Capitulo 5 – Blonbs and Flonbs

No inicio fiquei meio atordoada com o pensamento de poder ir presa a qualquer momento. Mas depois de um tempo... Me acostumei com a ideia.

- Megan?? – A voz de Justin me trás a realidade.

- Oi?

- Você está bem?

- Sim – Loucura não é? A  menos de 24 horas eu estava na minha sala conversando com um Jou que eu pensava ser meu amigo. E agora estou na casa de um procurado, sentado ao lado dele, sendo procurada pela policia e lidando com mafiosos, que explodiram minha... Não... Espera... Eles não... – Justin, lembra quando estávamos na minha casa?

- Sim... os mafiosos até explodiram...

- Não... Olha eles só explodiram a porta. Aquilo não era uma explosão realmente... E aquilo não era um explosivo comum porque se fosse teria explodido minha casa toda  e nós junto com ela. Aquele era um dispositivo de exploivo... Ou seja, aquilo era..

- Uma explosão controlada – Completa ele. E eu afirmo com a cabeça. – Sabe o que a gente tem que fazer? Agora que você é procurada eles vão te dar como uma ameaça maior agora... E agora que você está comigo eles não vão descansar até matar nós dois. Então pra acabar com isso temos que entrega-los... Todos eles... E pra começar precisamos descobrir onde eles conseguiram aqueles explosivos...

- Eles compraram neste estado, por que são sensíveis e não aguentariam uma longa viajem. E só tem UM lugar neste estado que vendo aquele tipo de explosivo... O Flonbs and Blonbs na quinta avenida... Parece uma loja de relógios mas quando você pede a coisa certa...

- Como sabe disso?

- Eu ia fechar aquele lugar no ano passado... Mas o dono de lá conseguiu sumir com todos os tipos de bombas e eu não consegui provar nada...

- Ah ta... Bom então temo que ir até lá o mais rápido possível – Concordo com a cabeça.

Olho ao redor da casa e percebo como ela está destruída. Quadros com furos de bala, escada quebrada e até uns 15 corpos moribundos de mafiosos mortos pelo chão do lugar que até então eu não tinha notado a presença.

- Temos que sair daqui – Digo a ele.

- Vamos pra um hotel na quinta avenida, assim será mais fácil de ir até a Bonbs and Flonbs... O que você está esperando?

- Ah é agora?

- lógico!

- Justin não é fácil assim... A quinta avenida é um dos lugar mais movimentados e mais requisitados por todos... Com hotéis mais caros e...

- Dinheiro não importa... Até porque não vamos precisar, eu conheço um cara...

- Ah ta... – Pego minhas coisas e Justin arruma sua mochila, saímos de casa dele pelos fundos e vejo um carro lá – Ferrari vermelha?

- Eu ganhei naquela corrida que eu te disse... O que ? Pensou que eu não tinha carro? – Ele sorri e eu também.

Vamos até a quinta avenida e entramos no melhor hotel de lá, então todos agiram com indiferença sobre a Ferrari do Justin. Ele conversa com um segurança e depois vai em direção a recepcionista.

- Queremos um quarto. Esta reservado já.

- Hm... Está bem. Como é seu nome?

- Jason McCan – Olho pro Justin e depois volto meu olhar pro documento falso que ele entrega pra recepcionista. Era uma profissional, me julgava boa. Mas aquele documento é incrivelmente realista -  É um quarto de casal suponho.

- Sim, O.k Sr. McCan... Seu quarto é o 421, é o último quarto... O maior que temos – Ela sorri – Espero que gostem. – Ela entrega o cartão – chave pro Justin que sorri pra ela agradece e sai. Vou atrás dele.

- Muito bom Jason – Falo com sarcasmo.

Ele sorri.

O nosso quarto é o maior , melhor e ao mais bonito. Ele é perfeito.

- Como você conseguiu esse quar...

- Aquele segurança... Não é um segurança... É um dos nossos...

- Ah entendi. Quer ir no Blonbs and Flonbs?

- Sim... Vamos. – Saímos do quarto e vamos para a rua. A noite chegara mais rápido do que eu pude perceber. Atravessamos a rua em silencio e andamos um pouco até a loja. Ela está aberta. E quando digo “aberta” não quero dizer “funcionando” mas sim com as portas abertas, luz ligada. Mas o mais estranho de tudo é que não tinha ninguém na loja. Nem funcionário nem cliente. Andamos um pouco pela loja em silencio. Ouço ruídos vindos de um porta nos fundos da loja.

