consigo entender mas sabendo que ele também estava com medo, saber que o grande Justin Bieber estava com medo, me fez sentir mais segura. Abracei ele e ele a mim. E depois a imagem de tudo desapareceu e eu adormeci.
Um arrastar de malas. Um arrastar de malas é o primeiro som que ouço pela manha. Olho pra origem do ruído e vejo Justin colocando uma blusa de manga comprida preta toda fechada. E era aquela sua roupa a prova de balas... Justin olha pra mim... E diz, só uma coisa. Que poderia significar aquilo é que:
- Ta na hora.







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