Depois de
acordar todos, ficamos em silencio.
- Como vocês
sair daqui? – Perguntou Caterine. Abri de novo a fresta na cortina, e fiquei
olhando pra rua apinhada de zumbis.
- O que
vocês pegaram na cadeia? – Perguntou Matt.
- Hm... Nada
que seja útil pra isso – Disse James olhando todas as mochilas. – Alguma ideia?
– Ninguém respondeu. Mas o silencio foi quebrado quando Brenda disse:
- Vamos
fazer uma distração.
- Sem
chance. Não podemos fazer barulho, com bombas ou coisa assim... – Disse Daniel.
- Não disse
nada sobre bombas – Disse Brenda. Olhei pra ela, ela não pode realmente estar
pensando no que eu acho que esta – Vamos fazer uma distração humana.
- O QUE?!
NÃO! – Me levantei de um salto, era o que eu temia.
- O que é
uma distração humana? – Pergunta Paul.
- Algum de
nós – Explica Matt – Sai lá fora. Faz barulho. E distrai eles.
- O QUE?! –
Disse Tom – Não rola, eu não vou lá...
- Não disse
nada sobre você. – Interrompeu - Eu vou – Fixei Brenda nos olhos. E quando ela
me devolveu o olhar, percebi que nada a falasse iria mudar sua ideia.
- Eu vou com
você – Disse Matt.
- E eu
também. – Falei.
- Você não
vai Justin.
- Você não
manda em mim – Disse a ela.
- Ta bom.
Mas não faz nenhuma idiotice
- Isso que a
gente vai fazer já é idiotice... – Ela concordou com a cabeça e começou a rir.
- O lance é
o seguinte – Disse Brenda, ela olhou pra cozinha onde tinha uma porta e
continuou – Quando nós sairmos, vocês vão sair por aquela porta – Ela apontou
para a porta da cozinha – Corram. Mas cuidado! – Olhei no relógio. Agora é
quase 12:00.
- Como vamos
fazer pra sair daqui? E pra onde vamos?
- Tem uma
casa amarela a três quadras daqui – Disse Caterine – Ela é grande... Podíamos
ir pra lá.
- Legal...
Vai ser lá então – Disse Brenda – O plano é o seguinte: Vamos sair atirando por
ali – Ela apontou para porta da frente – Pegamos um carro, e despistamos eles.
Depois corremos pra casa amarela... Depois a gente vê o que faz...
- O.K –
Disse Matt. Foi se agachou e pegou Douggie que pulava alegre, na perna de
Caterine. Ele colocou Douggie numa mochilinha preta, pegou uma jaqueta, e
colocou, depois colocou a mochilinha preta em que Douggie estava em sua jaqueta
e fechou a. Deixando assim o cachorro bem protegido perto dele. – Quando eu
contar até três... UM... – Eles correram pra cozinha – DOIS – Eles colocaram a
mão na maçaneta – TRÊS – Matt e Brenda correram pra porta, e saíram pra rua, e
eu atrás deles:
- HEEEY!!
ZUMBIIS!! SEUS IDIOTAS! VENHAM! CORRAM! VENHAM ATRAS DE MIM! – Brenda atirava.
Vários zumbis começaram a correr atrás de nós. Atirei em vários deles e comecei
a correr atrás deles, Brenda esta com sua costumeira feição de poder, com seu
rosto vermelho, sempre que matava um zumbi. Seu rosto cheio de raiva. Mattew
também tinha um rosto vermelho, mas não dava aquela sensação de raiva. Alguma
coisa aconteceu com ela. Não sei o que.
Tinham três
zumbis vindo na minha direção, e Matt se virou pra mim e apontou a arma, mas
não foi necessário. Chutei a cara de um deles, e depois quebrei seu pescoço com
um movimento de mão, e depois atirei na cabeça dos outros dois.
- Essa foi
boa – Disse Matt sorrindo pra mim.
- Valeu... –
Disse eu voltando a corrida.
- Como fez
isso? – Perguntou Matt correndo ao meu lado.
- A
Corporação me deu o A Cura 2. Fez efeito.
- CARACA! –
Gritou ele – Desculpe – Disse ao ver a cara feia que Brenda lhe mandou – Como
você se sente?
- Sinto
todos os zumbis – Atirei na cara de um que vinha atrás de mim, sem olhar pra
ele – onde estiverem... Sei onde todos – Atirei em um que estava a centímetros
da orelha de Matt – Estão.
- Mineiríssimo.
- Só que
não. – Disse eu rindo para ele. Atirei nos zumbis que estavam muito perto de
Brenda. Ela correu a nossa frente, e quebrou a janela de um carro, e entrou
nele – QUE ESTÁ FAZENDO?!
- Ligação
direta... Não tem outra...
- ANDA LOGO
COM ISSO – Gritou Matt interrompendo ela. Ele foi até a janela – TEM TIPO
UNS... 30
- 50 –
Corrigi.
-
CINQUENT... ANDA! RÁPIDO!
- FALA ISSO
PRA DROGA DO CARRO! – Gritou Brenda de volta.
- TA FOI
MAU! – Disse Matt, ele se virou e começou a atirar, virei de costas para o
carro e comecei a atirar também. Estavam chegando muitos... Não vai dar, pra
nós dois segurarmos, corri até Brenda e disse:
- Se você
for mais rápido, vai ser muito bom.
- To
tentando, vai... Por Favor... Não me deixe na mão agora...
- O que? –
Perguntei.
- To falando
com o carro – Ela segurou os dois fios e começou a encostar um no outro – por favor...
Vamos... Vamos... VAMOS! – Vruuuum! O carro pegou – ISSO! ENTRE JUSTIN! RÁPIDO!
– Dei a volta no carro e abri a porta do passageiro, depois Matt entrou no
banco de trás. Ela começou a dirigir, e cada vez mais rápido – MATT! MATT OLHA
ISSO! – Ela apontou pra direção em que os zumbis vinham.
- Isso ta parecendo...
– Começou ele.
- ZUMBIS
ATACK! – Gritei. Começamos a rir. Zumbis Atack é um vídeo game, em que eu,
Mattew e Brenda éramos viciados quando mais novos. Era o vídeo game mais legal
que já joguei... Mas agora que aquilo era real... – Ei... Olhem, olhem! – Do outro
lado da rua, Logan, James, Tom e os irmãos Myes estavam correndo, mas estavam
sendo seguidos – Que vamos fazer?
- Se segurem
– Brenda acelerou, e atropelou todos os zumbis, mas não adiantou, mais zumbis
iam na direção deles – CORRAM! – Gritou ela para os outros, e eles correram – O
que nós vamos fazer?
- Ligue o
alarme – Disse. Ela ligou – Vamos chamar mais atenção. Vai pro outro lado!
- E como
voltaremos pra cá? – Perguntou ela.
- A pé... –
Disse Matt. Brenda fez uma curva, atropelou vários zumbis. A sirene ainda ligada,
todos os zumbis vinham em nossa direção. Os que estavam atrás dos nossos amigos
agora estavam na nossa cola. Brenda olhou pra trás e deu ré. Atropelou os
zumbis que estavam atrás de nós, passei a mão pelo meu corpo, eu ainda tinha
uma bomba comigo, liguei ela com o isqueiro do carro e atirei pra trás. Péssima
decisão. A bomba explodiu, os zumbis as nossas costas explodiram, mas um pouco
do fogo pegou no tanque de gasolina do nosso carro. Ele foi arremeçado para
longe. Ouvi os gritos de Mattew e Brenda, o carro girou no ar, não conseguia
ver nada, o ar que tinha nos meus pulmões sumiram, minha visão estava conturbada,
senti minha cabeça bater com força no chão, o carro capotou. Não ouvi nada.
Nenhum barulho. A não ser o fogo atrás de nós crepitando. Se não sairmos rápido
dali, o carro todo vai explodir com a gente dentro.
- Brenda? –
Sussurrei.
- Eu to bem
– Respondeu. Estava com uma voz pastosa, como se tivesse alguma coisa em sua
boca. – Matt?
- Eu to
legal. – Eu tentei abrir a porta, mas ela tava emperrada. O sangue descia na
minha cabeça. Tinha uma veia latejante na minha testa. Minha mão tava toda machucada,
eu me virei, minhas costas estavam doendo, e chutei a porta, ela quebrou.
Rastejei pra fora do carro. Estava tudo muito quieto. Não tinham zumbis aqui.
Ajudei Mattew e Brenda a saírem também. Começamos a andar, apesar de estamos
doloridos de mais pra isso. A cabeça de Brenda sangrava, e esse sangue descia
pra boca, era isso que fazia sua voz pastosa. Matt,estava com o pescoço
sangrando, e suas pernas também. BUUM. O carro explodiu. Essa pressão nos fez
voar pro outro lado da rua.
- AH...
Droga! – Coloquei a mão na testa, que doía mais agora. Ajudei Matt a levantar –
Venham... Vamos - Andamos o mais rápido possível. Chegamos numa casa grande, e
amarela gritante. Mattew girou a maçaneta, mas a porta não abriu. Eu bati nela
e disse:
- Abram... Somos
nós – Eles abriram.
- Já estava
começando a ficar preocupado... Ouvimos explosões... – Disse James – Meu Deus! Estão
todos horrível...
- Obrigada –
Disse Brenda.
- O que
aconteceu com vocês?! – Continuou James.
- Explodimos
– Sentei no sofá marrom claro que tinha no meio da sala, coloquei a mão na
testa, e deitei. Matt e Brenda,sentaram no sofá também. Mattew tirou uma
mochilinha preta de dentro da jaqueta preta, e abriu.
- Hey garoto
– Pegou Douggie, e colocou ele em cima do sofá – Você ta legal?- Ele passou a
mão por Douggie, que choramingo quando o dono encostou em sua pata. Matt, olhou
mais de perto e disse – Brenda... Acho que a pata dele ta quebrada...Você
consegue...
- Claro –
Ela foi até ele, olhou e disse – Você deve ter caído em cima dele, não?
- É... Sim.
- Lógico...
Ele não esta com a pata quebrada, só machucada, espere – Ela foi até onde Logan
colocou as mochilas e trouxe seu kit primeiro socorros, e injetou uma injeção
em Douggie, segundos depois o cachorro parou de se mexer, e ela começou a mexer
em sua pata – Ele só está dormindo... É pra não mexer a pata enquanto eu arrumo
– Disse ela a Matt. Alguns minutos se passaram e Brenda começou a cuidar dos
ferimentos do irmão – Acho melhor – Disse ela, sem tirar os olhos do sangue que
tirava no ombro de Matt – Vocês irem dormir. Um pouco.
- Esta bem –
Disse Daniel – Tem um pouco de comida na geladeira...
- Obrigado
Daniel – Respondi. Enquanto Brenda cuidava da perna de Matt ele adormeceu. Fui
até a cozinha, tudo isso me deixou completamente sem fome. Mas peguei um pouco
de água. Sentei no sofá.
- Quer? –
Ofereci.
- Ah... Não
obrigada – Me respondeu Brenda - Lindo não é? Quando esta dormindo. – Disse ela
sorrindo pra mim. Eu sorri pra ela. Ela se levantou e deitou Matt no sofá.
Depois foi na minha direção, e começou a limpar minha testa, enquanto a sua
também sangrava.
- Sabe, você
devia cuidar de você.
- Depois que
eu cuidar de você. – Ela olhou pra mim – Justin, você é... Muito importante pra
mim. E eu não quero te perder – Ela olhou nos meus olhos, com aquele olhar
intenso – Muito menos pra um deles. Lembra de Marcos? Foi horrível. Quer dizer,
tudo aquilo me lembrou a mim. E meus pais – Seus olhos encheram de lagrimas.
Mas ela começou a piscar, e as lágrimas começaram a sumir – Não vou deixar
ninguém te tirar de mim.
Não tinha
ninguém ali. Não ia perder minha oportunidade. Agora que ela disse que gostava de
mim. Não sei se é o certo. Mas... Dane-se o certo. Passei a mão pelo seu rosto,
olhei seus olhos e depois a beijei. Um beijo suave. Mas, intenso. O calor que
imanava de seu corpo, passou para o meu. Cheguei mais perto. Senti seu coração,
batendo muito rápido, diferente do meu que parecia ter parado de bater. Todas
as preocupações sumirão da minha cabeça, naquele momento era só eu e ela. Ela
passou a mão pelo meu cabelo, e chegou mais perto, era como se fossemos um só,
ela deixou a pinça do kit primeiro socorros, cair e colocou a outra mão no meu
cabelo, coloquei a mão em sua cintura, e puxei-a pra cima de mim, e beijei seu
pescoço, sua respiração estava ofegante, deita-a no sofá sem tirar meus lábios
dos seus. “ROOM”, um ronco particularmente alto de Matt, fez com que nos separássemos.
Sentei. E ela também. Olhei-a:
- Sua testa
está sangrando – Passei a mão pela testa dela.
- A sua
também – Disse ela ofegante.
- Eu não vou
conseguir mais... Ficar longe de você – Ouve um silencio seguido pelas minhas
palavras e depois ela disse:
- Nem eu.
Mas, não podemos ficar com isso Justin. Não vou suportar te perder. Todos que
chegam perto de mim... Morrem.
- Não só de
você. Brenda,estamos todos juntos nisso. Todos juntos contra isso – Apontei pra
fora – Qual o problema?
- É que...
Eu te amo Justin.
- Isso é um
problema? Pra mim é uma solução... Eu também te amo – Agora meu coração voltou
ao normal, e disparou, minha barriga deu um nó.
- É
problema, porque eu não quero te decepcionar. E você ainda me ama? Depois que
eu te contei que eu... – Seus olhos encheram de lágrimas novamente – Que eu...
Tive... Matei seus pais?
- Você não
teve escolha... Eu faria o mesmo – O que era verdade. Era um pensamento
horrível ter pedidos meus pais. Entendo porque ela sente tanta raiva dos zumbis...
Perdeu todos os parentes e pessoas do quais amava pra eles... Mas ela não teve
escolha. Ela piscou de novo, e fez com que suas lágrimas sumissem. Ela me
abraçou, e depois se abaixou para o kit, pegou uma pinça e começou a tirar
estilhaços e vidros e metais do carro do corte que tinha na minha testa, e
depois colocou um curativo na minha cabeça. Depois pegou um espelho, que tinha
em cima de uma mesinha central e olhou pra mim.
- Você é um
cara incrível.
- Eu sei –
Disse fazendo-a rir. Ela voltou seu olhar pro espelho e começou a limpar o
sangue que nela tinha. Rapidamente a noite cairá do lado de fora. Já era 5:00
quando chegamos na casa amarela. Agora é 9:30 – O que acontece agora?
- Sobre?
- Amanha...
– Não conseguia ver seu rosto. Não deixávamos a luz acesa durante a noite. Para
não atrai atenção. Então tudo que eu distinguia, era o pouco que a luz da lua
que passava pela janela, iluminava – Como vamos sair daqui?
- Bom... Não
sei. Não sei o que vai acontecer amanha. Geralmente eu faço as coisas no improviso.
- E dão
sempre certo?
- Bom... Não
sempre – Consigo ver seu sorriso – Mas geralmente... Costumam funcionar. –
Ficamos em silencio. E depois digo:
- Douggie
vai ficar bem?
- Sim... É
claro. Era só um machucado ele vai ficar legal. – Ficamos em silencio de novo –
Acho melhor... Você dormir um pouco, Justin... Amanha é um longo dia.
- Tem
razão... – Me deito no sofá. O sofá mais confortável do mundo.– Boa Noite.
- Boa Noite
– Mau fecho os olhos, e já caio no sono.
TRUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUM. Acordo assustado. Como Matt que cai do sofá,
e bate a cabeça da mesinha de centro:
- DROGA! AI!
QUEM COLOCOU ISSO AQUI?! – Berra ele. Ele se levanta e senta com a mão na testa
e piscando, pra visão voltar ao foco. Os outros descem correndo também
assustados:
- O QUE
FOI?! QUE BARULHO FOI ESSE?! – Pergunta Paul. Não respondo.
- O idiota
do Mattew caiu – Disse Brenda não conseguindo conter o riso.
Ouço
barulhos. Mas não são zumbis. Me levanto cambaleando. E olho cuidadosamente pra
fora da janela. Está chovendo. Não uma chuva qualquer... Uma tempestade.
Bela História ! Adorei novamente kkk' XD
ResponderExcluirCARA ADOREI A PARTE QUENTE! KKKKKKKKKKK AMO! AMO COMO VC ESCREVE!
ResponderExcluirA-M-E-I
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