Capitulo 2 – A Luxuria.

Brenda pisa no acelerador, mas pára bruscamente ao chegarmos a porta.

- MERDA! – A porta só abre com uma digital. E não da pra colocar o braço pra fora, estávamos cercados. – O QUE A GENTE VAI FAZER AGORA?!

- CALMA! – Gritou Brenan, que estava atirando animadamente em todos os zumbis que ele conseguia. – EU FAÇO ISSO!

- ISSO É LOUCURA! BRENAN, NÃO!

- RELAXA AE! EU CONSIGO! – Brenda não pareceu muito contente com sua decisão, mas que outra alternativa nós temos? Brenan atirava com a mão esquerda e esticava o braço direito. Tinham muitos chegando. Ele esticava cada vez mais. Estamos cercados. Ele conseguiu! O portão começou a se abrir, no entanto Brenan soltou um grito tão alto e agudo que pensei que estava morrendo, mas não. Pior. Brenan foi mordido. O portão se abre, ele senta com força no banco do carro e fecha a janela, Brenda pisa no acelerador e assim que saímos o portão se fecha atrás de nós deixando a metade dos zumbis presos e a outra metade correndo atrás de nós. Para zumbis eles correm bem rápido. Viro para trás e vejo um grupo de quinze zumbis quase alcançando o carro. Brenda percebe isso e aumenta a velocidade, mas não funciona eles ainda estavam ali. Então tiro a arma de Logan que estava distraído olhando bobamente para Brenda e abro a minha janela, depois pego um silenciador e conecto a ponta da arma.

- QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? – Grita Brenda pra mim.

- Relaxa! Eu consigo!

- JÁ OUVI ISSO ESSA NOITE, E OLHA SÓ! – Não dei atenção a ela. Sente no parapeito da janela e mirei neles. Eu estava realmente calmo. Respirei fundo. E... No segundo seguinte eles já estavam mortos. Sentei no banco do carro e fechei a janela, devolvi para Logan sua arma e peguei o ainda olhando para Brenda. Mas James me olhava fixamente:

- Que foi? – Pergunto a ele.

- Pergunto eu. Você era bom Justin, mas isso – Ele aponta para a rua que aviamos deixado para trás – É abuso. O que aconteceu com você?

- Tenho uma teoria, mais ainda não posso provar nada – Brenda diz.  Brenan começa a gritar compulsivamente.

- ATIREM EM MIM! ME MATEM! AGORA!

- O que? Enlouqueceu? Não vamos te matar cara – James olha o braço dele.

- QUANTO MAIS VOCÊS ADIAREM ISSO, PIOR VAI SER! EU VOU ME TORNAR UM DELES E NEM VOU ME LEMBRAR DE VOCÊS! VAI ATIREM EM MIM!

- Cala boca Brenan – Brenda diz severamente. Brenan se calou imediatamente – Se chegar a esse ponto, eu mesma faço isso – Embora sua voz fosse firme e decidida sua expreção facial mostrava outra coisa.

- Qual é o outro esconderijo? – Pergunto.

- A Luxuria.

- Aquele hotel super chique na quinta avenida?

- Esse mesmo. – Respondeu James vagamente, ele ainda olhava o ferimento de Brenan, que arquejava.

- Posso ver?

- Ah... Ta. – Segurei o braço de Brenan, e olhei o com atenção – Queria saber quanto tempo eu tenho. Quer dizer... Quanto mais profunda a ferida mais rápida a transformação, mas eu não consigo ver a profun...

- Você tem Uma hora – Respondo meramente. Olho pros outros, que estão olhando pra mim com curiosidade menos Brenda – O que foi?

- Como você sabe disso?

- Palpite – Não, não era. Eu sabia. Ele tem exata Uma hora restante como um de nós. Não sei como eu sei, mas... Eu sei. Nenhum deles engoliu essa história de “palpite”, mas eles não fizeram mais perguntas. Pouco tempo depois Brenda reduziu a velocidade e chegamos a um Hotel tão alto que eu parei de contar no andar cento e doze. Brenda colocou o carro no estacionamento, que como o outro se abria como uma digital de um membro da Comporação Apocalipse, e como a outra também tinha uma porta “invisível”, mostrava uma coisa por fora, mas por dentro é completamente diferente. E depois fomos até a recepção, onde se encontravam umas cinqüenta pessoas.

- Cadê o resto? – Perguntou James com um olhar de indagação, para um homem quase careca, com uma blusa preta e jaqueta de couro marrom claro e calça jeans. O homem fez um olhar de decepção e balançou negativamente a cabeça. Isso significava que todos se perderam. Nenhum deles respondeu nada. Simplesmente andamos até o elevador. Onde Logan apertou o botão de numero 200. Estávamos no ultimo andar. Demorou pelo menos dez minutos até chegar nosso andar. Depois que a porta abriu e saímos pro corredor escuro, todos eles apontaram a arma para o corredor, menos Brenda e eu.

- Podem abaixar as armas.

- Mas pode ter...

- Não tem.

- Como sabe? – Ela demorou um pouco para responder e depois disse.

- Palpite – Olhando pra mim. Ela esticou o braço pra outra parede e ligou a luz. Tinha um único quarto naquele andar. Era enorme. O quarto mais maneiro que eu já tinha visto. Não que eu me lembre de muita coisa. Brenan e James sentaram no sofá, Brenda foi olhar o resto do quarto e Logan foi atrás dela, o que por algum motivo me deixou irritado.

- O que o Logan e a Brenda tem? – James me olhou, deu uma risada e depois disse.

- Nada. Não que o Logan não quisesse. E nem por falta de tentativas por parte dele. Mas a Brenda não quer nada com ele.

- Ah – Me senti menos irritado depois disso, não sei por que. Fui até a varanda e senti o vento frio e cortante atravessar meu rosto. Olhei pela rua a fora e vi uma casa. Uma casa pequena e verde. Meu estomago deu uma volta. Senti minha respiração ficar mais forte. Me deu uma pontada na cabeça. Vi uma mulher de cabelos enrolados e castanhos iguais ao meu, sabia que ela era minha mãe. Vi também um homem de cabelos pretos, óculos e olhos castanhos e sabia que ele era meu pai. Dei um grito agudo e me sentir despencar. Cai no chão. Suando. Ofegando.

- Ei, o que foi? – Brenda segura meus ombros e me sacode. Todos inclusive Brenan, estavam a minha volta, me olhando com interesse.

- Eu me lembrei de algumas coisas. Me lembrei dos meus pais. E da nossa casa. Me lembrei que conheci o James na quinta série, e o Brenan na oitava. Lembrei que conheci Logan na sétima série, e me lembro de você também – Olhei nos olhos verdes de Brenda que me fixavam – Lembro quando você tinha cinco anos. Lembro que seu sorvete favorito,é o de menta, e que você fugiu de casa com onze anos e foi pra minha – Minha cabeça deu uma pontada, e eu coloquei a mão nela. Estava quente. Brenda me ajudou a levantar. Ela me colocou no sofá.

- Fica ai um pouco. Você tem que descansar. – Ela passou a mão carinhosamente no meu ombro. Apesar dos muitos quartos que tinham naquele lugar, todos estavam deitando na sala.

- Porque estão todos aqui?

- Não podemos nos separar. – Disse rispidamente Logan, nem olhando para mim -Se algum deles nos atacar de noite, não da pros outros chegarem a tempo de ajudar – Logan se deitou, meio irritado no sofá.

Deito no mini sofá mais fofo que já vi. Brenda fecha a porta de vidro que da na varanda, deixando o quarto um pouco mais quente que antes. Ela veio até mim com um cobertor, e esticou ele em cima de mim.

- Ah... Eu peguei algumas roupas e coisas suas da sua casa. Espero que não se importe.

- Não me importo – Digo sorrindo pra ela. Ela retribui o sorriso e diz:

- É bom te ter de volta. – E depois se deita num sofá ao meu lado. Olho a mochila preta que ela deixou no chão, e pego uma blusa de moletom azul com a insígnia do Super Man no meio. Fico pensando como era bom o tempo em que Super Man era meu ídolo. E que zumbis só existissem em filmes. Mas agora não ajuda nada, pensar no que passou. Devolvo a blusa pra mochila e me deito. Viro minha cabeça pro lado e durmo.

Minutos depois acordo, com um nó no estomago. Minha respiração está acelerada. Sinto a aproximação de alguém. Ouço ruídos. Viro a cabeça com rapidez e vejo Brenan, pronto para me atacar. Ele é um deles.