Capitulo 9 – Quando tudo deu errado.
Uma coisa que eu aprendi esses dias, é que quando está dando
tudo certo, é porque tem alguma coisa muito errada. E eu não estava enganada.
- Quem são vocês? – Perguntou o presidente, estendendo a mão
para um botão vermelho em sua mesa.Aquele botão quando apertado, chama todos os
seguranças imediatamente para a sala do presidente. Justin atirou no botão,
destruindo-o; Mas eu mantinha meus olhos em Ted, que também me observava com
uma expressão de completo pânico.
- Quem somos não lhe interessa senhor presidente. Não vamos
machucá-lo.
- Não é o que parece, já que estão apontando armas pra mim.
– Justin abaixa sua arma.
- Nossas armas são o menor de seus problemas senhor
presidente...
- Como disse?
- Esse carinha que está do seu lado... Ele...
- O que você está fazendo aqui Ted? – Interrompo Justin.
- Vocês se conhecem Sr. O’Connor?
- Hm... Sim senhor presidente – Respondeu Ted vagamente, sem
descolar seus olhos de mim – Eu... Eu... Eu me juntei com... Jou, e
companhia... Eles, me mandaram... Vir aqui para me certificar de que... Ele –
Ted sinalizou Justin com a cabeça, ainda sem tirar seus olhos dos meus – Viria.
Não era pra você estar aqui, sabe – Disse ele para mim – Não era! – Sua
expressão de pânico agora se acentuando em sua voz também – Eles vão... Jou
vai... Ai meu Deus!
- Quem é Jou? – Perguntou o presidente.
- Jou é o amiguinho, mafiosos dele – Respondeu Justin com
desdém. – Ele não é confiável. Senhor presidente Ted é mafioso, e só está aqui
pra... para se certificar que morrerei antes do sol se pôr.
- Ted? O nosso ex-agente aposentado?!
- É isso que lhe contaram? – Disse eu agora olhando para um
presidente com rosto de total descrença – Não... – sorrio sarcasticamente
voltando meu olhar a Ted – Ted saiu do FBI, não porque queria, mas sim porque
foi demitido. Descobriram que ele está revelando valiosas informações do FBI
pros seus coleguinhas mafiosos... Ele não é confiável senhor presidente.
- Bom... Não é ele que está com uma arma, não é? O que vocês
estão fazendo aqui? No meu gabinete!
- Precisamos que o senhor nos de seu pen drive... – Olho nos
olhos do presidente – Aquele que tem o código para entrar no quartel general
militar – O presidente me olha, me avaliando. Talvez pensando como é que eu sei
disso.
- Desculpe, mas não posso...
- Sabemos disso – Disse Justin – Se não pediríamos... Não
viríamos aqui pra rouba-lo.
- Tem razão... Tem razão – Disse o presidente branda e
calmamente – No entanto, acho que posso perguntar: Para que vocês querem o pen
drive? Eu não disse que ele existe ou que daria a vocês, só estou...
Questionando.
- Vamos usar ele para entregar os mafiosos para os quais,
Ted trabalha.
- Ah sim... Deixa ver se eu entendi. Vocês entraram na minha
casa... O que significa que se forem pegos ficaram suas vidas inteiras na
prisão. Mas estão fazendo isso pra entregar mafiosos que devem ter cometido
crimes, muito menores do que o que vocês estão cometendo neste exato momento?
- Isso. – Disse eu concordando com a cabeça;
- Exatamente. – Justin fez o mesmo.
- Se eu acreditasse no que vocês me dizem, e eu não disse
que acredito, mas se acreditasse diria que vai ser quase impossível de vocês
saírem daqui.
- Disseram também que seria impossível entrar aqui... E veja
só... Não é – Disse Justin com firmeza.
- Tem razão... Tem razão mais uma vez... – O presidente
parecia tão calmo, que poderia estar tomando chá com um velho amigo – Se
pegarem vocês eu juro que negarei isso até a morte.- Eu e Justin nos
entreolhamos e depois olhamos intrigados para o presidente, que se virou para
um armário marrom de mármore ao lado da sua mesa, se levantou abriu o armários
e pegou alguma coisa dele – Tomem – Ele jogou uma mochila preta para Justin,
que a pegou com uma mão.
- Pra que isso, senhor?
