quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Capitulo 3 – Eles vão embora.


Me levanto de um salto, e derrubo o mini sofá em que eu me deitava, fazendo assim ele virar uma espécie de escudo. Com o estrondo que o móvel faz no chão, todos os outros acordam. Meio atordoado pelo modo como foi acordado Logan, levanta e ascende a luz:
- L.A NÃO! – Ele me olha meio assustado, e toma um susto ainda maior.
- MAS O QUE...
- Brenan! – Todos olham boquiabertos para transformação dele. Seus cabelos pretos agora, tão sem vida que parecia acizentado como se alguém tivesse derrubado farinha em sua cabeça. Olhos inchados, e a parte branca deles agora vermelha. Tem uma veia latejante em sua cabeça; Apontaram armas para ele, mas ninguém parecia gosta da ideia de usa-la. De qualquer forma não havia jeito. Brenan se aproximava lentamente de Brenda, dentes rangendo. E quando ele chegou perto de mais de seu braço estendido, Brenda atirou. Brenan caiu. Lágrimas saiam dos olhos da garota, ela sentou ao lado do amigo agora zumbificado:
- Desculpa Brenan, -Ela fungou –Não queria que nada disso acontecesse. Desculpa – Depois disso ela se sentou no sofá. Com as mãos no rosto.
- Nada disso foi culpa sua.
- Se eu tivesse o impedido de tirar o braço pra fora do carro...
- Ele não te daria ouvidos e faria o que quisesse. – Passei o braço em volta do pescoço dela.
- Sabe eu ainda não entendo isso.
- Entende o que? – Logan pergunta se sentando, no sofá a nossa frente. E James ao seu lado.
- Como eles entraram no mercado?
- Pela porta – Disse eu olhando pra ela.
- Não somos idiotas o bastante para deixar, a porta de um esconderijo aberta...
- Então qual sua teoria? – James pergunta com um olhar de indagação.
- De duas uma. Ou alguém foi trouxa o bastante para esquecer a porta do mercado aberta, enquanto ia pegar alguma coisa. Ou... Tem um traidor entre nós...
- O que?!
- Pois é... Mas isso é só uma teoria – Passou-se um tempo em que James e Logan conversavam entre si, discutindo qual das teorias seria a certa. Mas Brenda permanecia olhando o nada, quieta. Pensando.
- O que foi? – James e Logan param de conversar e olham para nós.
- Só pensando.
- Em que?
- Você – Ela olha pra mim.
- Em mim?
- É... Ta diferente.
- Sim, ele está. Mas o que tem? – James me olha, como se estivesse me avaliando. Brenda hesita em responder. Depois ela se levanta, dá a volta no sofá, e fica na minha frente. Me olha, e depois aponta a arma pra mim.
- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? – Grita James. Eu fico em pé. Brenda destrava a arma. Eu aponto a arma dela pro teto, depois empurro ela e tiro a arma de suas mãos. Ela me olha com um sorriso, de triunfo. Depois eu vejo o quão estranha era a situação. Abro a parte de trás da arma e tiro as balas de dentro. Só por precaução.
- O que foi isso?
Ela não responde imediatamente. Mas depois fixa James nos olhos e diz:
- Justin, foi infectado com A Cura.
- O QUE?! – James e Logan exclamam juntos, se levantaram de um salto e pularam para trás, como se estivessem se protegendo.
- EU O QUE?!
- Explica. – James agora estava sentado atrás do sofá, só deixou a cabeça para fora, pra ver o que acontecia.
- Bom... Eles não estão procurando o antivírus do A Cura.
- Não?
- Não. Eles estão procurando um vírus para previne as pessoas de se transformarem num deles.
- Vão distribuir para alguém? – Pergunta Logan com esperança na voz, mas eu e ele sabemos que é totalmente em vão.
- Não. É pra eles. Corporação Vírus e Vários, está criando uma prevenção para A Cura. Mas só pra eles. Nós estamos sozinhos nisso aqui. – James e Logan ficaram com tanta raiva que seus rostos ficaram vermelhos como um tomate. – De qualquer modo. Eles também estavam tentando criando um aprimoramento do A Cura... É por isso que aquelas zumbis estavam lá, Justin. Eles ainda são cobaias.
- Meu Deus, se o A Cura normal já fez isso. Imagina um A Cura aprimorado? Vai ser o que? Zumbis super fortes? Ou Aliens? – Logan disse, e James riu. Mas Brenda não achou graça alguma.
- E o que isso tem haver comigo?
- Bom... Eles usaram A Cura aprimorado em você... E não foi só uma vez. Acho que gostaram dos resultados e colocaram todos os dias em você. O tempo que esteve lá. Num todo, você é mais forte que a gente. Você consegue ouvi-los, sentir sua presença... Ganhou alguns “poderes” digamos assim... – James e Logan saíram de trás do sofá e agora olhavam atentamente para mim. Me sentia meio estranho.
- E isso...
- Não é ruim. Vai ser bastante útil, na nossa sobrevivência.
- E – perguntou Logan – Pra que eles estavam aprimorando o A Cura?
- Para se redimir com o mundo talvez... Para curar os que estão zumbificados... Ou sei lá.
- Mundo? – Perguntei.
- Estados Unidos, inteira foi infectada... O vírus foi vendido para o exterior, uma pessoa infectada viaja, infecta outros... E... O mundo já não é mesmo.
- Porque eu não lembro de quase nada?
- Acho, que a dose foi alta demais pra você... Foi mexendo com seu consciente. As lembranças ainda estão ai. Você só tem que lembrar. – Lembro daquela casa verde, muito parecida com a minha que eu tive visto do lado de fora. Ouço um barulho do lado de baixo, que me tira dos meus pensamentos.
- O que é isso?
- Não sei. Mas seja o que for vai chamar a atenção deles –Brenda se adianta até o elevador e nós vamos atrás dela. Olho no meu relógio é 3:30 da madrugada. Dormi 15 minutos. Chegamos na recepção onde todas as pessoas que a Corporação Apocalipse, conseguiu proteger, estavam conversando, ou melhor gritando. – CALEM A BOCA! – Todos ficaram quietos e observando – o que vocês estão fazendo aqui? E gritando assim?
- Desculpa – Disse o homem de jaqueta de couro que James falou mais cedo – Mas acho que nossos gritos são o menor de seus problemas.
- Como é?
- Ouvimos tiros...
- Ah... Foi o nosso amigo. Ele foi mordido.
- VOCÊS TROUXERAM UM DELES PRA CÁ?! – Berrou o homem.
- Se o Sr. Puder abaixar o tom... – Comecei.
- NÃO VOU ME ACALMAR!
- Não disse pra se acalma, disse pra abaixar o tom. – Respondi irritado – Não estou nem ai se o Sr. Está ou não irritado. Só não quero que chame a atenção deles. Agora fale. O que o Sr. Quer?
- Não dá mais. To de saco cheio! Vou embora!
- O que?
- Vocês só são crianças. Como podem tomar conta de nós?
- Não se preocupava com isso quando salvamos você; - Disse Brenda com agressividade.
- Agora não importa mais. Vou embora pra...
- Pra onde? – Disse ela sentando-se na cadeira da recepção – Pra onde você vai? Não tem lugar seguro! Não acho que você vai conseguir se virar muito bem sozinho.
- Vou sim! Vocês só são adolescentes... O que sabem da vida? – Brenda pareceu tão indignada, quanto eu e os outros.
- Quer ir embora? Vai. A porta está ali. Não estamos cuidando o suficiente de vocês? Nenhum de vocês pareceu se importar com isso até agora. SEMPRE salvamos suas vidas, mesmo que isso significasse colocar nossa cabeça em risco. E nós nos queixamos disso? Nunca. Vocês acham que se dariam melhor sem a gente? Podem ir embora. Nada está impedindo vocês se sair, mas lembrem-se de uma coisa. Se vocês forem atacados e vierem aqui pedir abrigo. Não estaremos disponíveis. E se virarem um deles, não hesitarei de matar vocês. – O homem a olhou indignado, mas não disse uma única palavra, apenas se dirigiu a porta com suas malas – Ah – Ele parou e olhou para Brenda – Não atire perto deles. Chama atenção. Mas o que eu sei da vida não é? – Disse ironicamente, sorrindo com sarcasmo – Sou apenas uma adolescente -Ele olhou pra ela, mas depois saiu. E todos depois dele. Exceto quatro deles. Três garotos e uma menina. – E vocês? – Brenda se virou para eles que estavam sentados no chão.
- Não vamos deixar vocês. Quer dizer, estou muito bem aqui. Vocês são ótimos. Não vou sair daqui. – Disse um garoto, de cabeleira loira, olhos verdes claros, e pele clara também. Brenda sorrio pra ele.
- Qual seus nome e idades?
- Meu nome é Daniel Myer. Tenho 15 anos. Essa é minha irmã Caterine, 14 anos. – Ele mostrou uma garota de cabelos loiros igual a Daniel e olhos azuis – Meu irmão Marcos 16 anos – Um menino de olhos azuis também e igualmente cabeludo porem cabelos pretos – E esse é meu outro irmão Paul 17 anos; - Um menino de cabelos escuros e olhos verdes.
- Prazer. Bren...
- Sabemos...
- Ah – Ela sorriu pra ele – Esta bem. Acho melhor vocês irem dormir um pouco.
- O.K – Os irmãos Myer subiram. Imaginei esses garotos. Sozinhos. Sem pais. Com medo. Subimos também. Não consegui dormir nem Brenda. Acho que o corpo de Brenan no meio da sala não ajudava. Mas James e Logan se acomodaram em sofás e depois de 5 minutos ouvi seus roncos. Olhei no relógio de pulso que tirei da mochila, das minhas coisas e olhei a hora 4:00. Desviei meu olhar para Brenda, que estava na varanda vendo a noite passar. Fui até ela:
- Pensando?
- Sempre. É difícil viver num mundo assim... Mas com determinação...
-É... Veja você – Olho pra ela, e sorri. Ela faz o mesmo.
- Sabe Justin... – Mas o que ela ia falar depois eu nunca vou saber. Porque nossa atenção foi desviada por uma luz vermelha que se expandia no céu – Que isso?
- AHHHHHHHHHH! – Logan acorda assustado – QUE MERDA É...
- PELO AMOR DE DEUS! – Grita James – SERÁ POSSIVEL! ACHO QUE NÃO VOU TER UMA ÚNICA NOITE DE SONO DECENTE NESSE TEMPO QUE RESTA DESSA MINHA VIDA MISERAVEL!
- Um sinalizador?! – Digo incrédulo. Segundos depois um outro sinalizador verde desta vez, brota mas próximo no céu.
- Quem seria idiota o bastante pra fazer isso? Ele vai atrair todo os... – Brenda não termina o que ia falar. Um homem aparece na rua correndo loucamente, dos dois lados da rua vem mais zumbis do que eu posso contar. Mas posso sentir. – Quantos são? – Brenda pergunta.
- Pelo menos 700 deles chegando.
-meu Deus! Ele vai ferra com a gente! – Diz Logan, olhando pra rua.
-  Droga... O que vamos fazer?
- Não sei – Disse James, se aproximando para ver também – Você que manda.
- Ah ótimo... Droga– Brenda vai se afastando pra porta.
- Onde você vai?
- Trazer aquele idiota pra dentro.
- O QUE?!
- Olha temos duas opções: Ou ficamos com todos os zumbis aqui e esse idiota morre. Ou trazemos o idiota pra dentro e temos os zumbis aqui. Vamos ter eles de qualquer forma. Então prefiro sendo salvando uma vida. Mesmo que seja estúpida!
É verdade. Vamos atrás dela. Quando chegamos na recepção de novo, os irmãos Myer estão lá novamente. Brenda abre a porta, e a voz do homem entra no prédio:
- SOCORRO! – Grita ele pro vento;
- Para de gritar, e entra logo aqui – Ele olha pra gente, e entra.
- Obri...
- O que você pensa que esta fazendo?
- Não sei. Eu vim de Los Angeles... Pensei que estaria melhor aqui. Mas vejo que está pior. Só queria que alguém me ajudasse. Não sei o que eu estava fazendo...
- Bom eu te digo o que você estava fazendo, está trazendo todos os zumbis pra cá. Droga. O que a gente faz agora?
- Melhor a gente ir pro telhado – Digo.
- Pro telhado?
- É... De lá da pra ver tudo. Da pra ver a situação em que estamos. E se ficarmos aqui em baixo vai ser pior. Viraremos um deles com rapidez.
Brenda pensa por um instante, e depois:
- Ta, vamos! Vamos! – Subimos nosso andar e pegamos todas as roupas, comiga ou água que achamos. Depois subimos as escadas para o telhado, com os outros as nossas costas. Olhamos ao redor.
- Ah – Começa Paul Myer.
- Meu – Continua Marcos.
- Deus – Termina Caterine.
- Estamos cercados – Digo olhando a rua a baixo, cheia de zumbis.

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