domingo, 27 de janeiro de 2013

Capitulo 11 - Operação Vírus & Vários.


Será? Será que meu estomago me enganara? Será? Será que meus instintos não estão em ordem? Quer dizer, Douggie não correu pra me avisar. Nem deve ter se mexido. Eu devo ter acordado atoa. Tentei voltar a dormir. Segundos depois acordei. Meu estomago estava dando uma volta. Eu sinto. Eles estão aqui. Mas se estão... PORQUE Douggie não latiu? Porque? Isso é muito estranho... Ele sempre vem aqui. A explicação mais plausível é que eu estava completamente enganado. Mas... Se for isso? O que estava acontecendo comigo? Tentei dormir de novo. Não... Não esta dando certo. Eu sinto alguma coisa estranha. Me sentei na cama, e peguei minha arma na mesa de cabeceira. E sai silenciosamente do meu quarto.
 Andei até o meio do corredor, e desci a escada. Enquanto descia ouvi alguns grunhidos. Eles estavam mesmo aqui. Mas... O que acontecera com Douggie? Quando cheguei no final da escada e me deparei com dez zumbis, em volta de alguma coisa, mas não sei o que.
- ACORDEM – Gritei. Segundos depois estavam todos descabelados, desarrumados, sonolentos, e com as armas em punho.
- O que – Logan disse enquanto bocejava – Está... Meu Deus! – Cercamos os zumbis e começamos a atirar. Mas a maioria deles estavam entretidos com o que fosse que estivessem comendo. Quando todos eles caíram. Fiquei olhando para a forma ensangüentada caída no chão. Alguma coisa pequena.
- NÃO! – Brenda empurrou Tom, que cambaleou para o lado e colidiu com James que quase caiu da escada. – NÃO! – Ela corria em direção a forma caída no chão. Então com um grande assomo de agonia e desespero notei o que era aquilo – NÃÃO! – Brenda de repente começou a chorar, agachou ao lado de Douggie. Ela soluçava. Nunca a vi assim. E depois de olhar aquela cena pensei, que isso não poderia ter acontecido. Depois da história de ontem... Acho que a morte de Douggie não poderia ter vindo em pior hora. De repente Douggie, ou o que restara dele, se mexia e arquejava, gemia, grunhia, tentava abocanhar Brenda. Ela segurou o pescoço do cachorro de modo a prende-lo no chão. As lágrimas escorrendo para sua mão tremula. Olhava para o que antes era seu lindo e feliz cachorro Douggie, colocou a outra mão em volta do seu pescoço; Ele continuava a tentar morde-la furiosamente. Brenda olhou ele, e depois com mais lágrimas caindo de seu rosto, ela quebrou o pescoço de Douggie com um movimento de mãos.
- NÃO! – Gritou Mattew, que estava pregado no chão. Brenda fingiu não ouvi-lo. Percebi naquela hora o que ela estava tentando dizer ontem. Fitei-a. Acho que seria horrível ter que matar seu próprio cachorro. As lágrimas caiam descontroladas pelos olhos de Brenda. Ela tremia.  Minha culpa foi acentuada pela a expressão de terror no rosto de Matt. Porque eu não vim logo, quando meu estomago deu a pontada pela primeira vez? Talvez conseguisse salvar Douggie se fizesse isso. Brenda suspirou, enxugou as lágrimas no dorso da mão, se levantou ainda tremula e disse com voz fraca:
- Vamos sair daqui o mais rápido possível – Todos que estavam atrás de mim subiram, Matt olhou Douggie e disse:
- Como... Como você pode fazer isso?
- Do mesmo jeito que matei nossos pais Mattew – Disse ela furiosa – Com um pouco de coragem. É triste a morte, não? Agora você tem noção, da realidade? – Disse ela encarando-o.
- Eu não... Eu nunca...
- Nunca viu a morte? Nunca viu alguém querido morrendo? – Disse ela ainda muito irritada.
- Nunca pensei que doesse tanto.
- Mas agora sabe. Vai se arrumar... – Mattew olhou-a. Estava tão pálido e tremulo quanto a irmã. Mas ele a obedeceu. E subiu. Brenda colocou a cabeça pra fora. Para ver se tinha mais zumbis vindo para a casa, e depois fechou a porta – O que foi?
