quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Capitulo 9 – Quando tudo deu errado.


Capitulo 9 – Quando tudo deu errado.
Uma coisa que eu aprendi esses dias, é que quando está dando tudo certo, é porque tem alguma coisa muito errada. E eu não estava enganada.
- Quem são vocês? – Perguntou o presidente, estendendo a mão para um botão vermelho em sua mesa.Aquele botão quando apertado, chama todos os seguranças imediatamente para a sala do presidente. Justin atirou no botão, destruindo-o; Mas eu mantinha meus olhos em Ted, que também me observava com uma expressão de completo pânico.
- Quem somos não lhe interessa senhor presidente. Não vamos machucá-lo.
- Não é o que parece, já que estão apontando armas pra mim. – Justin abaixa sua arma.
- Nossas armas são o menor de seus problemas senhor presidente...
- Como disse?                                          
- Esse carinha que está do seu lado... Ele...
- O que você está fazendo aqui Ted? – Interrompo Justin.
- Vocês se conhecem Sr. O’Connor?
- Hm... Sim senhor presidente – Respondeu Ted vagamente, sem descolar seus olhos de mim – Eu... Eu... Eu me juntei com... Jou, e companhia... Eles, me mandaram... Vir aqui para me certificar de que... Ele – Ted sinalizou Justin com a cabeça, ainda sem tirar seus olhos dos meus – Viria. Não era pra você estar aqui, sabe – Disse ele para mim – Não era! – Sua expressão de pânico agora se acentuando em sua voz também – Eles vão... Jou vai... Ai meu Deus!
- Quem é Jou? – Perguntou o presidente.
- Jou é o amiguinho, mafiosos dele – Respondeu Justin com desdém. – Ele não é confiável. Senhor presidente Ted é mafioso, e só está aqui pra... para se certificar que morrerei antes do sol se pôr.
- Ted? O nosso ex-agente aposentado?!
- É isso que lhe contaram? – Disse eu agora olhando para um presidente com rosto de total descrença – Não... – sorrio sarcasticamente voltando meu olhar a Ted – Ted saiu do FBI, não porque queria, mas sim porque foi demitido. Descobriram que ele está revelando valiosas informações do FBI pros seus coleguinhas mafiosos... Ele não é confiável senhor presidente.
- Bom... Não é ele que está com uma arma, não é? O que vocês estão fazendo aqui? No meu gabinete!
- Precisamos que o senhor nos de seu pen drive... – Olho nos olhos do presidente – Aquele que tem o código para entrar no quartel general militar – O presidente me olha, me avaliando. Talvez pensando como é que eu sei disso.
- Desculpe, mas não posso...
- Sabemos disso – Disse Justin – Se não pediríamos... Não viríamos aqui pra rouba-lo.
- Tem razão... Tem razão – Disse o presidente branda e calmamente – No entanto, acho que posso perguntar: Para que vocês querem o pen drive? Eu não disse que ele existe ou que daria a vocês, só estou... Questionando.
- Vamos usar ele para entregar os mafiosos para os quais, Ted trabalha.
- Ah sim... Deixa ver se eu entendi. Vocês entraram na minha casa... O que significa que se forem pegos ficaram suas vidas inteiras na prisão. Mas estão fazendo isso pra entregar mafiosos que devem ter cometido crimes, muito menores do que o que vocês estão cometendo neste exato momento?
- Isso. – Disse eu concordando com a cabeça;
- Exatamente. – Justin fez o mesmo.
- Se eu acreditasse no que vocês me dizem, e eu não disse que acredito, mas se acreditasse diria que vai ser quase impossível de vocês saírem daqui.
- Disseram também que seria impossível entrar aqui... E veja só... Não é – Disse Justin com firmeza.
- Tem razão... Tem razão mais uma vez... – O presidente parecia tão calmo, que poderia estar tomando chá com um velho amigo – Se pegarem vocês eu juro que negarei isso até a morte.- Eu e Justin nos entreolhamos e depois olhamos intrigados para o presidente, que se virou para um armário marrom de mármore ao lado da sua mesa, se levantou abriu o armários e pegou alguma coisa dele – Tomem – Ele jogou uma mochila preta para Justin, que a pegou com uma mão.