- Coloquem tudo que possa incriminar vocês dentro desta
mochila. E vocês vão precisar disso também – Ele jogou dois crachás de
visitante para mim – Ninguém vai oportunar vocês até saírem daqui.
- O senhor ta ajudando a gente?!
- Lembram-se, se forem pegos eu não fiz nada. Agora prestem
atenção: Não posso dar-lhes o pen drive.
- Mas...
- Eu disse que não iria lhes dar o pen drive, não disse que
não emprestaria... Quando terminarem de usar, vão a uma floricultura que tem a
duas quadras daqui e dêem este pen drive, pro trabalhador que tem lá, dia a ele
“A encomenda está entregue” e ele vai responder “em boas mãos”. Se ele não
falar isso, significa que ele é um fora da lei. Entenderam?
- Ah... Sim. – Olho pra Ted, que esta balançando pra trás e
pra frente loucamente. Sua boca normalmente rosada estava vermelha agora. Seus
olhos verdes claros, estavam vidrados, e seu cabelo preto normalmente
cuidadosamente bagunçados agora estavam horríveis, seu pânico era tão grande
que eu duvido que ele ouviu uma palavra sequer que tenha se passado ali. – Ted
o que você tem?
- VOCÊ TEM QUE SAIR DAQUI MEGAN! RÁPIDO! AAAAH – Ted começou
a se contorcer como se tivesse levado um choque muito forte, e talvez tenha.
Ele caiu da cadeira de lado, bateu a orelha com força no chão, mas ele se
ajoelhou rapidamente e olhou pra mim, com a boca sangrando e os olhos marejados
de lágrimas – Megan, eu sei que eu fiz muito merda na vida mas... Se é pra
fazer alguma coisa certa... Por favor, saia daqui agora! – Ele gritou de novo e
começou a se contorcer mais uma vez. Eu não estava entendendo nada. Com aquela
visão de Ted, eu me esqueci completamente que estava segurando meu celular e o
deixei cair no chão. Então me agachei e peguei o celular a tempo de ver Jou
Gregorovich, Trash Cugley, Grogger Nelton e Jason Flint subindo as escadas e
indo para a nossa direção. Nós só abrimos caminho para eles... Eles não tiveram
que encontrar ninguém para passar. Estavam chegando até a gente sem nenhum
problema.
- Droga Ted! – Disse eu, engatinhando até ele. Passei a mão
pelo peito de Ted e senti.
- O que você está fazendo?! – Perguntou Justin. Olhei com
raiva para Ted que chorava e suplicava para eu sair de lá, segurei os botões de
sua camisa e abri ela – VOCÊ TAVA...
- Xiiiiiiii – Disse eu pra ele. Depois arranquei o fio preto
que passava pelo peito do Ted – Era só esse?
- Megan...
- Responde logo: Era só esse?!
- Era... Sim. – Jogo o microfone no lixo. Ted estava com
escuta. Seus amigos bandidos estavam ouvindo nossa conversa o tempo todo. Era
por isso que ele queria que eu saísse. O plano era matarem o Justin. Mas Ted
não contava que eu viria junto então por conseqüência vão me matar também.
- Porque você está levando choque?
- Eles colocaram um dispositivo na escuta. Toda vez que eu
tentasse contar pra você eles me davam um choque.
- Esse é o preço pelo qual se paga sendo um traidor! Como
você pode?
- Eu não fiz nada! Eu juro!
- Não fez? Ted você tava grampeado! Eles ouviram tudo que se
passava por aqui! Como você pode dizer que não fez...
- ELES ME OBRIGARAM! No dia que eu sai da casa... Dele – A
voz debochada que Justin fazia para falar o nome do Ted, ele usou para falar
“dele” – Eles me emboscaram e mataram todos os meus companheiros que ainda
estavam vivos, depois me torturaram me deixaram em cativeiro, até eu dizer que
estava ao lado deles, e que iria ajuda-los... Eles me disseram que esse
trabalho seria simples, já que eu já tinha contato com o presidente seria fácil
entrar, mas eles me enganaram. Sabiam que você viria, sabiam que eu gosto de
você e mesmo assim me fizeram vir até aqui. Megan eu juro que não sabia que
eles iriam matar esse garoto. Eu juro! Eu pensei que eles só o impediram e
mandariam para outro lugar e não o deixariam voltar mas eu não sabia que ele
seria morto! Eu juro. – Ted estava num estado tão deplorável que e não podia
deixar de acreditar nele, Justin parece também ter acreditado. Olho no celular
e vejo o corredor vazio. E isso não é nada bom.
- Justin o corredor está vazio, ainda.
- Droga...
- Não compreendo – Disse o presidente – Se o corredor está
vazio... Qual o problema?
- O corredor NUNCA está vazio num caso desses... Senhor
presidente. Se eles estavam aqui significa que já deveriam estar ali, e se não
estão então significa que estão armando alguma coisa. – Respondeu Ted.
- Como vamos sair daqui? – Perguntei pro Justin. Ele pensou
por alguns minutos. E depois respondeu:
- Pela porta. Vamos sair pelo corredor.
- O que? Enlouqueceu? Justin se saímos agora eles vão
atirar, jogar bombas ou qualquer coisa assim.
- Eu sei... Mas ainda temos uma resposta. Devolve a imagem
real das câmeras de segurança para os seguranças. Eles vão ver. Teremos
reforços. Vamos fingir ser apenas visitantes. Entendeu?
- Sim – Coloquei meu crachá e dei o outro pro Justin. Peguei
a caxinha preta que estava aberta em cima da mesa do presidente, revelando o
pen drive verde, dentro dele e coloquei dentro da minha mochila, depois peguei
meu notebook e sai do sistema de segurança da casa, uns segundos depois eu ouvi
uma voz áspera e com urgência sair do comunicador que eu peguei de um segurança
morto e agora estava no meu ouvido “Todas as unidades encaminhem-se para os
ponto 2,7,4,1,9,e 10 da casa. Agora”, segundos depois ouvi outra voz dizer
“Aqui é alfa. 912.435 falando. Ponto 2 está repleto de seguranças mortos. São
dos nossos” e depois ouvi mais cinco vezes, seguranças dizendo o mesmo. –
Pronto?
- Eu já nasci pronto – Disse Justin colocando a mochila
preta nas costas. Já íamos saindo quando ouvi:
- Megan...Me desculpa... Por tudo. Eu sei que fiz muita
coisa ruim com você, e eu também sei que você não merecia isso, e acho que...
- Ta tudo bem Ted. Sei que você é um cara bacana, que só foi
induzido a fazer coisas ruins e... – “Alfa. 227.456, estou chegando no corredor
da sala do presidente, o ponto 10, tem corpos dos nossos alfas por toda parte,
preciso de reforço” – Vamos. – Justin concordou com a cabeça – Até mais senhor presidente.
- Até mais. – Ele sorriu e depois virou sua cadeira, dando
as costas para nós e olhando a janela que estava atrás dele. Olhei no celular
que ainda mostrava o corredor vazio, inspirei profundamente e depois observei
Justin abrir a porta, saímos do gabinete presidencial, e depois ouvi um “click”
que significava que Justin fechou a porta atrás de mim. Estava tudo calmo e
quieto. Quieto demais. Começamos a dar passos hesitante, e depois eu me
,lembrei que deveria parecer uma estudante em passeio e peguei um óculos do
bolso de fora da mochila e os coloquei. Continuamos a andar vagarosamente,
chegamos perto da escada, estávamos descendo os degraus até que tivemos que
parar abruptamente pois eles estavam subindo.
- Olá Megan – Disse Jou, agora revelando seu sotaque russo –
Quando tempo...
- Gregorovich... Não posso dizer que não tenha gostado do
tempo que passamos sem nos falar, na verdade foi revigorante. Como vai Jason?
- Bem... muito bem. Ou pelo menos estava até descobrir que
duas criancinhas petulantes, estavam muito próximas de me entregar – Sua voz
era suave, e mança.
- A vida é assim... Nem sempre acontece o que queremos que
aconteça.
- Ah acontece sim. Se dois bebes não se intrometessem em
trabalho de gente grande...
- Não somos bebes, somos melhores do que você possa
imaginar.
- Ah eu acredito – Jason agora andava em minha direção,
fazendo a mim e a Justin recuarmos um pouco – Sabe, eu subestimei vocês...
Nunca pensaria que iriam entrar na Casa Branca só pra fazer isso... não não...
nunca mesmo. Porem vocês o fizeram não é? Você está muito diferente daquela
garotinha chorona e cheia de medo que eu vi no beco no dia da morte de seu pai.
E você – disse ele voltando-se para Justin – Também está diferente. Muito mais
diferente do que aquele garotinho irritante que tivemos que torturar no furgão.
- Torturar?
- Ah ele não te contou? – Justin pegou com rapidez sua arma
e apontou para a cabeça de Jason. Seu rosto de contorcia de raiva. E com a
mesma rapidez que Justin pegara sua arma Grogger e Trash pegaram as deles e
apontavam para Justin – É sim... – Jason porem não parecia nem um pouco assustado,
a cena na verdade parecia até diverti-lo- Pegamos esse garoto quando tinha...
13 anos de idade, roubando comida do nosso furgão... Pensamos que ele teria
roubado mais coisas então o torturamos para que ele contasse – Jason contava
isso com tanta indiferença como se contasse a história dos “3 porquinhos”
- Mas ele não roubou mais nada mesmo...
– Jason colocou o dedo indicador no tórax de Justin, e me deu um assomo de
raiva, então apontei minha arma pra ele também. Uma pequena que tinha escondido
no meu abdômen – Ora, ora, ora... O que temos aqui? ... Ah é claro. Entendi a
origem da mudança dos dois... É, os dois. O convívio de vocês o mudaram...
Talvez, tenha deixado os dois mais fortes e inteligentes... Ou talvez nem
tanto. Já que são cinco quatro contra dois.
- Vocês não me assustam – Disse Justin com a voz tremula de
raiva – Não tenho medo de vocês.
- Pois devia – Jason deu um sorriso debochado. – Daqui a
poucos segundos a segurança vai estar aqui. As câmeras estão ligadas. O que
será que eles vão achar de dois garotos com armas aqui dentro? Tsc tsc tsc tsc
– Ele balançou a cabeça negativamente.
- Senhor Jason? – Grogger falou. Essa voz é a mesma voz que
ouvi quando estava dentro da caixa d’agua.
- Sim?
- Eu e Grogger queremos saber... Se podemos matar eles
agora. – Essa era a outra voz.
- Bom... Eu acho que – “Alfa. 233.901 ouço vozes vindos do
ponto. 10. Todas as unidades! Chamando todas as unidades.
- Justin – Sussurrei – faz algum deles atirar na câmera lá
atrás.
- Mas como... – Justin olhou para Trash e dele para a
câmera. Trash vinha se aproximando e Justin atirou em seu pé, Antes de cair no
chão Trash atirou para cima sem querer e o tiro ricochetiou na câmera. Da onde
ela estava não dava para a câmera pegar a gente. Eu guardo minha arma, e Justin
a dele. Jou parece ter percebido o que estava acontecendo e guardou a dele
também. Ouvi movimento vindo do piso de baixo. Os seguranças estavam chegando.
Eu e Justin corremos e nos escondemos atrás da escada em quanto os outros nos
observam não entendo nada.
- QUEM SÃO VOCÊS?! O QUE ESTÃO FAZENDO AQUI?! – Um segurança
aponta a arma para Jason. Que por sua vez pega a sua arma e atira no segurança,
centenas de outros chegam a cada segundo, estão ocupados demais com eles para
perceber nossa presença. E por conseqüência nossa ausência. Eu e Justin nos
agachamos e começamos a andar em direção aos degraus. Mas Jou nos vê e atira na
gente, por pouco o tiro não pegou na orelha de Justin. Ele pega a arma dele
atira em Jou. Depois abre a minha mochila e joga uma bomba a vapor no corredor.
Mesmo ninguém enxergando nada todos continuam com o tiroteio. Até que eu vejo
Jason de relance, ele me vê também aponta a arma pra mim e atira. Justin está
olhando pro outro lado. Não da pra me desviar dessa bala, não tem nada impedindo
dela me acertar. É... Chegou minha hora. Respiro fundo e “TAFF” a bala perfura
o tórax de Ted.
Parabens... Vc escreve muito bem. Me prendeu total nessa história. Agora não consigo mais parar de ler. Por favor não demore para postar o novo cap. ok?? hahahaha bjão.
ResponderExcluirAdorei please continua....
ResponderExcluirSocorro awwwn! Tadinho do Teed apskoaks agr até fiquei com dózinha dele.
ResponderExcluirCadê que vc ainda ñ continuou!!! BORA!
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