- Nada... Só estava olhando você – Respondi. Não ia conseguir olhar mais pra ela se não dissesse. A culpa iria me corroer – Brenda, eu senti quando os zumbis entraram... Mas como o... O Douggie não latiu e nem avisou de nenhum jeito, pensei que estava errado... Me desculpa – Depois disso. Pensei que ela me olharia com tanto desprezo que olha um zumbi. Ela se aproximou. Pensei até mesmo que ela me daria um soco. Um tapa. Qualquer coisa, não reagiria. Deixaria ela me bater, porque sei que mereço. Mas não... O contrario, ela me abraçou – Eu acabei de deixar seu cachorro morrer! – Acho que seria melhor se ela me batesse. Mas quando ela me abraçou, esse simples gesto de afeto e compreensão...
- Não foi sua culpa. Todos cometemos erros – Disse ela me olhando nos olhos. Aquele tipo de olhar que é tão profundo, que só Brenda consegue dar. As vezes até penso que ela consegue ver minha alma – Você ta bem?
-Sim... Eu acho.
- Ta pronto?
- Se você não vê, ainda estou com pijama.
- Então vai se arrumar... – Me arrumei, e quando voltei todos já estavam ali. Parados. Esperando. Em silencio. Mas o silencio era tão profundo, que perfurava o ar. A morte recente e precoce de Paul que atirou em sua própria cabeça, e de Douggie ainda pesava entre nós. Caterine e Logan não estavam no mesmo chamego de antes. Na verdade, Caterine estava com olheiras arroxeadas abaixo dos olhos. O que indica que chorou durante a noite. Até Tom estava diferente. Daniel estava tão quieto, que parecera nem saber falar.
- Vamos? – Perguntou Brenda.
- Claro – Mattew ainda parecia muito pálido. Brenda abriu a porta, e um vento gélido e cortante deixado pela chuva de ontem, bateu no meu rosto. Mau sai na rua e meus ossos já estavam doendo, de frio. Andamos um pouco, agora ia ser fácil. Estávamos a dois quarteirões do shopping. Andamos. Minha respiração fazia aparecer vapor a minha frente, por causa do frio.
- Que barulho é esse? – Perguntei.
- Barulho? – Disse Daniel. Todos ficaram em silencio para ouvir. Havia um piado. Um chiado. Um barulho estranho que nunca ouvi. Não eram zumbis. Não sei o que eram. Mas nada que fosse desconhecido, tanto quanto o conhecido, são seguros.
- Parecem pássaros... – Disse Caterine. Olhei pra ela. Estava certa.
- Rápido corram! – Todos nós corremos. Mas então ouvi grunhidos e meu estomago estava doendo também. Olhei pra trás tinham zumbis atrás de nós, o barulho das aves estavam mais próximos. Corremos com mais rapidez. – O que fazemos? – Ninguém responde. Olhei para os lados, estava faltando um, olhei pra trás. Daniel. Ele não estava conseguindo correr, junto com a gente. Ele corria mancando, devagar. Voltei.
- Justin! – Ouvi Brenda gritando. Não respondi. Corri até Daniel. Não ia deixar ele morrer. Daniel para mim,era com um irmão. Um irmão mais novo. Não posso deixar ele morrer. Daniel tropeçou no próprio pé. Caiu. Cheguei até ele, e atirei nos zumbis mais próximos, quando segurei o braço de Daniel, eu a vi. Uma das aves que fazia o barulho. Seus olhos estavam cinzentos como os dos zumbis. Seu pelo estava mais acinzentado. Seu bico de ponta fica estava bem vermelho.
- O que aconteceu com ela? – Sussurrou Daniel.
- Comeu carne contaminada – Segurei com mais força o braço de Daniel, e coloquei-o nas minhas costas. Corri o mais rápido que pude. Era difícil correr com ele nas costas. Meu coração batia com tanta velocidade e ferocidade que eu pensei que iria sair pela minha boca, o pânico crescia dentro de mim, a cada paço que dava sentia que eles estavam mais próximos, os zumbis corriam atrás de mim como se eu fosse o único humano da face da terra. Olhei para direita. Eu vi o shopping. Estava lá. Estávamos quase lá. Íamos chegar. Íamos conseguir. Embora pensasse nisso com muita firmeza, não tinha tanta convicção. Da última vez que achei que conseguiríamos Paul morreu.