- Pra que isso, senhor?
- Coloquem tudo que possa incriminar vocês dentro desta mochila. E vocês vão precisar disso também – Ele jogou dois crachás de visitante para mim – Ninguém vai oportunar vocês até saírem daqui.
- O senhor ta ajudando a gente?!
- Lembram-se, se forem pegos eu não fiz nada. Agora prestem atenção: Não posso dar-lhes o pen drive.
- Mas...
- Eu disse que não iria lhes dar o pen drive, não disse que não emprestaria... Quando terminarem de usar, vão a uma floricultura que tem a duas quadras daqui e dêem este pen drive, pro trabalhador que tem lá, dia a ele “A encomenda está entregue” e ele vai responder “em boas mãos”. Se ele não falar isso, significa que ele é um fora da lei. Entenderam?
- Ah... Sim. – Olho pra Ted, que esta balançando pra trás e pra frente loucamente. Sua boca normalmente rosada estava vermelha agora. Seus olhos verdes claros, estavam vidrados, e seu cabelo preto normalmente cuidadosamente bagunçados agora estavam horríveis, seu pânico era tão grande que eu duvido que ele ouviu uma palavra sequer que tenha se passado ali. – Ted o que você tem?
- VOCÊ TEM QUE SAIR DAQUI MEGAN! RÁPIDO! AAAAH – Ted começou a se contorcer como se tivesse levado um choque muito forte, e talvez tenha. Ele caiu da cadeira de lado, bateu a orelha com força no chão, mas ele se ajoelhou rapidamente e olhou pra mim, com a boca sangrando e os olhos marejados de lágrimas – Megan, eu sei que eu fiz muito merda na vida mas... Se é pra fazer alguma coisa certa... Por favor, saia daqui agora! – Ele gritou de novo e começou a se contorcer mais uma vez. Eu não estava entendendo nada. Com aquela visão de Ted, eu me esqueci completamente que estava segurando meu celular e o deixei cair no chão. Então me agachei e peguei o celular a tempo de ver Jou Gregorovich, Trash Cugley, Grogger Nelton e Jason Flint subindo as escadas e indo para a nossa direção. Nós só abrimos caminho para eles... Eles não tiveram que encontrar ninguém para passar. Estavam chegando até a gente sem nenhum problema.
- Droga Ted! – Disse eu, engatinhando até ele. Passei a mão pelo peito de Ted e senti.
- O que você está fazendo?! – Perguntou Justin. Olhei com raiva para Ted que chorava e suplicava para eu sair de lá, segurei os botões de sua camisa e abri ela – VOCÊ TAVA...
- Xiiiiiiii – Disse eu pra ele. Depois arranquei o fio preto que passava pelo peito do Ted – Era só esse?
- Megan...
- Responde logo: Era só esse?!
- Era... Sim. – Jogo o microfone no lixo. Ted estava com escuta. Seus amigos bandidos estavam ouvindo nossa conversa o tempo todo. Era por isso que ele queria que eu saísse. O plano era matarem o Justin. Mas Ted não contava que eu viria junto então por conseqüência vão me matar também.
- Porque você está levando choque?
- Eles colocaram um dispositivo na escuta. Toda vez que eu tentasse contar pra você eles me davam um choque.
- Esse é o preço pelo qual se paga sendo um traidor! Como você pode? 
- Eu não fiz nada! Eu juro!
- Não fez? Ted você tava grampeado! Eles ouviram tudo que se passava por aqui! Como você pode dizer que não fez...
- ELES ME OBRIGARAM! No dia que eu sai da casa... Dele – A voz debochada que Justin fazia para falar o nome do Ted, ele usou para falar “dele” – Eles me emboscaram e mataram todos os meus companheiros que ainda estavam vivos, depois me torturaram me deixaram em cativeiro, até eu dizer que estava ao lado deles, e que iria ajuda-los... Eles me disseram que esse trabalho seria simples, já que eu já tinha contato com o presidente seria fácil entrar, mas eles me enganaram. Sabiam que você viria, sabiam que eu gosto de você e mesmo assim me fizeram vir até aqui. Megan eu juro que não sabia que eles iriam matar esse garoto. Eu juro! Eu pensei que eles só o impediram e mandariam para outro lugar e não o deixariam voltar mas eu não sabia que ele seria morto! Eu juro. – Ted estava num estado tão deplorável que e não podia deixar de acreditar nele, Justin parece também ter acreditado. Olho no celular e vejo o corredor vazio. E isso não é nada bom.
- Justin o corredor está vazio, ainda.
- Droga...
- Não compreendo – Disse o presidente – Se o corredor está vazio... Qual o problema?
- O corredor NUNCA está vazio num caso desses... Senhor presidente. Se eles estavam aqui significa que já deveriam estar ali, e se não estão então significa que estão armando alguma coisa. – Respondeu Ted.
- Como vamos sair daqui? – Perguntei pro Justin. Ele pensou por alguns minutos. E depois respondeu:
- Pela porta. Vamos sair pelo corredor.
- O que? Enlouqueceu? Justin se saímos agora eles vão atirar, jogar bombas ou qualquer coisa assim.
- Eu sei... Mas ainda temos uma resposta. Devolve a imagem real das câmeras de segurança para os seguranças. Eles vão ver. Teremos reforços. Vamos fingir ser apenas visitantes. Entendeu?
- Sim – Coloquei meu crachá e dei o outro pro Justin. Peguei a caxinha preta que estava aberta em cima da mesa do presidente, revelando o pen drive verde, dentro dele e coloquei dentro da minha mochila, depois peguei meu notebook e sai do sistema de segurança da casa, uns segundos depois eu ouvi uma voz áspera e com urgência sair do comunicador que eu peguei de um segurança morto e agora estava no meu ouvido “Todas as unidades encaminhem-se para os ponto 2,7,4,1,9,e 10 da casa. Agora”, segundos depois ouvi outra voz dizer “Aqui é alfa. 912.435 falando. Ponto 2 está repleto de seguranças mortos. São dos nossos” e depois ouvi mais cinco vezes, seguranças dizendo o mesmo. – Pronto?
- Eu já nasci pronto – Disse Justin colocando a mochila preta nas costas. Já íamos saindo quando ouvi:
- Megan...Me desculpa... Por tudo. Eu sei que fiz muita coisa ruim com você, e eu também sei que você não merecia isso, e acho que...
- Ta tudo bem Ted. Sei que você é um cara bacana, que só foi induzido a fazer coisas ruins e... – “Alfa. 227.456, estou chegando no corredor da sala do presidente, o ponto 10, tem corpos dos nossos alfas por toda parte, preciso de reforço” – Vamos. – Justin concordou com a cabeça –  Até mais senhor presidente.
- Até mais. – Ele sorriu e depois virou sua cadeira, dando as costas para nós e olhando a janela que estava atrás dele. Olhei no celular que ainda mostrava o corredor vazio, inspirei profundamente e depois observei Justin abrir a porta, saímos do gabinete presidencial, e depois ouvi um “click” que significava que Justin fechou a porta atrás de mim. Estava tudo calmo e quieto. Quieto demais. Começamos a dar passos hesitante, e depois eu me ,lembrei que deveria parecer uma estudante em passeio e peguei um óculos do bolso de fora da mochila e os coloquei. Continuamos a andar vagarosamente, chegamos perto da escada, estávamos descendo os degraus até que tivemos que parar abruptamente pois eles estavam subindo.
- Olá Megan – Disse Jou, agora revelando seu sotaque russo – Quando tempo...
- Gregorovich... Não posso dizer que não tenha gostado do tempo que passamos sem nos falar, na verdade foi revigorante. Como vai Jason?
- Bem... muito bem. Ou pelo menos estava até descobrir que duas criancinhas petulantes, estavam muito próximas de me entregar – Sua voz era suave, e mança.
- A vida é assim... Nem sempre acontece o que queremos que aconteça.
- Ah acontece sim. Se dois bebes não se intrometessem em trabalho de gente grande...
- Não somos bebes, somos melhores do que você possa imaginar.
- Ah eu acredito – Jason agora andava em minha direção, fazendo a mim e a Justin recuarmos um pouco – Sabe, eu subestimei vocês... Nunca pensaria que iriam entrar na Casa Branca só pra fazer isso... não não... nunca mesmo. Porem vocês o fizeram não é? Você está muito diferente daquela garotinha chorona e cheia de medo que eu vi no beco no dia da morte de seu pai. E você – disse ele voltando-se para Justin – Também está diferente. Muito mais diferente do que aquele garotinho irritante que tivemos que torturar no furgão.
- Torturar?
- Ah ele não te contou? – Justin pegou com rapidez sua arma e apontou para a cabeça de Jason. Seu rosto de contorcia de raiva. E com a mesma rapidez que Justin pegara sua arma Grogger e Trash pegaram as deles e apontavam para Justin – É sim... – Jason porem não parecia nem um pouco assustado, a cena na verdade parecia até diverti-lo- Pegamos esse garoto quando tinha... 13 anos de idade, roubando comida do nosso furgão... Pensamos que ele teria roubado mais coisas então o torturamos para que ele contasse – Jason contava isso com tanta indiferença como se contasse a história dos “3 porquinhos” -  Mas ele não roubou mais nada mesmo... – Jason colocou o dedo indicador no tórax de Justin, e me deu um assomo de raiva, então apontei minha arma pra ele também. Uma pequena que tinha escondido no meu abdômen – Ora, ora, ora... O que temos aqui? ... Ah é claro. Entendi a origem da mudança dos dois... É, os dois. O convívio de vocês o mudaram... Talvez, tenha deixado os dois mais fortes e inteligentes... Ou talvez nem tanto. Já que são cinco quatro contra dois.
- Vocês não me assustam – Disse Justin com a voz tremula de raiva – Não tenho medo de vocês.
- Pois devia – Jason deu um sorriso debochado. – Daqui a poucos segundos a segurança vai estar aqui. As câmeras estão ligadas. O que será que eles vão achar de dois garotos com armas aqui dentro? Tsc tsc tsc tsc – Ele balançou a cabeça negativamente.
- Senhor Jason? – Grogger falou. Essa voz é a mesma voz que ouvi quando estava dentro da caixa d’agua.
- Sim?
- Eu e Grogger queremos saber... Se podemos matar eles agora. – Essa era a outra voz.
- Bom... Eu acho que – “Alfa. 233.901 ouço vozes vindos do ponto. 10. Todas as unidades! Chamando todas as unidades.
- Justin – Sussurrei – faz algum deles atirar na câmera lá atrás.
- Mas como... – Justin olhou para Trash e dele para a câmera. Trash vinha se aproximando e Justin atirou em seu pé, Antes de cair no chão Trash atirou para cima sem querer e o tiro ricochetiou na câmera. Da onde ela estava não dava para a câmera pegar a gente. Eu guardo minha arma, e Justin a dele. Jou parece ter percebido o que estava acontecendo e guardou a dele também. Ouvi movimento vindo do piso de baixo. Os seguranças estavam chegando. Eu e Justin corremos e nos escondemos atrás da escada em quanto os outros nos observam não entendo nada.
- QUEM SÃO VOCÊS?! O QUE ESTÃO FAZENDO AQUI?! – Um segurança aponta a arma para Jason. Que por sua vez pega a sua arma e atira no segurança, centenas de outros chegam a cada segundo, estão ocupados demais com eles para perceber nossa presença. E por conseqüência nossa ausência. Eu e Justin nos agachamos e começamos a andar em direção aos degraus. Mas Jou nos vê e atira na gente, por pouco o tiro não pegou na orelha de Justin. Ele pega a arma dele atira em Jou. Depois abre a minha mochila e joga uma bomba a vapor no corredor. Mesmo ninguém enxergando nada todos continuam com o tiroteio. Até que eu vejo Jason de relance, ele me vê também aponta a arma pra mim e atira. Justin está olhando pro outro lado. Não da pra me desviar dessa bala, não tem nada impedindo dela me acertar. É... Chegou minha hora. Respiro fundo e “TAFF” a bala perfura o tórax de Ted.

4 comentários:

  1. Parabens... Vc escreve muito bem. Me prendeu total nessa história. Agora não consigo mais parar de ler. Por favor não demore para postar o novo cap. ok?? hahahaha bjão.

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  2. Adorei please continua....

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  3. Socorro awwwn! Tadinho do Teed apskoaks agr até fiquei com dózinha dele.

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  4. Cadê que vc ainda ñ continuou!!! BORA!

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