- Jason – Sussurro. Uso seu nome falso porque desconfio que tenha mafiosos escondidos aqui. Justin vem em minha direção e para pra ouvir melhor os ruídos. Ele pega a arma e e abre a porta. Dentro dela eu vejo o vendedor da loja. Ajoelhado, amordaçado. Um senhor de uns 70 anos grisalho, com olhos muito azuis, quase careca, e bem branco. Ele fazia os ruídos. Estava suando.

- Quem fez isso com o senhor? – Justin se ajoelha coloca a arma na cintura, e tira a mordaça da boca do velho.

- Eles... Uns homens ... estranhos... Não sei seus nomes... – Diz ele com a voz fraca – Mas um deles tem uma marca... no...

- Braço... – Justin completa e olha pra mim. Eles estiveram aqui... Ele olha em volta no teto – Aqui tem câmeras de vigilância?

- Eles pegaram todas...

- Eles levaram mais alguma coisa?

- Sim... Dispositivo de explosivo, bombas, armas, granadas...

 - Eles pagaram?

- Sim... com cartão de credito.

- Cartão original?! – Diz Justin incrédulo. Ouço um barulho de PIP vindo da minha direita. Vou até lá. O barulho vem da parede. Bate nela como se fosse uma porta e então percebo.

- Já sei o que está acontecendo aqui...  CORRE! – Berro. Justin corre imediatamente, não da tempo de levar o velho junto. Assim que saímos da loja ela explode, fazendo muitas pessoas da rua correrem desesperadas e fazendo também elas nem notarem em nós. Voamos para o outro lado da rua com a pressão da explosão. Caímos na rua com um bac surdo. Sinto meus ouvidos zumbindo. Percebo que fiquei surda quando Justin faça comigo e eu não ouço. Mas depois a voz dele chega vagamente nós meus ouvidos.

- Megan! VOCÊ ESTÁ ME OUVINDO???

- Sim.

- Ufa... Vamos. – Justin esta com a mão sangrando e arranhões no rosto. Tem fuligem no seu rosto, mãos e roupas. E eu também. Ele me ajuda a levantar. Acho que torce o tornozelo porque quase não consigo andar. Justin pega no meu braço  e me ajuda e levantar. Vou mancando até o hotel. Quando chegamos nele faço  máximo esforço para não mancar, e Justin coloca o capuz de sua jaqueta. Entramos no nosso quarto, e eu deito na cama.

- Era uma bomba relógio – Digo a ele.

- Percebi isso – Justin estava olhando os ferimentos do seu braço – Quando você me mandou correr. É por isso que eles usaram cartão, porque destruiriam todas as provas contra eles...

- E isso inclui o velho... – Penso naquele senhor cheio de medo, amordaçado, e morto por  uma explosão. Não posso deixar de sentir pena e remorso por não te-lo ajudado... Mas se eu o ajuda-se eu morreria junto com ele.

- E agora não tem jeito de entregar eles pra policia...

- Até tem..

- Aé?

- É... Quando se é do FBI se sabe de muita coisa. Olha toda compra que fazemos, seja com dinheiro ou com cartão ou qualquer outra coisa, é imediatamente postado nos computadores central dos militares dos Estados Unidos... Então tudo que temos que fazer é hackear o sistema de computadores deles...

Justin me olha, e depois diz.

- Não sei se você notou mas eu não sei nada de computadores. E a sim... Temos apenas que hackear os computadores de inteligência militar da fortaleza blindada dos guerrilheiros dos Estados Unidos.

- É

- Esse plano é uma loucura total... Esse negocio deu errado antes de começar...

- Pode funcionar...

- Megan. Temos que achar um hacker profissional... E isso quer dizer envolver mais gente.

- Não é necessário... Eu faço isso.

- Você?

- Você não é o único que tem um passado... – Justin parecia meio atordoado e confuso. Mas depois disse:

- Mesmo que você  consiga como vamos fazer pra hackear os computadores um a um... Quer dizer deve ter uns 4 mil deles

- Eu já pensei nisso também... E já tenho a resposta... Mas tem um problema

- Outro?

- Sim... Tem um cara que tem um código que serve pra entrar no quartel general da policia militar, pra desativar e ou ativar sistemas de seguranças, abrir coisas particulares, de alta segurança e sigilosa nos computadores, abrir e fechar  documentos e etc...

- Bom qual o problema? É só pegar o código do cara...

- Então... O cara é o problema...

- Porque? Quem é ele?

- Bom ele... Ele é.. O presidente dos Estados Unidos...