  “Não vou deixar Daniel morrer” pensava “Brenda conta comigo. Não posso decepcioná-la. Não de novo, e os outros... Não vou morrer também!”. Ouvi um barulho extremamente alto. Não me arrisquei a olhar para trás. Mas nem precisei. Olhei pra cima um bando de no mínimo cinqüenta pássaros sobrevoando nossas cabeças.
- O que são esses pássaros? – Ouvi Mattew gritar.
- Eles – Respondi – Comeram carne contaminada!
- São perigosos? Quer dizer, se bicarem... Nos transformamos? – Perguntou James.
- Não! – Gritei em resposta – Mas talvez seja venenoso! Podemos pegar uma doença mortal! Não arisquem! - O frio deixou enrijecia todos os meus músculos. Quase não consegui continuar correndo. Estou vendo. O shopping estava quase aqui. Não ousamos nem atirar nos zumbis. Nos virar. Ver o perigo que nos encontramos. Olhei mais alem e vi Tom correndo até a porta. Sacudiu ela, e ela abriu, me arrisquei a olhar pra trás “porque eu fiz isso?!” Tinham muitos. Muitos. É como se a cena da casa se repetisse. Mas dessa vez. O garoto sobreviveu. Entrei correndo dentro do shopping. E Mattew e Tom fecharam a porta de vidro. Brenda tirou de dentro da sua mochila um cadeado dourado, ela entrou dentro de uma loja e pegou uma corrente. Depois foi até a porta, onde Matt e Tom lutavam pra conseguir manter a porta fechada e colocou a corrente em volta da fechadura e depois trancou com um cadeado. Como sairíamos daí, é outra história. Quem sabe não ficamos aqui? Tem comida. Banheiro. Água. Fui mais pra trás e dei uma olhada no lugar.
- Obrigado – Ouvi Daniel dizer.
- De nada. – Disse. Depois voltei meu olhar pro shopping. Suas paredes e seu teto eram de vidro. Todos de dentro viam os de fora. E os de fora viam os de dentro.
- Podemos comer? Eu to morrendo de fome! – Disse Tom.
- Você ta sempre morrendo de fome! – Disse Brenda, que não conseguia conter o riso. Corremos até a praça de alimentação e pegamos todo McDonald’s que conseguimos, colocamos na mochila e deixamos alguns de fora pra comer agora. Quando eu dei a primeira mordida no meu Big Mac, foi que eu percebi quanto eu estava com fome. Nunca senti tanta fome na vida. E naquele momento, em que estávamos todos reunidos, comendo, rindo pela primeira vez desde ontem, brincando, acho que aquilo foi o que mais eu pude chamar de família, em muito tempo. Terminamos de comer o lanche na praça de alimentação vazia, nossas palavras ecoavam pelo shopping quieto.
- Ta. O que querem fazer agora? – Perguntou Daniel.
- Roupas... – Disse Caterine – Não podemos continuar com essas... É sério.
- Depois é claro, de pegar toda comida que pudermos – Disse Tom. James assentiu.
- Então vamos fazer o seguinte – Disse Brenda – Logan, Caterine e Daniel arranjam roupas para nós. James e Tom...
- ESPERA! – Exclamou Logan – Você vai separar Logan e James? Como você pode ser tão cruel? Logan e James são tipo... Ying e Yang NÃO podem se separar! – Brenda e James fixaram Logan.
- Ai... Ta bom. Tom Logan e James vocês pegam comida e lógico, doces. James por favor não esquece...
- Das suas balas de minhocas? – James completou a frase sorrindo.
- Isso. Bom... Eu, Matt e Justin vamos pegar tudo que iremos precisar daqui pra frente... O.K? – Eu e Matt concordamos com a cabeça. – Vamos lá. – Brenda se levantou, e os outros também. Cada um foi para um lado. Subimos as escadas rolantes que estavam desligadas, de cima conseguia ver os zumbis se aglomerando na frente do shopping, e socando a porta de vidro que cedo ou tarde iria ceder.
- Ei – Fui até Brenda – Aqueles zumbis...
- Uma hora vão entrar – Disse Brenda, calmamente – Eu sei.
- E você não está nervosa? Quer dizer, não sabemos como vamos sair daqui. Ou sabemos?
- Eu tenho uma ideia. Loucura, mas ainda sim, uma ideia – Não fiz mais perguntas. Sabia que descobriria uma hora ou outra. Brenda parou numa loja de esportes. Ela pegou sua arma da cintura, ainda contemplando a loja, que como o resto do shopping tinha as portas de vidro, se afastou, e Matt fizemos o mesmo, ela atirou na loja o que fez com que o alarme soasse, ela atirou no alarme e ele parou. Brenda pegou uma corda. Depois de olharmos bem a loja saímos.
Continuamos andando pelo corredor, até eu ver uma loja que estava aberta e toda revirada, ou alguém roubou, ou os donos fugiram de pressa, entrei na loja e Brenda e Mattew ficaram fora. Olhei pelas muitas roupas e tênis jogados, e vi uma luzinha prata, me abaixei e vi quatro walk talks, peguei e verifiquei se ainda funcionavam, e depois sai dali também. Rodamos o shopping por no mínimo 40 minutos, e depois nos encontramos na praça de alimentação novamente:
- Pegaram tudo? – Perguntei a Daniel.
- Ah... Sim. Não sei se vocês gostaram, mas caso não gostem, dane-se vão usar assim mesmo – Sorrio pra ele.
- Beleza... Agora se vamos – Parei de falar. Ouvi os chiados dos pássaros de novo. E depois ouvi um “click”, que significava que o vidro da porta estava cedendo. – Como vamos sair daqui? – Perguntei a Brenda.
- Bom, pelo teto.
- O QUE?! – Exclamaram James e Logan juntos. Os grunhidos e chiados se aproximavam. Ouvi um estrondo que ecoou pelo shopping vazio, o que significa que o cadiado caiu, e eles entraram no shopping.
- Não a tempo. Vamos! – Brenda correu, e todos fomos atrás dela. Ela subiu as escadas até o ultimo andar. O teto era em formato de circulo, quando estávamos ali, me sentia dentro de uma redoma, Brenda foi bem próxima ao teto e atirou nele, quando se fez um buraco grande o suficiente para caber um elefante ela disse – Vem aqui Caterine. E Daniel – Eles correram até ela, ela pegou a corda e prendeu em sua ponta um gancho, rodou-o no ar, como se fosse laçar um boi, e atirou no outro prédio. Quando viu que segurou bem, ela pegou um outra corda amarrou em torno das pernas de Caterine, pegou uma terceira corda, e amarrou, numa parte da segunda corda, Caterine subiu no parapeito do telhado, amarra a terceira corda,na primeira, e Brenda a empurra. A garota desliza até o telhado do prédio vizinho, que era ligeiramente mais baixo que o shopping. Caterine joga as duas cordas para Brenda que faz o mesmo com Daniel, olho pra baixo e vejo que os zumbis estão aprendendo a subir escadas.
- Brenda – Ela não olhou pra mim, mas deu uma sacudida com a cabeça o que significava que estava ouvindo – Rápido.
- Estou tentando. – Ela amarrava Tom agora.
- Ui, ela ta me amarrando. Noite quente hoje, gata? – Tom riu, e Brenda também.
- Para de ser idiota.
- Não da, ta no meu sangue – Ela sorriu de novo. Depois que Tom devolveu as cordas ela amarrou James, e daí Logan.
- Brenda! – Os zumbis estavam num andar a baixo do nosso.
- ESTOU INDO! – Logan devolveu as cordas, e ela agarrou Mattew pelo braço.
- Ei – Disse ele – Me desculpa. Eu não...
- Ta tudo bem Matt – Respondeu ela. Ela mandou Matt a se juntar com os outros, os zumbis estavam quase aqui – Justin, rápido! Sua vez!
- Eles – Fui até ela, que começou a amarrar as cordas em mim – Vão chegar aqui antes de você sair. Não. Você vai primeiro.
- Não.
- Sim.
- Sem chance.
- Nã...
- Para de graça – Ela prendeu, a terceira corda na primeira – Vai logo.
- NÃO! EU NÃO VOU SE VOC... – Não terminei a frase. Brenda agarrou meu rosto e me deu um beijo. Não sei se estava com vontade, ou se era pra eu ficar quieto, ou se os dois. Mas depois que ela desgrudou seus lábios dos meus, antes que eu pudesse recobrar os sentidos, ela me empurrou. O vento e o ar gelados passavam pelo meu rosto como navalhas. Joguei com força as cordas para Brenda, ela as apanhou. Mas não veio de imediato. Ela amarrou as cordas na cintura, e depois foi para mais dentro do shopping, colocou alguma coisa na parede, e depois na outra, depois no corrimão da escada, depois no chão. Não sei o que era e não me importava agora.
- VEM LOGO! – Berrou Matt – ELES TÃO LOGO ALI! – Ela viu, atirou na maioria deles. Porque ela não vinha logo? A corda estava em sua mão, porque ela não vinha logo? Dava pra sair dali! Ela olhou para o que quer que seja que ela tenha colocado no chão, e continuou atirando. Atirava. Olhava para o chão. Atirava. Olhava para o chão. Atirou, e olhou pro chão, ela saiu correndo do meio do lugar, deu impulso no parapeito do teto, e diferente de nós ela passou a terceira corda por cima da primeira, e veio deslizando para nós, os zumbis correm atrás dela, mas não tiveram o senso de segurar na corda, e pularam para a morte. Caindo até baterem a cabeça no chão. Segundos depois BUM. O teto explodiu “então era isso” pensei “ela colocou explosivos no shopping”, não pude deixar de sorrir. Como ela conseguia pensar em tudo? Ser tão inteligente? Amo isso nela. Suas surpresas. Como o teto explodiu antes dela descer aqui com a gente, a outra ponta da corda caiu. Mas não pense que ela não sabia disso. Pois acho que sabia. Ela segurou a outra ponta da corda. Voou até as paredes externas deste prédio. Bateu o pé nele. E começou a escalar até o teto.
- Bela aterrissagem. – Disse Logan.
- Obrigada – Respondeu ela. Olhei surpreso para ela, e ela ergueu as sobrancelhas. Quando começamos a andar em direção as escadas para sair dali, ouvi um barulho de hélices. Um clarão pairou sobre nós.  Olhei para cima tentando distinguir alguma coisa e vi um helicóptero com um circulo azul claro com uma bolinha preta no meio. E os dizeres em branco “Corporação Vírus & Vários”.
- CORRAM! – Caterine foi a frente. Corri bem a tempo de não ser atingido por um dardo tranqüilizante. Coloquei a mão sobre a cabeça de Tom que estava a minha frente, para ele também não ser atingido por um. Olhei pra cima. Homem de preto com o símbolo da Vírus & Vários, com óculos e uma arma de dardos mirava em nós. Olhei pra trás bem a tempo de ver que Matt seria atingido. Mas então, Brenda também notou isso, e empurrou o irmão. Os dois caíram no chão. Brenda colocou as mãos no chão e se ajoelhou. Depois ela sorriu e disse:
- Você tem que tomar mais cuidado Mattinho. – Ele não teve tempo de responder, Brenda caiu sobre ele, arquejando. Com os olhos vidrados. Olhei melhor. Ela foi atingida por um dardo. O homem de preto, jogou uma corda em Brenda – Eu... – Antes de ofegante ela terminar a frase, foi puxada pela corda presa em seu tornozelo para dentro do helicóptero da Vírus e Vários.
- NÃO! – Berrei. Brenda tentava se desvelenciar da corda, e segurar a mão de um Matt em pânico, mas não conseguia. Estava presa na corda e estava sendo puxada pra dentro do helicóptero. Corri até eles, não sei de onde veio a força, mas dei impulso no chão e pulei a segurar a mão de Brenda, que já estava quase fora do meu alcance. Segurei-a – NÃO VOU DEIXAR VOCÊ! – Gritei. Ela estava com o rosto vermelho, pelo sangue que descia para sua cabeça. Senti alguém segurando meu tornozelo, para me impedir de sair voando com o helicóptero. Não sei quem era e nem olhei para ele. Segurava a mão de Brenda com as minhas duas. Não iria solta-la. Tentava puxá-la para baixo. Mas não conseguia. Suas mãos estavam escapando das minhas. Minha mão estava suada. Ela não conseguia mais segurar minhas mãos. O homem atirou de novo em Brenda com o dardo. Seus olhos vidrados começaram a ficar mais. Seu rosto que estava vermelho agora estava lívido. Sua boca estava branca, e ela ofegava. Com a respiração rápida. Um pânico subiu da minha barriga pra minha garganta, Brenda segurava com toda a força que tinha minhas mãos, mas agora, estava inconsciente. – NÃO! – Berrei. Brenda se soltara da minha mão. E fora puxada para dentro do helicóptero da Corporação Vírus & Vários, que segundos depois foi sumindo do meu campo de visão.

3 comentários: