segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Capitulo 8 – A Casa Branca.


Me apoio com a mão esquerda na cama, e passo a mão direita pelo meu cabelo pensativa. Me levantei e coloquei uma roupa preta igual a do Justin. Pego minha mochila e coloco nas costas, eu e Justin colocamos um boné preto e saímos. Chegamos numa rua reta. Consigo ver a Casa Branca bem no final da avenida, depois desse mar de pessoas. Afinal hoje é 4 de julho! Tinha uma passeata na avenida da Casa Branca.
- FELIZ 4 DE JULHO! – Gritou uma mulher gorda e sorridente, sobrepondo sua voz ao barulho da passeata.
- Feliz 4 julho – respondemos eu e Justin. Como tem muita gente na avenida ninguém, nus nota realmente. Chegamos na frente da Casa Branca. O nó na minha garganta se fecha mais, e meu estomago da uma volta. Começo a ficar nervosa.
- Pronta? – Pergunta Justin pra mim, com os olhos na casa.
- Não – Ele me olha e depois volta seu olhar pra casa – E você?
- Não – A gente se olha e sorrimos um para o outro. Chegamos mais perto da entrada, e eu vejo logo no portão, na extremidade superior direita tem uma câmera preta de segurança que se move de um lado para o outro.
-Vem comigo– Digo a Justin. Tem tanta gente ali que nós quase fomos levados pra longe. Mas quando cheguei do outro lado do portão, peguei uma ferramenta que parece uma mini vuvuzela, mas na verdade é um raio ultravioleta. O que significa que eu posso desligar a câmera apontando o raio pra ela. Ninguém vê. Antes disso tiro o meu notebook e me conecto as câmeras de segurança da casa. É bem difícil, demoro uns 15 minutos só pra conseguir enganar a segurança e entrar no sistema, mas depois que estou online posso fazer o que eu quiser. Mas só tem um problema – Droga.
- O que foi? – Justin se agacha ao meu lado, e olha pra tela do notebook.
- O sistema de segurança é blindado, a menos que eu faça uma conexão blindada também, eles saberão que terá algo errado.
- Bom então faça isso!
- Estou tentando – Mais uns 15 minutos depois eu consigo blindar meu acesso – Consegui.
- ótimo. – Justin sorri. Eu manipulo as câmeras, de modo a parecer que nada esta acontecendo, que está tudo normal, e que aquela câmera da entrada ainda está funcionando. Transfiro as imagens verdadeiras das câmeras de segurança pro meu celular, porque não posso ficar andar com um notebook por ai, não é? E preciso saber onde os seguranças estão. Depois pego um dispositivo de segurança e destravo o sistema de alarme.
- Pronto – Guardo tudo na minha mochila, menos o celular e jogo ela pra dentro do gramado da casa. Justin depois se apóia no portão e pula pra dentro do gramado também e depois eu vou. Ficamos agachados num arbusto por um tempo, porque um grupo de 5 seguranças estava andando por ali. Depois que eles passaram pra dar a volta na casa nós corremos até a estátua do presidente  abraham lincoln e ficamos atrás dela. Olho no celular quando vejo que está tudo limpo, aceno pra Justin com a casa, ele devolve o aceno e vai até a porta, se passam alguns segundos até ele acenar com a cabeça pra mim indicando que a porta já está destrancada.
         Olho de novo no celular e vejo uns 12 seguranças andando com armas nas mãos.
- Justin – Sussurro – Tem muitos deles lá
- Muitos quantos? – Sussurra de volta. 
- Uns doze.
- Ah... Eu consigo. – Ele entra. Quero dizer “NÃO!” mas não da tempo. Ele já entrou. Minutos se passam até que ele sai, e faz sinal com a mão pra eu entrar.
- Que droga você pensa que está fazendo! – Digo a ele, segurando seus braços e o balançando como se ele fosse um boneco. Depois ele segura meus pulsos e diz calmamente.
- Relaxa...
- Não!! Eles não são aqueles seguranças de aeroporto! Eles são altamente treinados! Nem os melhores conseguem com eles e... – Só agora que eu olho ao meu redor e vejo todos os seguranças caídos no chão. Mortos.  – Como você...
- Atirei neles... É o modo mais fácil...
- Mas eu não ouvi nada... – Mas foi ai que eu notei..
- Eu usei um...
- Silenciador – Completei.                             
- Isso – Disse ele mostrando o silenciador que tinha na ponta da arma dele. “Alfa. 222. 182 está na escuta?” Uma voz mecânica atrai nossa atenção. Vem de um comunicador de um dos seguranças mortos. Justin pega o comunicador dele e coloca na orelha esquerda e eu pego de outro segurança e coloco na minha orelha direita. – Vamos por onde agora?
- Por aqui – Disse eu guiando Justin, pela escada de tapete vermelho logo a nossa frente. Olho no celular, e vejo que tem seguranças lá em cima, e um deles estava descendo em nossa direção. – Espera – Sussurro para Justin, mostro o celular. E ele já vai se precipitando para subir as escadas até que eu digo – Fico maluco. Você não vai subir ali.
- E porque não?
- Bom. Porque deve ter uns 40 deles ali. Fica aqui – Meus lábios quase nem mexiam, minha voz estava tão baixa que eu quase nem conseguia me ouvir. Tirei da minha mochila o notebook, e ligo a sirene de alarme do lado oeste da casa. O lado contrário ao nosso. E quando eles chegassem lá tudo que veriam é um monte pessoas na passeata e concluíram que um deles se aproximou de mais e sem querer acionou o alarme. Sem eu ter que explicar nada Justin já parecia ter entendido. Olho de novo no celular e vejo que quase todos os seguranças saíram em direção ao lado do qual saira o alarme, menos 2. Ouço uma voz masculina no comunicador da minha orelha “Alfa. 4556.093 na escuta? Todos os seguranças principais no lado oeste” olho pra Justin e ele ouviu a mesma coisa. Devolvo o notebook pra minha mochila e pego o gás lacrimogêneo, aciono e jogo pra cima. Eu e Justin colocamos a mascara que tinha no colarinho da nossa camiseta. Olho no celular e vejo que eles caíram. Subimos as escadas, olho ao redor, não tem mais ninguém aqui. Andamos o corredor que como todo o resto da casa tem o tapete vermelho e vamos em direção a escada. Mas o que eu esqueci de fazer era olhar no celular:
- O que você estão fazendo aqui? Quem são vocês? – Justin atira no segurança antes que ele possa falar no comunicador. Mas agora que eu olhei no celular vi tinha muitos mais descendo as escadas.
- Vai pra trás e deita no chão. – Digo a Justin.
- O que?
- Vai logo! – Ele olha com descrença pra mim mas depois corre, e faz o que eu disse. Tiro da minha cintura cinco dispositivos de explosivos e coloco nos três últimos degraus na escada e saio correndo para me juntar com Justin. Segundos depois a explosão controlada acontece. E os seguranças que estavam descendo explodem junto com o explosivo. Olho no celular e vejo que tem mais seguranças subindo na escada que estávamos subindo e outros descendo na escada que íamos subir. Estamos encurralados. Justin levanta e corre até a escada que íamos subir. E eu vou atrás dele, antes que eu possa ver já estou dando um soco no estomago de um deles.
- Megan!
- O que?
- Joga a bomba! Eu te dou cobertura! VAI! - Tem seguranças na minha frente e muitos mais atrás. Pego duas bombas relógio. Coloco um silenciador nelas. – O QUE VOCÊ TA FAZENDO?! NÃO FOI ISSO QUE EU...
- IMPROVISANDO! – Aciono o relógio das duas e jogo elas dos dois lados. Pego uma das armas com silenciador da cintura do Justin e começo a atirar em todos os seguranças que vejo na minha frente, alguns eu só empurro pra trás, seguro o braço do Justin e saio correndo pra frente. Faltam menos de 10 segundos até as duas bombas explodirem. Chuto alguns dos seguranças nas costas e isso faz um efeito dominó nos outros, ou seja, todos os que estão na frente dele caem. 6 segundos. Estou vendo o fim da escada agora. 4 segundos. Atiro no resto dos seguranças mas não adianta, as bombas explodem e eu e Justin somos arremessados a quase 50 metros na parede. A alguns dias Ted atirou na minha perna e Justin arrumou o ferimento. Com a pancada na parede o ferimento se abriu de novo. Minha perna começou a sangrar como louca.
- Megan você ta legal? Ah droga... Sua perna ta sangrando muito!
- É... Hm.. Você ta bem?
- Hm... To – Disse ele colocando a mão direita na cabeça dele. Que agora estava sangrando.
- Vamos sair daqui... Antes que... – Olho no celular e vejo que todos os seguranças agora estão mortos. Mas logo outros vão aparecer e temos que sair dali. – Apareçam outros.
- Está bem. – Justin me ajuda a levantar, com a mão ensangüentada isso faz com que meu braço fique com marcas de sangue. Nos levantamos e subimos a próxima escada. Lá em cima, tem no mínimo 17 seguranças em torno de uma porta. Só pode ser aquele o gabinete do presidente. Mas... Como vamos passar por eles? Olho pra Justin em busca de resposta, mas o que encontro é ele olhando dentro da minha mochila.
- O que você está fazendo? – Sussurro pra ele.
- Nada vai fazer eles saírem dali. A não ser uma ameaça...
- E o que você propõe?
- Nós. Vou jogar uma bomba de fumaça e eles não vão enxergar direito porque não foram treinados pra isso.
- Não sei se você lembra mas EU também não fui treinada pra isso. Justin só você sabe ver na fumaça eu não.
- Eu sei. Você fica aqui.
- Eu não vou deixar você fazer isso sozinho! Deve ter uns 17 deles lá!
- Eu sei... Fica aqui. Eu já volto. – Justin pegou a bomba de fumaça e colocou a mascara do colarinho da camiseta na boca e no nariz , e eu também. Acionou a bomba e jogou ela no corredor e depois mais duas iguais a ela. Tinha tanta fumaça ali que eu não poderia distinguir o que era chão e o que era teto. A fumaça pairou pelo ar durante uns 10 minutos. E depois quando ela desapareceu os seguranças estavam caídos no chão. E Justin estava agachado com uma perna no chão e com a arma apontada.
- Eu nunca vou conseguir entender, como você consegue ver naquelas condições.
- Eu fui treinado pra isso... Eu consigo fazer muita coisa;
- Isso eu já sei. Bom... Está pronto pra conhecer nosso presidente?
- A pergunta é: O presidente está pronto pra me conhecer? – Eu começo a rir. Justin fica em pé ao meu lado. Colocamos nossas mãos na fechadura e ele diz – Juntos?
- Juntos. 1...
- 2...
- 3 – Nós dois giramos a maçaneta. E ali estava ele sentado. Não apenas o presidente como também Ted  O’Connor

2 comentários: